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União Europeia multa Google em quase 3 bilhões de euro
A Alphabet, controladora do Google, alcançou nesta segunda-feira (15), pela primeira vez, valor de mercado de US$ 3 trilhões (aproximadamente R$ 15 trilhões, na cotação atual), impulsionada pelo otimismo com a inteligência artificial e por uma decisão favorável em processo antitruste.
As ações de classe A da companhia subiam 3,6%, para US$ 249,10, enquanto as de classe C avançavam 3,4%, para US$ 249,50, ambas em níveis recordes.
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Com a alta desta segunda-feira, as ações da dona do Google acumulam alta superior a 32% no ano, o melhor desempenho entre as chamadas “Magnificent 7” e acima do ganho de 12,5% do S&P 500.
🔎 As “Magnificent 7” são sete gigantes da tecnologia — Apple, Microsoft, Alphabet, Amazon, Nvidia, Meta e Tesla — que concentram grande parte da valorização do mercado de ações dos EUA.
A Alphabet se juntou a Apple e Microsoft ao atingir valor de mercado de US$ 3 trilhões, enquanto a fabricante de chips Nvidia, líder mundial em inteligência artificial, está avaliada em US$ 4,25 trilhões (R$ cerca de R$ 22 trilhões).
O impulso mais recente para a Alphabet veio de uma decisão de um tribunal dos EUA que permitiu à empresa manter o controle do navegador Chrome e do sistema operacional Android, cujo domínio nos setores de busca e dispositivos móveis há anos é alvo de rivais e autoridades antitruste.
Com isso, o Google não precisará vender o Chrome ou o Android, mas terá que compartilhar dados da busca com seus concorrentes, segundo a Justiça dos Estados Unidos.
A ordem também proíbe a empresa de firmar acordos de exclusividade que impeçam fabricantes de pré-instalarem serviços de concorrentes do Google em aparelhos como celulares.
A decisão encerrou uma batalha jurídica de cinco anos entre o Google e Departamento de Justiça dos EUA.
Em agosto de 2024, ele já tinha concluído que o Google violou a lei antitruste dos EUA para dominar o segmento de buscas e publicidade nos resultados de pesquisa, mas faltava a decisão sobre as medidas seriam tomadas pela empresa.
Em novembro, o Departamento recomendou a separação do Google e do Chrome para evitar o monopólio da empresa no setor de buscas.
Otimismo
Apesar de a decisão obrigar o Google a compartilhar alguns dados, o ponto mais importante para os investidores foi que a empresa não terá que abrir mão do Chrome nem do Android. Como essas plataformas são vistas como fundamentais para os negócios do Google, a notícia trouxe alívio ao mercado.
Além disso, a confiança dos investidores também cresceu após a unidade de computação em nuvem da Alphabet registrar alta de quase 32% na receita do segundo trimestre, superando as expectativas.
“Eles ainda dependem bastante das buscas, mas com o YouTube, a Waymo e outros projetos em desenvolvimento, os investidores começam a enxergar a Alphabet não apenas como uma empresa de busca, mas como um grupo que avança em várias frentes”, disse Dennis Dick, estrategista-chefe da Stock Trader Network.
Alphabet, dona do Google, vai liberar uso de inteligência artificial para pesquisas que tenham fins militares
Reprodução/TV Globo
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Trump: EUA devem ficar com metade do TikTok
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adiantou nesta segunda-feira (15) que um acordo foi fechado para resolver questões envolvendo a propriedade do TikTok no país. A informação ratificada pelo secretário do Tesouro americano, Scott Bessent.
Trump ainda acrescentou que conversará com o presidente da China, Xi Jinping, na sexta-feira (19).
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“Também foi fechado um acordo sobre uma certa empresa que os jovens do nosso país queriam muito salvar”, escreveu Trump em uma postagem nas redes sociais.
Segundo Trump, a reunião comercial entre os dois países, realizada em Madri, “correu muito bem”. “O relacionamento continua forte!”, afirmou o republicano na Truth Social.
Nesta segunda-feira, autoridades dos dois países iniciaram o segundo dia de negociações em busca de consenso sobre temas delicados, como tarifas e a exigência dos EUA para que a empresa chinesa ByteDance se desfaça do TikTok.
Para jornalistas, o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, afirmou que os EUA e a China definiram uma "base" para um acordo sobre o aplicativo. Ele acrescentou que o acordo prevê que TikTok tenha proprietário americano.
"Temos uma base para um acordo sobre o TikTok", declarou Bessent, acrescentando que o pacto será finalizado em uma ligação na sexta-feira entre os presidentes americano, Donald Trump, e chinês, Xi Jinping.
O anúncio chamou atenção por contrastar com o tom adotado por Trump na noite anterior, quando ele afirmou que o avanço do acordo “dependia da China”. O ex-presidente, no entanto, não especificou quais pontos ainda impedem a conclusão das tratativas.
Atualmente, cerca de 170 milhões de americanos utilizam o aplicativo.
Donald Trump e TikTok
Jornal Nacional e AP.
Longas negociações
Em junho, o presidente estendeu por 90 dias o prazo para que o TikTok encontre um comprador fora da China, com o objetivo de evitar que o aplicativo seja banido nos Estados Unidos por falta de autorização do governo chinês.
Esse prazo termina na quarta-feira (17), embora Trump já tenha adiado a data em outras duas ocasiões.
O objetivo dos EUA é evitar que autoridades chinesas tenham acesso aos dados pessoais dos usuários do TikTok no país ou influenciem a opinião pública americana por meio do algoritmo da plataforma.
No entanto, nunca foram apresentadas evidências concretas que sustentem essas preocupações.
A venda depende da aprovação da ByteDance e das autoridades chinesas, que até o momento não autorizaram o processo.
China acusa EUA de 'intimidação' sobre tarifas
Enquanto isso, a China acusou os EUA de “intimidação unilateral” após o presidente americano, Donald Trump, pedir aos aliados que imponham tarifas ao país devido à compra de petróleo russo, em mais uma tentativa de pressionar a Rússia a encerrar a guerra na Ucrânia.
O Ministério do Comércio da China classificou como “um exemplo clássico de intimidação unilateral e coerção econômica” o pedido de Trump para que os aliados do G7 (Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e EUA) e países da Otan imponham tarifas secundárias às importações chinesas por causa da compra de petróleo russo.
No sábado, Trump sugeriu aos aliados europeus a aplicação de “sanções severas” contra a Rússia e tarifas secundárias a países que continuem comprando petróleo russo, em mais uma tentativa de pressionar economicamente Moscou para acelerar o fim da guerra na Ucrânia, que já dura mais de três anos e meio.
Na carta, o presidente norte-americano também propôs aos aliados da Otan tarifas elevadas, “entre 50% e 100%”, sobre produtos chineses até que o conflito entre Rússia e Ucrânia seja encerrado, além de solicitar que os europeus deixem de comprar petróleo russo.
A China é aliada e importante parceira econômica da Rússia, sendo que cerca de 17,5% das importações chinesas de petróleo vêm do país vizinho.
Os laços geopolíticos e comerciais entre China e Rússia se fortaleceram nos últimos anos, levando o governo russo a direcionar suas exportações para países fora do Ocidente, especialmente após se tornar alvo de sanções devido à invasão da Ucrânia, em 2022.
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Donald Trump assina despacho do Salão Oval da Casa Branca na sexta-feira (5)
Alex Brandon/AP Photo
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O lavador de pratos que criou a Nvidia, a empresa mais valiosa do mundo
O órgão regulador do mercado da China informou nesta segunda-feira (15) que uma investigação preliminar concluiu que a Nvidia violou a lei antimonopólio do país, marcando mais um revés para a gigante americana de chips.
O anúncio da Administração Estatal para Regulação do Mercado (SAMR) ocorre em meio às negociações comerciais entre EUA e China em Madri, nas quais semicondutores — incluindo os produzidos pela Nvidia — devem estar na pauta.
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Analistas ouvidos pela Reuters afirmam que o comunicado foi estrategicamente cronometrado para dar mais peso à posição chinesa nas conversas.
“Ambos os lados buscam criar margem de manobra para negociar em melhores condições, mas fazem isso com movimentos muito calculados, conscientes do que está em jogo”, disse Alfredo Montufar-Helu, diretor-geral da consultoria GreenPoint.
“Controles terão consequências”
Segundo Zhengyuan Bo, sócio da Plenum Research, a decisão preliminar da SAMR deve ser vista como resposta à medida do governo Trump, que na sexta-feira incluiu 23 empresas chinesas em uma lista de restrições comerciais dos EUA.
“É um aviso: se os controles de exportação americanos continuarem no mesmo padrão dos últimos anos, haverá consequências, e a China está disposta a impor custos às empresas dos EUA”, afirmou.
A medida pode dificultar os planos do CEO da Nvidia, Jensen Huang, que tem buscado amenizar as tensões entre Washington e Pequim para continuar vendendo versões adaptadas de seus chips no mercado chinês.
Só neste ano, Huang visitou a China três vezes para reforçar o compromisso da empresa com o país, que respondeu por US$ 17 bilhões em receita no último ano fiscal, cerca de 13% do total.
As ações da Nvidia caíram 2,1% no pré-mercado nesta segunda-feira.
Investigação em andamento
A SAMR não detalhou como a empresa teria violado a legislação antitruste, mas lembrou que em dezembro abriu uma investigação sobre possíveis infrações.
Na época, a iniciativa foi interpretada como retaliação às restrições impostas por Washington ao setor de semicondutores chinês.
O regulador acrescentou que a Nvidia também descumpriu compromissos assumidos na compra da israelense Mellanox Technologies, aprovada em 2020 sob condições.
Entre elas, a de manter o fornecimento de aceleradores de GPU ao mercado chinês. Nos últimos anos, no entanto, a empresa foi obrigada a suspender a venda de seus chips mais avançados por causa dos controles de exportação do governo Biden.
De acordo com a lei antimonopólio chinesa, companhias podem ser multadas em 1% a 10% do faturamento anual. A investigação segue em andamento e a Nvidia ainda não se manifestou.
Crescentes pressões na China
O acesso da China a chips avançados de inteligência artificial é um dos principais pontos de atrito na disputa tecnológica com os EUA.
Apesar das restrições, empresas como Tencent e ByteDance continuam comprando versões modificadas dos chips da Nvidia, como o modelo H20, adaptado para o mercado chinês. Autoridades, porém, já convocaram representantes da empresa para discutir possíveis riscos de segurança.
Para Bo, da Plenum, mesmo que a Nvidia enfrente decisões desfavoráveis na investigação antitruste, o impacto financeiro tende a ser menor do que os esforços de Pequim para desenvolver alternativas nacionais.
“Não se trata de expulsar a Nvidia do país, mas de acelerar a busca por substitutos locais”, avaliou.
Pessoa passa por painel com logomarca da Nvidia na Computex em Taiwan em junho de 2024
Ann Wang/Reuters
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Novo design do iOS 26
Reprodução/Apple
A Apple libera nesta segunda-feira (15) o iOS 26, nova versão do sistema operacional dos iPhones. O software havia sido apresentado em junho deste ano, durante a WWDC 2025, conferência anual da empresa para desenvolvedores.
Neste ano, a empresa revelou uma mudança importante na contagem do iOS e apresentou um novo visual batizado de Liquid Glass, além de novos recursos de inteligência artificial — como o que dribla a música de espera nas ligações (veja as novidades).
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No Brasil, a Apple costuma liberar a atualização para todo mundo no período da tarde, por volta de 14h.
Apple anuncia o novo Iphone 17
Como atualizar o iPhone para iOS 26?
Para instalar a nova versão do sistema da Apple, siga os passos abaixo:
Clique em "Ajustes";
Depois, selecione o item "Geral";
Escolha a opção "Atualização de Software".
Quais iPhones receberão e quais ficarão de fora
❌ Não vão receber o iOS 26:
iPhone XS
iPhone XS Max
iPhone XR
✅ Vão receber o iOS 26:
iPhone 17 Pro Max
iPhone 17 Pro
iPhone Air
iPhone 17
iPhone 16e
iPhone 16
iPhone 16 Plus
iPhone 16 Pro
iPhone 16 Pro Max
iPhone 15
iPhone 15 Plus
iPhone 15 Pro
iPhone 15 Pro Max
iPhone 14
iPhone 14 Plus
iPhone 14 Pro
iPhone 14 Pro Max
iPhone 13
iPhone 13 mini
iPhone 13 Pro
iPhone 13 Pro Max
iPhone 12
iPhone 12 mini
iPhone 12 Pro
iPhone 12 Pro Max
iPhone 11
iPhone 11 Pro
iPhone 11 Pro Max
iPhone SE (2ª geração ou posterior)
Destaques do iOS 26
Nova contagem dos sistemas operacionais da Apple
Reprodução/Apple
A Apple vai adotar um novo padrão de contagem para seus sistemas operacionais: as versões agora vão destacar o ano de lançamento.
Com a mudança, a próxima versão do sistema do iPhone será chamada de iOS 26, e não de iOS 19, como seria na lógica anterior.
A alteração também vale para watchOS, tvOS, macOS, visionOS e iPadOS.
💎 Novo visual: Liquid Glass
iOS 18 (esquerda) e iOS 26 (direita): compare as mudanças no sistema com a chegada do visual Liquid Glass
Reprodução/Apple
Os sistemas vão ganhar um novo visual chamado Liquid Glass, que traz efeitos de transparência que lembram vidro em elementos como botões, notificações e barras de comando.
A proposta é deixar os elementos do sistema mais integrados com o app em uso. No macOS, por exemplo, a barra de tarefas transparente vai criar a sensação de uma tela maior.
🧠 Inteligência artificial para o dia a dia
Liquid Glass, pacote visual dos sistemas operacionais da Apple
Reprodução/Apple
A Apple também reforçou a presença da inteligência artificial nos dispositivos, com recursos que miram situações do cotidiano:
Hold Assist: reconhece músicas de espera em ligações para empresas e avisa o usuário quando a chamada for retomada. A ideia é permitir que você faça outras tarefas no celular sem precisar aguardar no telefone;
Live Translation: traduz em tempo real ligações telefônicas, conversas no FaceTime e mensagens no aplicativo Mensagens. Suporta os idiomas: português, inglês, espanhol, francês, alemão, italiano, japonês, coreano e chinês;
Visual Intelligence: além de identificar objetos e informações ao redor com a câmera, a IA agora consegue analisar elementos que aparecem na tela do dispositivo.
Esses recursos fazem parte do novo pacote Apple Intelligence. A proposta é que também possam ser integrados a apps de terceiros, criando novas experiências para os usuários.
Visual do iOS 26
Reprodução/Apple
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Starlink, serviço de internet de Musk, apresenta instabilidade nesta segunda
A Starlink, serviço de internet de Elon Musk, apresentou instabilidade na madrugada desta segunda-feira (15). Usuários começaram a registrar problemas por volta da 1h, segundo o Downdetector, plataforma que monitora falhas em sites e redes sociais.
Após as 2h, os registros de instabilidade caíram.
De acordo com o portal, cerca de 40 mil usuários notificaram problemas nos Estados Unidos. A empresa confirmou o problema no serviço e afirmou que funcionários investigavam o caso.
Usuários reportam problemas com a Starlink nos EUA
Reprodução/Downdetector
No Brasil, a plataforma registrou cerca de 100 reclamações.
Usuários reportam problemas com a Starlink no Brasil
Reprodução/Downdetector
Serviço da Starlink é prestado por meio de operadoras credenciadas
Getty Images via BBC
➡️O que é a Starlink?
O que é e como funciona a Starlink, serviço de internet de Elon Musk
É um braço da SpaceX, a companhia de exploração espacial de Elon Musk. Com a Starlink, o grupo trabalha para lançar e formar uma "constelação" de satélites para levar conexão de internet a áreas remotas com pouca ou nenhuma estrutura.
Alguns exemplos são:
áreas rurais
pequenos vilarejos
desertos
alto mar
Amazônia
A tecnologia também funciona em movimento, em meios de transporte como:
aviões
lanchas e barcos
navios (cruzeiros)
carros e motorhomes
Os satélites da Starlink ficam em órbita terrestre baixa, a uma altitude de cerca de 550 quilômetros, o que significa que eles estão próximos da Terra (inclusive, é possível vê-los daqui), tornando o envio de sinal bem mais rápido. Para comparação, os satélites geoestacionários ficam a uma distância de 35 mil km.
Segundo a Starlink, os satélites se movem automaticamente para evitar colisões com lixos espaciais. Também há sensores de navegação para que os equipamentos possam encontrar a melhor localização, altitude e orientação para envio de sinal de internet.
Quem lança os satélites é a própria SpaceX, que usa seu foguete Falcon 9 para isso (veja na imagem abaixo).
A empresa tem hoje cerca de 3 mil equipamentos operando e, no futuro, espera chegar a 42 mil em órbita na Terra.
"Quanto mais satélites, maior a cobertura na área terrestre", explica ao g1 Ricardo Caranicola, professor de engenharia eletrônica no Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).
Foguete Falcon 9 envia satélites Starlink para orbitar da Califórnia (EUA).
Divulgação/SpaceX
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Papa Leão XIV comemora 70 anos e faz oração na Praça de São Pedro
O papa Leão XIV criticou os bônus salariais oferecidos a executivos de grandes empresas, muito mais alto que o pagamento aos funcionários. Ele citou a proposta da Tesla de oferecer uma remuneração de US$ 1 trilhão ao CEO Elon Musk.
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"Ontem (saiu) a notícia de que Elon Musk será o primeiro trilionário do mundo", disse o papa. "O que isso significa e do que se trata? Se essa é a única coisa que ainda tem valor, então estamos em apuros."
A declaração foi dada em entrevista realizada no final de julho para uma biografia que será publicada em breve, segundo a agência Reuters, e divulgada neste domingo (14) pelo Vaticano.
O religioso comparou a situação de empresas nos anos 1960. Segundo ele, os presidentes ganhavam naquela época cerca de quatro a seis vezes mais do que os funcionários. Agora, disse o papa, esse ganho está em 600 vezes mais.
Aniversário no Vaticano
comemorou ter completado 70 anos neste domingo (14), no Vaticano. Imagens divulgadas pela Igreja Católica mostram o religioso com um bolo, cercado por outros integrantes da igreja, para celebrar a data.
Papa Leão XIV comemora 70 anos no Vaticano
Reuters
Ele celebrou uma missa na Praça de São Pedro para os fiéis que visitavam o Vaticano neste domingo.
"Saúdo com carinho todos vocês, fiéis de Roma e peregrinos da Itália e de vários países", disse, em italiano, o que a gerou reação do público. "Parece que vocês sabem que hoje estou completando 70 anos. Agradeço ao Senhor, aos meus pais e a todos aqueles que se lembraram de mim em oração".
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Escritório do Google em São Paulo
Divulgação/Google
A inteligência artificial (IA) parece ter vindo em socorro de um representante da velha guarda do Vale do Silício: a empresa Google e seu navegador Chrome.
Há cerca de um ano, o futuro de uma das principais big techs americanas era incerto. No maior desafio antitruste que ela já enfrentou, um tribunal em Washington concluiu que a empresa monopolizava ilegalmente o mercado de buscas na internet com acordos bilionários para garantir que o seu mecanismo de busca fosse a opção padrão, o que, na prática, barrava os concorrentes.
Com essa decisão, o Departamento de Justiça dos EUA queria forçar o Google a vender seu lucrativo navegador Chrome ou seu sistema operacional Android, o que levou muitos analistas a preverem o fim da gigante da tecnologia e de seu domínio nos mecanismos de busca.
Um processo judicial longo e técnico
O juiz do caso, Amit Mehta, levou mais de um ano para tomar sua decisão, que foi anunciada em 2 de setembro de 2025 e recebida com alívio pela empresa – parece que a maré finalmente virou.
Num "memorando de opinião" de 230 páginas, Mehta decidiu que o Google não precisaria vender o Chrome nem ser desmembrado e não proibiu os acordos bilionários que a empresa vem fazendo há anos para garantir que seu mecanismo de busca seja o padrão em smartphones, computadores pessoais e outros dispositivos.
Mas Mehta ordenou que o Google conceda aos seus atuais e potenciais rivais acesso a parte da fórmula secreta do seu mecanismo de busca: os dados armazenados a partir de trilhões de buscas que ele utiliza para melhorar a qualidade dos seus resultados de busca.
O mais surpreendente foi a visão do juiz de que a inteligência artificial generativa, com suas dezenas de milhões de usuários, havia mudado, em alguns poucos meses, a situação de todo o mercado de mecanismos de busca.
Modo IA: Google começa a liberar versão repaginada da busca que lembra ChatGPT
Agente do ChatGPT reserva restaurante, faz compra, mas erra ao insistir demais
Respostas prontas em vez de links
"O surgimento da IA generativa mudou o curso deste caso", escreveu Mehta, de forma muito clara, na primeira página de sua sentença.
Quando o caso começou, em 2020, quase ninguém falava sobre inteligência artificial. Hoje só se fala nela, e a possibilidade de que mecanismos de busca com tecnologia de IA possam afetar substancialmente, se não substituir, os mecanismos de busca convencionais é uma ameaça que o juiz aceita como real.
De fato, a IA está mudando rapidamente a forma como as pessoas pesquisam ou mesmo usam a internet. Em vez de uma lista de links, os chatbots com tecnologia de IA, como o ChatGPT, fornecem respostas prontas que podem abarcar mais de uma busca. Diante disso, o próprio Google adicionou recursos de chatbot no seu mecanismo de busca.
As interfaces de busca tradicionais estão sendo substituídas pela interface de chatbots, e analistas dizem que essa tendência continuará a se acelerar.
Três fatores estão impulsionando essa mudança, diz o professor de inteligência artificial Jinjun Xiong, da Universidade de Buffalo: o modelo gratuito do ChatGPT mostrou a muitas pessoas a capacidade da inteligência artificial, a popularização da tecnologia por meio da mídia e os avanços tecnológicos surpreendentes em IA.
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Nova realidade no mercado
Para sublinhar seu novo conhecimento sobre IA e o mercado de buscas online, Mehta dedicou 30 páginas em sua sentença para explicar como esse mercado funciona. O Google ainda é dominante no setor de buscas, mas "tecnologias de inteligência artificial, particularmente a IA generativa, ainda podem se provar revolucionárias", concluiu Mehta.
Embora essa tecnologia de IA ainda não esteja perto de substituir os mecanismos de busca gerais, "a indústria espera que os desenvolvedores continuem a adicionar recursos aos produtos de IA generativa para que tenham um desempenho mais semelhante ao dos mecanismos de busca gerais".
O juiz reconheceu as "novas realidades" do mercado, e elas tiveram um profundo impacto em sua sentença. "O dinheiro que flui para esse setor, e a rapidez com que ele chegou, são impressionantes", escreveu. "Essas empresas já estão agora numa posição melhor, tanto financeira quanto tecnologicamente, para competir com o Google do que qualquer empresa de busca tradicional tenha estado em décadas."
Para demonstrar a complexidade de se lidar com uma tecnologia tão inovadora, Mehta acrescentou uma nota pessoal. "Ao contrário do caso típico em que a função do tribunal é resolver uma disputa com base em fatos do passado, aqui o tribunal é solicitado a olhar para uma bola de cristal e prever o futuro", escreveu.
Ecossistema aberto
Alguns especialistas esperam ver poucas mudanças na forma como o Google conduzirá seus negócios após a decisão, mas outros acreditam que a empresa terá que reformular seu funcionamento.
A verdadeira questão é o poder de ecossistemas criados por empresas como o Google, afirma Xiong. "O Google e o Chrome construíram um ecossistema muito poderoso em torno de várias ferramentas das quais as pessoas dependem fortemente, como Gmail, Google Docs, YouTube, Google Drive, Maps, etc", diz Xiong. "E essas ferramentas vão ficar melhores com as tecnologias de IA do Google."
Ecossistemas como esse dificultam a entrada de outras empresas e, portanto, a concorrência. Xiong diz que gostaria de ver as big techs adotarem um ecossistema aberto, algo que a decisão do juiz não incentivou.
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Itaú demite funcionários após avaliar produtividade no home office
Nesta semana, cerca de 1 mil funcionários em regime híbrido ou remoto foram desligados do Itaú Unibanco após uma avaliação da produtividade realizada com softwares de monitoramento instalados nos computadores corporativos.
A legislação permite o uso desses programas, que registram informações como tempo de uso do computador, número de cliques e aplicativos acessados. Entre os softwares mais utilizados no mercado estão XOne, Time Doctor e Teramind, conforme mostrou o g1.
🤔 O caso gerou debate entre profissionais e especialistas sobre a melhor forma de medir a produtividade. Existem métodos confiáveis para avaliar cumprimento de metas e resultados? Os softwares de monitoramento são realmente eficientes?
No olho do furacão, o Itaú afirmou que “não considera exclusivamente o uso de mouse ou teclado” como métricas e não realiza captura de telas, áudios ou vídeos. A instituição utiliza programas com “indicadores robustos da atividade digital real”, incluindo chamadas em vídeo, mensagens, pacote Office, entre outros. (veja nota completa abaixo)
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Avaliar o desempenho fora do escritório sem recorrer a métricas injustas é um desafio que persiste desde a pandemia. Ao longo da semana, o g1 procurou 10 das maiores empresas do país que adotam modelos remoto ou híbrido para entender como monitoram a produtividade de seus colaboradores.
Nenhuma empresa concedeu entrevista. Algumas se limitaram a notas informativas sobre medidas de monitoramento, e em vários casos não conseguiram detalhar critérios ou métricas utilizadas para esse acompanhamento.
O g1, então, ouviu especialistas para explicar os principais desafios de medir produtividade no mundo corporativo, abordando os seguintes pontos:
👩🏽💻 A produtividade em home office
📈 Entregas ou horas trabalhadas?
✍🏽 Diferentes áreas, diferentes funções
⁉️ Impactos na carreira e no mercado
Fachada de agência do Itaú Unibanco
Divulgação
👩🏽💻 A produtividade em home office
Anos atrás, a produtividade era mais fácil de ser medida, segundo o professor Marcelo Graglia, que coordena o Observatório do Futuro do Trabalho da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
O cálculo era simples: relacionava o resultado de produção com recursos empregados — como o número de carros fabricados por hora de trabalho, por exemplo. Esse modelo funcionou por décadas.
Durante a pandemia de Covid-19, o home office ganhou força devido ao isolamento social. Nesse período, surgiram diversos softwares para medir o quanto os empregados trabalhavam fora do escritório.
A chegada da inteligência artificial tornou possível monitorar em larga escala o desempenho de quem atua em home office. Embora o uso da IA para controle de produtividade seja legítimo, Graglia alerta que os algoritmos são essencialmente quantitativos e probabilísticos.
“O ser humano avalia de forma quantitativa e qualitativa, objetiva e subjetiva, outro ser humano que também reúne essas características. Quando transferimos essa função para uma máquina ou robô, a análise se torna apenas quantitativa, o que pode gerar erros graves”, explica o professor.
Ou seja, depender exclusivamente desses indicadores pode resultar decisões injustas e até perda de talentos. O Itaú garante que, durante quatro meses, analisou a atividade digital registrada nos softwares corporativos e comparou os dados com jornadas formais e horas extras.
O banco identificou funcionários que registravam apenas 20% de atividade digital diária, de forma recorrente, mesmo com lançamento de horas extras. Já a média geral de atividade no home office foi de 75%, considerada adequada pela instituição.
Alguns ex-funcionários, contudo, relatam que cumpriam as jornadas ou que não receberam feedbacks sobre o desempenho antes da demissão.
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📈 Entregas ou horas trabalhadas?
Para Thatiana Cappellano, mestre em ciências sociais e consultora de trabalho, medir produtividade apenas pelo tempo diante do computador é arcaico e simplista. Para ela, o correto é avaliar a entrega e a qualidade do trabalho.
“O essencial é analisar o que se produz e em quanto tempo, priorizando a entrega final de projetos ou produtos, em vez de vigiar se o colaborador passa oito horas na cadeira ou mexe no mouse o tempo todo”, explica.
Já o professor Marcelo Graglia, da PUC-SP, alerta que o uso de tecnologias de monitoramento pode até gerar ganhos imediatos, mas compromete os resultados no médio e longo prazo.
Ele lembra que eficiência (fazer rápido e barato) não é o mesmo que eficácia (alcançar bons resultados). Basear-se apenas em dados quantitativos pode quebrar a confiança entre empresa e empregado, elevar a ansiedade, aumentar casos de burnout e provocar perda de talentos e rotatividade.
O controle excessivo pode transformar o ambiente corporativo em um “reality show”, levando até os funcionários mais dedicados a simular atividades apenas para aparentar produtividade.
Essa estratégia é uma contradição: resolve-se o problema no curto prazo, mas criam-se efeitos colaterais que corroem o desempenho da equipe.
Esse comportamento, que Graglia chama de “neurose organizacional”, corrói a produtividade real e ignora conceitos modernos de gestão baseados em autonomia e confiança, defendidos há décadas por teóricos como Peter Drucker.
Drucker, o “pai da gestão”, é um crítico do modelo do “capataz”, que vigia e pune. Por isso, as empresas investiram por décadas em ambientes baseados em confiança, autonomia e autogestão. Ele alerta, porém, que o uso excessivo de tecnologias de controle ameaça esse avanço.
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Por que tantos profissionais preferem se demitir a deixar o home office?
✍🏽 Diferentes áreas, diferentes funções
A Professora Luciana Morilas, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, avalia que falta adequação à avaliação de desempenho nas empresas. Para ela, cada área exige métricas específicas, e não um controle único e genérico.
“Muitas empresas concentram qualquer questão no departamento de RH, que chega a lidar com dezenas de milhares de funcionários. Isso gera respostas padronizadas, com algumas vantagens, mas também problemas quando se trata de grupos específicos”, explica.
A professora avalia que caberia ao gestor direto adotar uma gestão mais próxima e individualizada. Também considera essencial ter políticas claras de comunicação e feedbacks, para alinhar expectativas e corrigir problemas antes de medidas extremas.
“Mas será que esse gestor tem tempo e preparo? Será que recebeu formação em gestão de pessoas ou apenas em gestão de tarefas? Muitas vezes, o aspecto humano é deixado de lado em favor do foco técnico”, questiona Morilas.
Além disso, cada área tem suas particularidades: a de Tecnologia da Informação (TI), por exemplo, se adapta melhor ao remoto por ter funções concentradas no computador, enquanto setores como comercial e marketing mantêm mais atividades externas.
Para Tatiana Iwai, professora de Comportamento Organizacional e Liderança no Insper, padronizar o monitoramento é difícil e pode ser ineficaz, mas existem alternativas para acompanhar o desenvolvimento dos trabalhadores, como:
➡️ Avaliar conforme as entregas concretas;
➡️ Realizar check-ins regulares (diários ou semanais) para acompanhar o andamento das tarefas.
“Durante o período mais intenso do trabalho remoto, muitas equipes adotaram check-ins diários ou semanais. No início da semana, distribuem as tarefas. No final, apresentam o retorno sobre o que foi feito e como o trabalho avançou”, diz.
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⁉️ Impactos na carreira e no mercado
A demissão de 1 mil trabalhadores do Itaú pode ter efeitos significativos no mercado de trabalho, inclusive servir de precedente para que outras empresas questionem ou reduzam o trabalho remoto.
Um estudo do Insper mostra que, em 2020, durante o auge da pandemia, a média de dias trabalhados remotamente ultrapassava quatro por semana. Nos anos seguintes, a frequência caiu gradualmente, mas o modelo remoto seguiu presente.
Em março de 2025, a média já era de apenas 2,32 dias por semana, e 71% dos trabalhadores declararam atuar remotamente ao menos um dia na semana.
Os dados indicam que, mesmo com a redução, o home office segue relevante — com diferenças entre setores. A área de tecnologia manteve altos níveis de trabalho remoto, enquanto a indústria retornou majoritariamente ao modelo presencial.
Média de dias trabalhados remotamente por semana entre 2019 e 2025
Arte g1
“Quando uma empresa desse porte toma uma decisão tão drástica, acaba servindo de munição para que outras organizações questionem a eficácia do home office”, afirma a professora do Insper, Tatiana Iwai.
Apesar disso, a especialista lembra que há evidências empíricas de que o trabalho remoto pode manter níveis satisfatórios de produtividade, desde que bem estruturado e adaptado à natureza de cada função.
“Casos como esse podem levar empresas a adotar controles mais rígidos, sem considerar o impacto na relação de confiança com os trabalhadores. É preciso refletir se não existem outras formas de acompanhar entregas e coordenar equipes sem recorrer a medidas invasivas”, conclui Iwai.
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O que diz o Itaú
Desde 2022, quando o Itaú Unibanco relançou seus pilares de cultura organizacional, a Cultura Itubers, o banco se desafiou a fazer as coisas de forma diferente. Atento ao novo cenário pós-pandemia, adotou um modelo flexível de trabalho. Hoje, 60% do quadro de colaboradores trabalha em formato híbrido ou totalmente remoto.
A premissa do novo modelo é conferir autonomia às equipes, o que exige uma confiança ampliada nos colaboradores, mas implica uma maior responsabilização pelas atitudes e escolhas individuais. O Itaú vem acompanhando os debates globais sobre a perenidade do home office ao longo dos anos e, aderente à legislação vigente, monitora o uso de seus equipamentos corporativos e programas licenciados. Esse monitoramento, expressamente previsto em políticas internas assinadas por seus colaboradores, e acordado com os sindicatos, controla eletronicamente a jornada de trabalho no home office e é essencial para garantir sua efetividade.
Ao longo de quatro meses de análises e debates profundos, que mediram a atividade em softwares corporativos em comparação com a jornada de trabalho formalizada em home office e o acúmulo de horas extras, o Itaú identificou uma minoria de colaboradores em jornadas de trabalho remoto com baixos níveis de atividade digital, sendo esse um padrão de comportamento e não situações pontuais. Alguns desses casos, os mais críticos, chegaram a patamares de 20% de atividade digital no dia – de forma sistemática, ao longo de quatro meses – e ainda assim registraram horas extras naqueles mesmos dias, sem que houvesse causa que justificasse. Um exemplo real é de uma área com 316 analistas, de cargos equiparáveis e com média de atividade digital de 72%, enquanto colaboradores desligados apresentavam entre 27 e 37% de atividade digital em quatro meses, além do uso de horas extras. Em outra estrutura, com 30 analistas com média de atividade digital de 75%, o colaborador desligado apresentou 39% de atividade, também com horas extras registradas.
A média geral de atividade digital do banco em home office é de cerca de 75%, patamar que a instituição entende como adequado, considerando sazonalidades, horas de intervalo e descanso. Assim, os casos identificados denotam desvio do padrão de comportamento em relação à maioria dos colaboradores em regime híbrido, o que resulta em quebra de confiança. É por esse motivo que foram desligados alguns colaboradores com boa avaliação de performance. Para o Itaú, essa decisão faz parte de um processo de gestão responsável e tem como objetivo preservar nossa cultura e a relação de confiança construída com clientes, colaboradores e a sociedade.
É fundamental ressaltar que o monitoramento adotado pelo Itaú não considera exclusivamente o uso de mouse ou teclado como métricas de aderência digital e respeita diretrizes previstas na LGPD, ao não realizar captura de telas, áudios ou vídeos. O programa utilizado provê indicadores robustos da atividade digital real dos mais diversos softwares licenciados para uso corporativo, inclusive chamadas em vídeo, mensageria, cursos à distância, pacote Office, dentre outros. As métricas de atividade digital consideraram 1 hora e 45 minutos de pausas diárias, além do almoço, e foram complementados por análises individualizadas, como necessidades específicas do colaborador, ausência por temas pessoais ou familiares, saúde, viagens a trabalho ou eventos externos etc. O processo, como um todo, foi rigorosamente auditado pela Diretoria de Auditoria do Itaú.
Por fim, o Itaú reforça que as medidas adotadas aprimoram o trabalho híbrido e flexível, ao dar luz à importância da autonomia responsável. Os desligamentos não têm o objetivo de redução de quadro, portanto, as contratações no banco continuam e as reposições dessas vagas serão discutidas caso a caso e dentro do cenário de cada área.
Adendo:
1. O monitoramento das atividades digitais dos colaboradores do Itaú Unibanco está respaldado por suas diversas políticas internas e assinadas por seus colaboradores não apenas em seus contratos de trabalho, como também na retirada de equipamentos corporativos, além de termos explicitamente assinados, como: Política de Monitoração de Segurança no Uso de Recursos Eletrônicos, Política de Privacidade e Proteção de Dados para Colaboradores; Política Corporativa de Segurança da Informação e Cyber Security; Política Corporativa de Prevenção à Corrupção; Política Corporativa de Prevenção a Atos Ilícitos, Política de Orientação e Aplicação de Medidas Disciplinares, dentre outros.
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Home office
Pexels/Vlada Karpovich
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Ligações automáticas indesejadas, chamadas de "robocalls"
Fantástico
O sistema "Não Me Perturbe" e o prefixo 0303, usados por serviços de telemarketing, tiveram as regras alteradas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) nas últimas semanas.
As mudanças devem diminuir as ligações de operadoras de telefonias para alguns dos consumidores, mas podem aumentar as chamadas de empresas sem identificação.
Elas estão previstas porque a Anatel:
🚫 proibiu ligações para clientes cadastrados no "Não Me Perturbe" por parte de todas as operadoras de telefonia, incluindo as de pequeno porte;
❌ derrubou a exigência do prefixo 0303 após identificar "estigmatização" que levou muitos usuários a rejeitarem esse tipo de chamada.
A nova regra do "Não Me Perturbe" começa a valer em novembro e vai aumentar a lista de operadoras que aderem ao serviço. Até então, ele só era usado por Claro, Vivo, TIM, Oi, Algar, Ligga e Sky.
O sistema foi criado para clientes que não querem ofertas de serviços de telefone, TV, internet e instituições financeiras. Além das operadoras, 67 empresas bancárias fazem parte da iniciativa.
Para bloquear essas ligações, é preciso se cadastrar em www.naomeperturbe.com.br. O pedido começa a valer em até 30 dias.
Apesar da proposta, muita gente ainda é incomodada por essas ligações. Especialistas ouvidos pelo g1 explicam que as chamadas continuam porque golpistas e algumas empresas de vendas ignoram o cadastro do "Não Me Perturbe".
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Já o fim da obrigatoriedade do prefixo 0303 entrou em vigor em agosto, quando a Anatel atendeu a pedidos de associações beneficentes, do sindicato das operadoras Conexis Digital e da empresa de aluguel de imóveis QuintoAndar.
O prefixo 0303 era exigido para a maior parte do telemarketing ativo, quando a empresa liga para o cliente. Mas a Anatel indicou que a alta rejeição a esse tipo de ligação exigiu a derrubada da regra.
Segundo a conselheira da Anatel Cristiana Camarate, as regras foram alteradas porque o perfil das ligações também mudou nos últimos anos.
"Em 2021, quando determinamos a criação do 0303, o que mais importunava consumidores eram ligações com ofertas de produtos e serviços. Hoje, as que mais importunam são as ligações perigosas, fraudulentas, que lesam o consumidor", disse a conselheira em agosto, quando a exigência do prefixo foi derrubada.
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Aposta no 'Origem Verificada'
No lugar da obrigatoriedade para o prefixo 0303, empresas que fazem mais de 500 mil ligações por mês terão que aderir até novembro à autenticação do Origem Verificada, sistema contra golpes telefônicos.
A exigência para a autenticação afetará cerca de 350 empresas, afirmou em agosto à TV Globo Cristiana Camarate, da Anatel.
Isso inclui o chamado spoofing, golpe que usa números falsos para se passar por empresas confiáveis e enganar consumidores. É o que também ficou conhecido como "Golpe do 0800".
Outro problema que pretende ser enfrentado são as robocalls, ligações automáticas que desligam ao serem atendidas e servem para aumentar a produtividade em call centers ou verificar quais telefones continuam ativos.
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O Origem Verificada usa o protocolo internacional Stir Shaken, que checa em tempo real se o número corresponde à empresa. A validação é feita pelo banco de dados da ABR Telecom, abastecido por operadoras.
Segundo a Anatel, o Origem Verificada funciona em duas frentes:
autenticação, um processo que verifica se quem está ligando é uma empresa legítima;
identificação, que mostra no celular do consumidor qual empresa está ligando.
A agência prevê que, em até três anos, a autenticação será adotada em todas as ligações de empresas e diz que ela vai abranger 50% das chamadas, e não apenas 10% como era o caso do prefixo 0303.
A identificação, que será opcional, permite a empresas mostrar no celular do usuário o seu nome e, em alguns casos, o motivo da chamada, mesmo que o número não esteja salvo no aparelho.
Mas nem todos os celulares suportam a identificação. Eles devem estar conectados a redes 4G ou 5G e atender aos requisitos de modelo e sistema operacional (veja a lista dos smartphones compatíveis).
A Anatel alerta que o Origem Verificada ajuda a identificar chamadas autênticas, mas não é capaz de garantir proteção contra roubo de dados. Por isso, ainda é importante se atentar para não cair nesse tipo de golpe.
A agência também diz que tem um plano de ação para combater SMS fraudulentos, como os que incluem links falsos. "Há uma série de medidas para garantir uma maior integridade dos SMS que recebemos", afirmou a conselheira Cristiana Camarate em agosto.
Como são as chamadas com o Origem Verificada
g1
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O influenciador Felca fala sobre a repercussão de suas denúncias
A Justiça do Trabalho negou um pedido de liminar (provisório) apresentado pelo Facebook e Instagram e manteve a decisão que proíbe a veiculação de trabalho infantil artístico em suas plataformas sem autorização judicial prévia, sob pena de multa diária de R$ 50 mil por criança ou adolescente encontrado em situação irregular.
Na decisão, a desembargadora Fernanda Oliva Cobra Valdivia destacou que as plataformas digitais funcionam como ambiente de trabalho remunerado, já que são usadas por marcas para contratar usuários e monetizar conteúdos.
Segundo ela, cabe à Justiça do Trabalho analisar o caso, e o MPT tem legitimidade para atuar na defesa dos direitos de crianças e adolescentes.
A magistrada ressaltou que a exigência de alvará judicial não interfere indevidamente na criação de conteúdo, mas cumpre a função legal de garantir proteção integral, prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“Não será certamente uma decisão tomada na velocidade de um clique. O alvará judicial revela-se como meio jurisdicional apropriado a autorizar, ou não, o trabalho infantil artístico”, afirmou.
A decisão determinando a proibição tinha sido concedida pela 7ª Vara do Trabalho de São Paulo e atende a uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelo Ministério Público de São Paulo.
Os órgãos também pedem R$ 50 milhões de indenização por danos morais coletivos, além da adoção de medidas de controle nas suas plataformas, como implantação de filtros e sistemas capazes de identificar conteúdos com participação de crianças e adolescentes sem alvará judicial e exigi-los.
A desembargadora também rejeitou os argumentos das plataformas sobre dificuldades técnicas para cumprir a determinação. Para ela, não é aceitável que “um gigante da tecnologia que opera em escala global” não tenha recursos para implementar filtros e mecanismos adequados.
O MPT apresentou no processo cópia de inquérito civil que aponta a existência de perfis de crianças e adolescentes com atuação comercial no Facebook e no Instagram.
A magistrada destacou que a prática viola o artigo 149 do ECA, o artigo 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal — que proíbe trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e qualquer trabalho a menores de 16, salvo na condição de aprendiz.
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Crianças vítimas de exploração sexual na internet no Brasil
Felca dá entrevista ao Fantástico sobre alcance do vídeo 'adultização'
Reprodução
A Polícia Civil de São Paulo mapeou pelo menos 700 vítimas de exploração sexual infantil no Brasil, que tiveram imagens compartilhadas em plataformas digitais. O mapeamento foi feito pelo Núcleo de Observação e Análise Digital (NOAD), que atua há nove meses nesse tipo de investigação e que identificou que meninos e meninas são aliciados em plataformas digitais.
"Eles realizam inúmeros crimes virtuais, e aí nós temos estupros virtuais, automutilações, maus tratos de animais e até induzimento ou instigação para que crianças e adolescentes tirem a própria vida", afirmou a delegada Lisandrea Salvariego, coordenadora do NOAD.
As investigações do NOAD apontaram que o grupo agia como organização criminosa, promovendo a venda de pornografia infantil em plataformas digitais.
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Itaú demite funcionários após avaliar produtividade no home office
O Itaú disse que as demissões da última segunda-feira (8) aconteceram após uma "revisão criteriosa" sobre o trabalho remoto. Cerca de mil pessoas foram demitidas da empresa, segundo o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
De acordo com o sindicato, o banco alegou que as demissões estão baseadas em "registros de inatividade nas máquinas corporativas".
Funcionários afirmam que a empresa usa o programa de monitoramento remoto XOne, que rastreia, entre outras coisas, o uso do teclado e do mouse.
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O banco também identifica se o funcionário entrou em chamadas de vídeo, fez cursos à distância e enviou mensagens, mas não captura telas, áudios ou vídeos, segundo reportagem da BBC.
O XOne é instalado no computador corporativo e, então, passa a coletar dados sobre a atividade online dos funcionários.
A depender da configuração, ele monitora se cada colaborador cumpre a jornada de trabalho e tem um período de inatividade muito alto. É possível detectar também a localização e a lista de sites e programas acessados.
A empresa pode acessar um painel com índices de produtividade de cada funcionário e equipe.
Painel do XOne mostra atividade online de funcionários
Divulgação/XOne
Em materiais de divulgação, o XOne promete oferecer a gestores de equipes "insights valiosos para ajudar na concentração e na diminuição da dispersão nas tarefas cotidianas".
Este não é o único programa de monitoramento de funcionários. Ferramentas como Time Doctor e Teramind prometem ajudar a melhorar a eficiência e até a identificar funcionários que falsificam sua atividade no trabalho remoto.
Monitoramento no Time Doctor
Divulgação/Time Doctor
Monitoramento é permitido, desde que informado
O monitoramento em computadores corporativos é permitido por lei desde que seja adotado com transparência, proporcionalidade e finalidade legítima, explicou ao g1 a advogada trabalhista Luana Couto Bizerra.
Mas ela apontou que considerar apenas a movimentação de mouse ou do teclado pode gerar informações distorcidas sobre produtividade, já que o funcionário executar tarefas que não exigem interação direta com o computador.
De acordo com a BBC, o Itaú disse que o monitoramento está previsto em políticas internas assinadas por colaboradores e em acordo com sindicatos.
O Sindicato dos Bancários criticou as demissões por entender que o Itaú não levou em conta a complexidade do trabalho remoto. A entidade também disse que trabalhadores foram demitidos sem advertência prévia nem espaço para se defender.
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Charlie Kirk, ativista conservador, discursa pouco antes de ser baleado em Utah, em 10 de setembro de 2025
Tess Crowley/The Deseret News vía AP
As organizações de notícias tradicionais foram cautelosas em sua cobertura do assassinato de Charlie Kirk na quarta-feira (10), nos EUA, não mostrando o momento em que ele foi baleado.
Em vez disso, mostraram um vídeo dele jogando um chapéu para o público momentos antes, e espectadores em pânico se espalhando descontroladamente nos momentos seguintes.
Em termos práticos, porém, pouco importava. Um vídeo sangrento do tiroteio ficou disponível online quase instantaneamente, de vários ângulos, em câmera lenta e em tempo real. Milhões de pessoas assistiram.
Quem era Charlie Kirk, aliado de Trump e influenciador de direita nos EUA
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O vídeo foi fácil de encontrar no X, no Facebook, no TikTok, no Instagram, no YouTube — até mesmo no Truth Social, onde o presidente Donald Trump publicou a notícia oficial da morte do ativista conservador.
Essa dinâmica mostrou como o papel de "guardiões" das organizações de notícias mudou na era das mídias sociais.
Kirk foi baleado em um evento público diante de centenas de pessoas em um campus universitário de Utah (EUA), muitas delas segurando celulares para gravar uma celebridade no meio delas e experientes em como disseminar evidências em vídeo de um evento jornalístico.
No X, havia um vídeo mostrando uma visão direta de Kirk sendo baleado, seu corpo recuando e sangue jorrando de um ferimento.
Um vídeo mostrando o momento do impacto em câmera lenta, parando antes que o sangue fosse visto. Outro, gravado à esquerda de Kirk, incluía um áudio que sugeria que Kirk estava falando sobre violência armada no momento em que foi baleado.
Por mais de 150 anos, organizações jornalísticas como jornais e redes de televisão se acostumaram a "controlar" conteúdo explícito — tomando decisões editoriais sobre eventos violentos para decidir quais imagens e palavras aparecerão em suas plataformas para seus leitores ou espectadores.
Mas, na era fragmentada das mídias sociais, smartphones e uploads instantâneos de vídeos, as decisões editoriais da mídia tradicional são menos impactantes do que nunca.
Charlie Kirk, ativista da direita americana, é baleado em evento nos EUA
Imagens espalhadas pelo país
Do outro lado do país, em Ithaca, Nova York, os filhos adolescentes da professora universitária Sarah Kreps enviaram mensagens de texto a ela sobre o assassinato de Kirk logo depois que as aulas terminaram e eles puderam acessar seus telefones.
Não, ela respondeu. Ele foi baleado, mas não houve relatos de que ele tivesse morrido. O filho respondeu: Vocês viram o vídeo? Não tem como ele ter sobrevivido.
Os vídeos foram postados e republicados em uma velocidade estonteante.
Uma pessoa no X pediu "parem com a violência", mas depois incluiu um clipe do tiroteio. Várias pessoas recorreram às redes sociais para pedir que as pessoas não divulgassem as imagens. "Pelo amor de Deus e da família de Charlie", dizia uma mensagem, "parem".
O YouTube disse que estava removendo "algum conteúdo gráfico" relacionado ao evento se ele não fornecesse contexto suficiente e restringindo vídeos para que eles não pudessem ser vistos por usuários menores de 18 anos ou aqueles que não estivessem conectados.
“Nossos corações estão com a família de Charlie Kirk após sua trágica morte”, disse o YouTube. “Estamos monitorando nossa plataforma de perto e destacando o conteúdo de notícias na página inicial, nas buscas e nas recomendações para ajudar as pessoas a se manterem informadas.”
As regras do Meta não proíbem a publicação de vídeos como o do tiroteio de Kirk, mas avisos são aplicados e não são exibidos para usuários que afirmam ter menos de 18 anos.
A empresa controladora do Instagram, Facebook e Threads encaminhou para um repórter as suas políticas sobre conteúdo violento e gráfico, que, segundo eles, seriam aplicadas neste caso, mas não fez mais comentários.
Um representante do X não retornou imediatamente um pedido de comentário.
É um problema com o qual as empresas de mídia social já lidaram antes, em circunstâncias igualmente terríveis.
O Facebook foi forçado a lidar com pessoas que queriam transmitir violência ao vivo durante um tiroteio em massa na Nova Zelândia em 2019, disse Kreps, da Universidade Cornell, autor do livro "Harnessing Disruption: Building the Tech Future Without Breaking Society" (Aproveitando a Disrupção: Construindo o Futuro Tecnológico Sem Quebrar a Sociedade).
Chegando ao outro lado
Algumas imagens vazaram para a mídia mais tradicional.
O TMZ publicou um vídeo de Kirk no qual se ouve uma cena e uma voz dizendo "Oh, meu Deus", mas a parte superior do corpo de Kirk estava desfocada. Um vídeo semelhante com uma imagem desfocada de Kirk foi publicado no site do New York Post.
Em tal atmosfera, o cuidado demonstrado pela maioria dos veículos de notícias tradicionais pode parecer antiquado ou antiquado.
Mas os líderes da indústria jornalística estão cientes da importância de proteger as pessoas de imagens gráficas inesperadas; encontrá-las é um pouco mais difícil online, onde muitas pessoas precisam procurar e clicar em uma imagem se quiserem vê-la — se ela ainda não tiver sido enviada para você ou para o seu grupo de bate-papo.
Também pode haver uma mensagem importante enviada pelos veículos de notícias, que são cautelosos com o que mostram, disse Kreps.
"A mídia tradicional pode amplificar e validar comportamentos", disse ela. "Pode ser um sinal de como as coisas devem ser estigmatizadas, em vez de validadas ou normalizadas."
Mas no dia do tiroteio, em um país politicamente polarizado, a fácil disponibilidade de imagens chocantes corria o risco de tornar a ferida da sociedade ainda mais dolorosa.
“Não vejo muitos sinais de como chegaremos — como povo, como nação — ao outro lado disso”, disse David Chalian, da CNN. “Acho que estamos quebrados e potencialmente irreparáveis.”
Quem era Charlie Kirk, ativista conservador morto nos EUA
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Robotáxi da Amazon.
Divulgação/Amazon
A Amazon começou a oferecer nesta quarta-feira (10) seu serviço de robotáxi Zoox, sem motorista, ao público de forma gratuita dentro e nos arredores da Las Vegas Strip, nos Estados Unidos.
A liberação ocorre após dois anos de testes na cidade e enquanto a empresa aguarda aprovação do estado de Nevada para definir a cobrança pelo uso, segundo as agências Reuters e Associated Press (AP).
"Esta é uma fase importante da nossa jornada, em que os passageiros podem conhecer o serviço e enviar comentários antes da expansão. As viagens pagas começarão em Las Vegas assim que recebermos a aprovação regulatória necessária", disse a empresa em comunicado.
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A big tech de Jeff Bezos não está sozinha nesse setor. A Waymo, do Google, já opera um serviço de robotáxi pago em diversas cidades dos EUA, enquanto a Tesla mantém um número limitado de veículos atendendo clientes pagantes em Austin, no Texas.
O g1 testou o serviço da Waymo em uma visita à Califórnia em maio deste ano (veja no vídeo abaixo).
g1 testa o Waymo, o carro autônomo do Google, nos Estados Unidos
Segundo a AP, os robotáxis da Amazon estavam restritos a funcionários e, depois, a seus familiares e amigos.
Agora, qualquer pessoa pode baixar o aplicativo Zoox e solicitar um veículo. Os carros, de formato quadrado, transportam até quatro passageiros e circulam entre cinco pontos, incluindo os hotéis Resorts World, Luxor e New York-New York.
Os veículos vão operar de forma autônoma, com assistência humana remota acionada apenas quando o próprio carro solicitar ajuda, segundo a Reuters.
Robotáxi da Amazon.
Divulgação/Amazon
Quando começar a cobrar pelas viagens em Las Vegas, a Zoox afirma que os preços serão semelhantes aos de táxis tradicionais e de aplicativos como Uber e Lyft.
Segundo a AP, a empresa planeja produzir 10 mil robotáxis por ano e expandir o serviço para outros mercados.
As agências dizem que a Zoox deve ampliar o serviço "muito em breve" para São Francisco, onde já realiza testes há meses e agora começou a incluir passageiros em uma lista de espera, segundo executivos da empresa.
A expectativa é levar os robotáxis também para Miami, Austin (Texas), Atlanta e Los Angeles até o fim deste ano e ao longo do próximo.
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Carro autônomo da Amazon.
Reprodução/Amazon
Carro autônomo da Amazon.
Divulgação/Amazon
Zoox, um veículo autônomo de propriedade da Amazon, é visto na sede da empresa durante um test drive em Foster City, Califórnia, EUA
REUTERS/Carlos Barria/Foto de arquivo
Mulher registra passeio em carro autônomo da Amazon
Divulgação/Amazon
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'Qual é a minha bênção?': trend com o ChatGPT viraliza e divide opiniões nas redes sociais
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Mulher utilizando o aparelho celular
Unsplash
Existem diversas funções para facilitar o dia a dia disponíveis na maioria dos smartphones atuais com sistema Android, muitas vezes pouco conhecidas.
Eles vão do uso de recursos de inteligência artificial a funcionalidades de segurança e proteção contra furtos e roubos.
O Guia de Compras separou 5 delas. Veja a seguir.
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⭕️ Circular para Pesquisar
Com um toque na parte inferior da tela, é possível fazer buscas no Google apenas circulando palavras ou imagens exibidas, obtendo respostas rápidas.
Viu uma foto em um site e quer saber mais? Basta usar a função.
É semelhante ao que um aplicativo do buscador faria, mas com a praticidade de apenas rabiscar na tela para ter retorno imediato.
Circular para pesquisar: basta tocar na base da tela, marcar o que quer procurar e o Google encontra
Reprodução
🤳 Gemini Live
O Gemini é o robô de conversas de inteligência artificial do Google, concorrente do ChatGPT.
Sua funcionalidade "Live", integrada ao app, utiliza a câmera para interações em tempo real. Pode lembrar tarefas, sugerir ideias ou até sugerir o que podemos ver na TV.
Seja para tirar dúvidas sobre cuidados com plantas ou animais, a experiência é imediata e prática.
Ele também funciona no iPhone, mas, nos Androids mais recentes, conta com um botão dedicado para ativar a função direto do aparelho.
Gemini Live: identificou a planta, elogiou o gato e disse que ela não é tóxica para o felino.
Reprodução
👥 Usuário convidado
É possível emprestar o dispositivo a parentes ou amigos sem risco de que eles acessem seus dados pessoais.
O modo “Usuário Convidado” permite criar um perfil temporário, que será apagado depois do uso, ou adicionar uma conta permanente, como uma para crianças, restrita ao tempo definido pelos pais.
A configuração depende da marca do aparelho – busque por Usuário nas Configurações do celular para habilitar novas contas e visitantes.
A funcionalidade não está disponível nos aparelhos da Samsung.
➗ Tela dividida
Em aparelhos de tela grande, há a vantagem de manter mais de um aplicativo aberto simultaneamente – algo que não existe no iPhone.
Existem duas formas: dividir a área ou usar o modo picture-in-picture (PIP).
Na primeira, basta abrir um app, deslizar para cima para ver os recentes, tocar no ícone e escolher “Dividir Tela”.
Essa funcionalidade pode também variar conforme o fabricante – nos Xiaomi, aparece um ícone de tela dividida, por exemplo. No Samsung, basta segurar o app, segurar e arrastar para dividir a tela.
Em celulares dobráveis maiores, até quatro apps podem ser usados de uma vez. Para voltar ao modo único, arraste a barra central até o topo ou base.
Já o PIP serve para vídeos: o conteúdo de um ou mais apps fica em uma janela flutuante que permanece visível enquanto outro aplicativo é acessado.
Para encerrar, arraste a janela para fora ou, se preferir ampliar, toque e selecione “Tela cheia”.
🪤 Proteção contra roubo
A partir do Android 15 (a versão mais recente é a 16), o sistema passou a oferecer segurança extra contra roubo e revenda.
Ações sensíveis, como desativar a função Encontre meu Dispositiv, exigem autenticação adicional, assim como várias tentativas de login seguidas.
Já o “Bloqueio de Detecção de Roubo, conhecido como “modo ladrão”, usa inteligência artificial para reconhecer movimentos bruscos que indicam furto. Nesse caso, o aparelho é bloqueado automaticamente.
Proteção contra roubo do Android
Google
Veja a seguir 5 celulares da categoria dos intermediários com sistema Android. Os produtos custavam de R$ 1.800 a R$ 4.700 nas lojas da internet em setembro.
Jovi V50 Lite
Moto G86
Oppo Reno 13F
Samsung Galaxy A56
Xiaomi Redmi Note 14 Pro
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Quem são os novos fabricantes chineses que vendem celulares no Brasil?
Inteligência artificial no celular
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Apple anuncia o novo Iphone 17
O visual do iPhone 17, lançado nesta terça-feira (9) pela Apple, tem chamado atenção e gerado memes nas redes sociais.
O novo smartphone tem quatro versões, sendo uma delas ultrafina, com apenas 5,6 mm de espessura, o iPhone Air.
Já o iPhone 17 Pro e o 17 Pro Max têm um novo visual no conjunto de câmeras traseiras, em que os sensores ficam em um novo relevo que vai de um lado ao outro do aparelho (veja na imagem abaixo).
iPhone Pro Air (esquerda) e iPhone 17 Pro (direita)
Reprodução/Apple e Nic Coury/AFP
O iPhone 17 entra em pré-venda na próxima terça-feira (16) e será entregue no Brasil partir de 19 de setembro, mesma data para consumidores nos Estados Unidos.
Veja TODOS os preços do iPhone 17
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iOS 26 será liberado na próxima segunda; veja iPhones compatíveis
Confira alguns dos memes do iPhone 17:
Meme compara novo design do iPhone 17 com Tartarugas Ninja
Reprodução/X
Usuários fazem piada com visual do iPhone 17
Reprodução/X
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