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'Roblox': Entenda o que é a plataforma de games que virou fenômeno
A Rússia bloqueou o acesso à plataforma de criação de jogos Roblox, de propriedade americana, acusando-a de distribuir materiais extremistas e "propaganda LGBT", informou a imprensa estatal nesta quarta-feira (3).
O Roblox, da empresa americana Roblox Corporation, foi procurada, mas não respondeu ainda a um pedido de comentário.
O Roblox, que permite aos usuários criarem seus próprios jogos e compartilhá-los com outros, foi o aplicativo móvel mais baixado na Rússia em 2023, segundo o jornal local Vedomosti.
O país frequentemente ameaça proibir certas plataformas estrangeiras. Associações de defesa de direitos consideram isso uma tentativa das autoridades de controlar o uso da internet.
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Em um comunicado divulgado pelas agências de notícias russas, o regulador de comunicações Roskomnadzor acusou o Roblox de hospedar "conteúdo inadequado que pode afetar negativamente o desenvolvimento espiritual e moral das crianças".
"Os menores no jogo são submetidos a assédio sexual, enganados para fornecer fotos íntimas e incitados a cometer atos depravados e de violência", afirmou o órgão.
Na semana passada, o mesmo regulador ameaçou proibir o WhatsApp, o segundo aplicativo de mensagens mais usado no país, por supostamente não agir para prevenir crimes.
Plataforma de jogos Roblox é exibida em um tablet.
AP/Leon Keith
A plataforma conta com cerca de 100 milhões de usuários diários, dos quais aproximadamente 40% são menores de 13 anos, de acordo com dados da empresa para 2024.
Países como Catar, Iraque e Turquia também proibiram seu uso, sobretudo por preocupações com a segurança dos usuários menores. Os estados americanos do Texas e da Louisiana processaram o aplicativo pelo mesmo motivo.
A empresa afirma que modera todo o conteúdo por meio de revisão humana e ferramentas de inteligência artificial.
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Câmera de segurança
rawpixel.com/Freepik
A polícia sul-coreana informou no domingo (30) que prendeu quatro suspeitos de invadir cerca de 120 mil câmeras instaladas em casas e estabelecimentos comerciais para produzir vídeos de conteúdo sexual.
Segundo a investigação, os suspeitos, que não tiveram idade ou gênero revelados, não atuavam em conjunto.
A polícia não informou quando os ataques ocorreram nem os locais onde as câmeras estavam instaladas. O comunicado só confirma que elas estavam em residências e em vários tipos de estabelecimentos comerciais.
O jornal The New York Times afirmou que as filmagens eram de câmeras localizadas em casas, comércios, hospitais, saunas e outros lugares. Os dispositivos eram normalmente utilizados para monitorar crianças ou animais, segundo a publicação.
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Venda de imagens a site estrangeiro
Dois investigados editaram as imagens captadas ilegalmente e criaram mais de 1.000 arquivos com material de exploração sexual, vendidos depois a um site estrangeiro.
Um deles teria faturado cerca de US$ 23 mil, e o outro, US$ 12 mil.
Segundo a polícia, esses dois suspeitos produziram 62% de todo o material publicado no site no último ano. As autoridades afirmam trabalhar com agências de outros países para identificar o responsável pela página.
Um terceiro suspeito foi acusado de hackear as câmeras e armazenar imagens de exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes.
Outras três pessoas foram detidas por comprar e assistir ao material ilegal no site investigado, segundo a polícia.
A polícia não informou quando as prisões aconteceram.
Senhas simples
As autoridades afirmam que muitas câmeras invadidas tinham senhas simples, com repetição de letras ou combinações sequenciais de números e letras, o que facilitou os ataques.
“Acima de tudo, é importante e eficaz que os usuários que instalaram câmeras em suas residências ou locais de trabalho estejam vigilantes e alterem imediatamente e regularmente suas senhas de acesso”, afirma a polícia da Coreia do Sul, que também recomenda o uso de autenticação em dois fatores.
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É #FAKE vídeo que mostra policiais encontrando 'fábrica de visualizações'; cena foi criada com IA
Reprodução
Circula nas redes sociais uma cena que supostamente mostra policiais encontrando uma "fábrica de visualizações" de vídeos do YouTube. É #FAKE.
selo fake
g1
🛑 Como é o vídeo?
Publicado nesta terça-feira (2) no X, onde teve mais de 1,2 milhão de views, o post tem a seguinte legenda: "🚨PM DESCUBRE 'FÁBRICA DE VIEWS' DE MÚSICA DENTRO DE COMUNIDADE! A Polícia Militar deu de cara com uma verdadeira 'fábrica de visualizações', dedicada a bombar vídeos de música no YouTube. No local, dezenas de celulares e equipamentos estavam ligados ao mesmo tempo, simulando acessos e interações para inflar artificialmente o alcance dos conteúdos [...]".
O conteúdo mentiroso cita as chamadas "fábricas de cliques" (ou click farms, em inglês), locais ou ambientes virtuais em que dispositivos eletrônicos (como celulares) são usados para criar falsas interações nas redes sociais – como bots (robôs) que curtem, comentam e clicam em posts de forma automática.
O vídeo – que foi criado com inteligência artificial (IA) – mostra "policiais" investigando uma casa com fileiras de celulares fixados nas paredes e conectados a cabos de carregamento. O "autor" da filmagem aponta uma lanterna para os telefones e afirma: "Olha isso, são centenas. Quem montou isso aqui gastou uma fortuna. Celular até o teto". Em resposta, um "agente" afirma: "É uma fazenda de visualização. A gente precisa chamar o pessoal da inteligência agora".
Após a publicação, foi inserida uma "nota da comunidade" do X, dizendo: "O vídeo é 100% criado por IA. Nota-se a péssima qualidade de áudio, comum em vídeos feitos por IA, além de o vídeo ser cortado para disfarçar a curta duração. Também tem a logo malfeita da polícia nos uniformes, a porta não compatível com o lugar da entrada etc".
Na seção de comentários, diversos usuários questionaram o Grok, chatbot do X, se o material seria verdadeiro.
O Fato ou Fake submeteu o vídeo ao Hive Moderation, ferramenta que detectam o uso de IA em imagens, vídeos e áudio. Resultado: há 98,9% de chances de o conteúdo ter sido criado com esse recurso.
HiveModeration apontou uso de IA em 99,8% do vídeo.
Reprodução
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Reprodução
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Data center do TikTok no Ceará vai movimentar R$200 bi em investimentos
Uma central de processamento de dados que será construída no Ceará pelo aplicativo de vídeos curtos TikTok deverá gerar um investimento de R$ 200 bilhões nos próximos anos, segundo autoridades do governo federal e representantes da empresa. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (3) durante um evento com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
É a primeira vez que o TikTok fala sobre o investimento. O data center será instalado no complexo portuário de Pecém, em parceria com as empresas Omnia, da gestora Patria Investimentos, e a geradora de energia renovável Casa dos Ventos.
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"Esse projeto é um investimento histórico para a empresa no Brasil, é um investimento de mais de R$200 bilhões e é um passo fundamental que reflete o compromisso da empresa com o Brasil, que é um dos mercados digitais mais dinâmicos do mundo", disse a diretora de Políticas Públicas do TikTok no Brasil, Mônica Guise.
O montante do investimento divulgado anteriormente era de R$ 50 bilhões. O empreendimento será construído em fases, iniciando com um consumo energético de 300 megawatts (MW) e entrada em operação prevista para 2027. A energia é suficiente para abastecer uma cidade de cerca de meio milhão de habitantes.
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Junto com nossos parceiros locais, a Omnia e a Casa dos Ventos, o nosso data center vai usar energia 100% limpa, energia eólica de parques que estão sendo construídos agora especialmente para este projeto.
O projeto no Pecém já conta com importantes autorizações, como a que permite a prestação de serviços de exportação de dados.
A Reuters reportou com exclusividade em abril as negociações da ByteDance, dona do TikTok, para a instalação do data center no local.
Anúncio foi feito nesta quarta-feira (3) durante evento com o presidente Lula no Ceará.
Fabiane de Paula/SVM
(Por Alberto Alerigi Jr. e Gabriel Araújo)
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Spotify Wrapped 2025: como fazer a sua retrospectiva no app de música
Spotify
O Spotify liberou, nesta quarta-feira (3), o Spotify Wrapped 2025 para os usuários da plataforma. A retrospectiva revela, por exemplo, as músicas, os álbuns, os artistas e os podcasts mais ouvidos ao longo do ano (veja como fazer a sua).
O recurso mostra quantos minutos de música você ouviu em 2025, quantos gêneros explorou e quais foram os mais frequentes. Também indica a sua "idade musical", uma estimativa baseada no ano de lançamento das músicas que você escuta — quanto mais antigas as canções, maior será essa idade.
Entre as novidades deste ano, o Spotify Wrapped inclui um quiz que desafia o usuário a adivinhar, por exemplo, qual foi sua música mais tocada.
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Assim como nas edições anteriores, o Spotify também gera a playlist “Your Top Songs 2025”, com as faixas que você mais ouviu.
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Como fazer a sua retrospectiva do Spotify
O recurso está disponível para donos de aparelhos Android e iPhone (iOS) com a versão mais recente do app. Veja abaixo como verificar o seu ano musical:
Abra o seu aplicativo do Spotify e toque no ícone "Retrospectiva", localizado no topo;
Em seguida, em "Sua Retrospectiva", toque em "Vamos lá";
Pronto! O app exibirá stories com todas as informações do seu ano musical.
Após gerar a sua retrospectiva, o aplicativo permite compartilhar os registros no WhatsApp, Instagram (mensagens e stories), TikTok, Facebook, X, Mensagens (SMS) ou baixar no celular.
O Spotify não é o único serviço de música a oferecer uma retrospectiva anual. O Apple Music, o Deezer e o YouTube Music também disponibilizam esses recursos em seus respectivos aplicativos.
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Os cantores Bad Bunny, Henrique e Juliano e Duzão (Menos é Mais)
Divulgação
O Spotify divulgou a lista dos artistas e músicas mais ouvidos na plataforma em 2025. A lista saiu nesta quarta-feira (3), mesmo dia em que os ouvintes puderam acessar às próprias retrospectivas.
Pela quarta vez, Bad Bunny foi o artista mais escutado no mundo — ele conquistou o título em 2020, 2021 e 2022. O porto-riquenho também emplacou o álbum mais ouvido: "Debí Tirar Más Fotos". Já Lady Gaga e Bruno Mars são os responsáveis pela canção de maior sucesso: "Die With A Smile".
Spotify Wrapped 2025: como fazer a sua retrospectiva musical
No Brasil, Henrique e Juliano foram os artistas mais ouvidos pelo segundo ano consecutivo. A dupla também assina o álbum de maior sucesso: "Manifesto Musical 2 (Ao Vivo)". Já o principal hit foi uma faixa de Diego e Victor Hugo: "Tubarões" (versão ao vivo).
Veja abaixo as ilstas completas dos maiores sucessos do Spotify em 2025
🎶Listas do Spotify Global🎶
Artistas mais escutados no mundo em 2025
Bad Bunny
Taylor Swift
The Weeknd
Drake
Billie Eilish
Kendrick Lamar
Bruno Mars
Ariana Grande
Arijit Singh
Fuerza Regida
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Músicas mais escutadas no mundo em 2025
"Die With A Smile" - Lady Gaga e Bruno Mars
"Birds of a Feather" - Billie Eilish
"Apt." - Rosé e Bruno Mars
"Ordinary" - Alex Warren
"Dtmf" - Bad Bunny
"Back to friends" - Sombr
"Golden" - Huntr/X, EJAE, Audrey Nuna, Rei Ami, KPop Demon Hunters
"Luther (with SZA)" - Kendrick Lamar e SZA
"That's so True" - Gracie Abrams
"Wildflower" - Billie Eilish
Álbuns mais escutados no mundo em 2025
"Debí Tirar Más Fotos" - Bad Bunny
"KPop Demon Hunters" - KPop Demon Hunters, Huntr/X, Saja Boys
"Hit me hard and soft" - Billie Eilish
"SOS Deluxe: Lana" - SZA
"Short n' Sweet" - Sabrina Carpenter
"Mayhem" - Lady Gaga
"You'll Be Alright, Kid" - Alex Warren
"I'm the problem" - Morgan Wallen
"GNX" - Kendrick Lamar
"Un verano sin ti" - Bad Bunny
🎶Listas do Spotify Brasil🎶
Artistas mais escutados no Brasil em 2025
Henrique & Juliano
Grupo Menos É Mais
MC Ryan SP
Jorge & Mateus
Mc IG
Zé Neto & Cristiano
Matheus & Kauan
MC Tuto
Natanzinho Lima
Filipe Ret
Músicas mais escutadas no Brasil em 2025
"Tubarões - Ao Vivo" - Diego & Victor Hugo
"P do Pecado - Ao Vivo" - Grupo Menos É Mais, Simone Mendes
"Coração Partido (Corazón Partío) - Ao Vivo" - Grupo Menos É Mais
"Apaga Apaga Apaga - Ao Vivo" - Danilo e Davi
"Última Saudade - Ao Vivo" - Henrique & Juliano
"Fui Mlk" - Nilo, Mc Paiva ZS, DJ Di Marques, Tropa da W&S
"Famosinha" - Dj Caio Vieira, MC Meno K, Mc Rodrigo do CN
"Cópia Proibida" - Léo Foguete
"Oh Garota Eu Quero Você Só Pra Mim"- Oruam, Zé Felipe, MC Tuto, Dj Lc da Roça, Mc Rodrigo do CN
"Ilusão De Ótica - Ao Vivo" - Matheus & Kauan, Ana Castela
Álbuns mais escutados no Brasil em 2025
"Manifesto Musical 2" - Henrique & Juliano
"Churrasquinho 3" - Grupo Menos É Mais
"O Céu Explica Tudo" - Henrique & Juliano
"Obrigado Deus" - Léo Foguete
"To Be" - Henrique & Juliano
"333" - Matuê
"Nada Como um Dia Após o Outro Dia, Vol. 1 & 2" - Racionais MC's
"Mayhem" - Lady Gaga
"Transcende" - Lauana Prado
"A Nata de Tudo - A Ovelha Negra" - Mc Negão Original
Henrique & Juliano viram os ingressos para o show da dupla no Maracanã, em 3 de janeiro, se esgotarem em pouco mais de um dia
Randes Filho / Divulgação
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Uma em cada dez brasileiras com 16 anos ou mais sofreram violência digital no último ano
Quase 9 milhões de mulheres brasileiras — uma em cada dez com 16 anos ou mais — contam que sofreram algum tipo de violência digital nos últimos 12 meses.
O dado inédito faz parte da Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher realizada pelo Datasenado, em parceria com a Nexus, e obtida com exclusividade pelo Bom Dia Brasil. Foram mais de 21 mil entrevistas em todo o país.
É a primeira vez que uma pesquisa analisa de forma aprofundada o cenário de violência de gênero no ambiente digital.
As mulheres falaram das agressões mais comuns no ambiente virtual:
mensagens ofensivas, ameaçadoras enviadas repetidamente;
invasão de contas e dispositivos pessoais; e
a divulgação de mentiras nas redes sociais.
Os ataques virtuais se tornaram tão comuns que muitas mulheres consideram esses crimes como algo normal.
E os pesquisadores dizem que na internet as vitimas podem demorar mais a perceber e denunciar a violência.
Os números levaram a gente a pensar o quanto essa violência digital está naturalizada. Muitas vezes, um insulto no meio digital é relevado. (...) Ela tem que denunciar essa violência. Nós temos leis para coibir a violência digital.
Pesquisadores dizem que na internet as vitimas podem demorar mais a perceber e denunciar a violência
Gladys Peixoto/g1
A pesquisa indica que, além de denunciar, é preciso proteger as mulheres no ambiente digital — com segurança nas plataformas, investigação rápida e responsabilização dos agressores.
Educar os meninos desde cedo para o respeito às mulheres também aparece como parte da solução.
"O nível de desumanização desses homens, desses grupos é demais e, em nenhum momento, eles te veem ali como um ser humano, como uma pessoa que tem sentimento, que é vivo, que sente", afirma jovem de 22 anos, alvo de agressão virtual e que prefere não ser identificada para que não ser encontrada pelos agressores que a perseguem há quatro anos.
Ela conta que o terror começou em 2022, quando um post em que defendia a memória da vereadora assassinada Marielle Franco chamou a atenção de um grupo. Os insultos começaram por uma rede social.
E, dois anos depois, a violência aumentou: todos os dias ela recebia ameaças de estupro, de morte. Montagens com inteligência artificial simulavam fotos em que ela aparecia nua ou em cenas pornográficas. E até encomendas chegaram pelo correio.
É limitador, sabe, muito limitador. Porque você tem medo de sair, de te expor de alguma forma, tirarem foto sua, de estarem te perseguindo.
Como denunciar
É muito importante denunciar qualquer forma de violência no ambiente virtual.
As vítimas podem procurar qualquer delegacia da Polícia Civil ou as especializadas, como as Delegacias da Mulher e de Crimes Virtuais.
👉 É possível ainda denunciar também pela internet pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, da associação civil Safernet Brasil: https://new.safernet.org.br/denuncie
Essa central é única na América Latina e Caribe, e recebe uma média de 2.500 denúncias (totais) por dia envolvendo páginas contendo evidências dos crimes de pornografia infantil ou pedofilia, racismo, neonazismo, intolerância religiosa, apologia e incitação a crimes contra a vida, homofobia e maus-tratos contra os animais.
O internauta consegue acompanhar, em tempo real, cada passo do andamento da denúncia realizada por meio da central. Do total de denunciantes, 99% escolhem a opção de realizar a denúncia anonimamente. E ao 1% restante é garantido total e completo anonimato.
A Central Ligue 180 também recebe denúncias e funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, de Brasília.
O número é gratuito. Qualquer pessoa pode ligar para denunciar ou buscar informações sobre todos os tipos de violência. A vítima que liga é acolhida por outras mulheres "que são qualificadas em violência de gênero".
Veja como e quando denunciar o 'stalking', crime de perseguição
Daniel Ivanaskas/G1
'Stalking': saiba quando a perseguição na internet se torna crime
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Cerco ao 'gatonet' derruba milhares de sites e apps piratas no Brasil
Duas operações tiraram do ar 558 serviços de streaming pirata desde a última quinta-feira (27). Elas são desdobramentos de investigações que já derrubaram milhares de plataformas ilegais nos últimos meses.
A mais recente, realizada na Argentina, derrubou 22 aplicativos, como o BTV e o Red Play, no domingo (30). Foi a segunda fase da investigação que, no início de novembro, já tinha tirado do ar outros 14 apps, incluindo o My Family Cinema e o TV Express.
Os aplicativos tinham mais de 6,2 milhões de assinantes ativos, sendo 4,6 milhões no Brasil, disse a Alianza, associação de empresas contra pirataria audiovisual na América Latina.
Três dias antes, no Brasil, uma força-tarefa bloqueou 535 sites e 1 aplicativo de streaming na oitava fase da Operação 404. Ela é liderada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e, desde 2019, atua contra serviços na internet que violam direitos autorais.
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Muitas dessas plataformas são acessadas em TV boxes, também conhecidos como aparelhos de IPTV e caixinhas de TV, que permitem acessar serviços de streaming pela televisão.
Com serviços indisponíveis, várias pessoas que pagaram por assinaturas recorreram a canais como o ReclameAqui. Mas, como as plataformas são usadas para transmitir conteúdo pirateado, os clientes perdem seus direitos, explicou o Procon-SP ao g1.
Saiba mais sobre as operações contra pirataria.
O que é a operação da Argentina?
O que é a Operação 404, do Brasil?
TV box é ilegal?
Quais os direitos dos usuários?
Quais serviços foram derrubados?
O que é a operação da Argentina?
O departamento de investigação de crimes cibernéticos do Ministério Público Fiscal de Buenos Aires investiga desde setembro de 2024 um esquema de serviços de streaming ilegal.
Em agosto de 2025, buscas em quatro endereços encontraram escritórios que funcionavam como empresas legítimas, mas serviam como centrais da pirataria. Um deles tinha até mesmo um setor de Recursos Humanos para seus cerca de 100 funcionários.
Cada um dos usuários dos serviços pagava até US$ 5 por mês (R$ 27), o que contribuiu para um faturamento anual estimado em mais de US$ 150 milhões (R$ 800 milhões).
Escritório na Argentina alvo de busca em operação contra serviços de streaming pirata
Reprodução
Brasil recebeu quase 2 milhões de TV boxes ilegais da China em 1 ano, diz associação
Como é a solução que promete 'pane geral' em caixinhas irregulares
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A denúncia partiu da Alianza, que vê a Argentina como base para integrantes do esquema buscarem clientes de países como Brasil, México, Equador e África do Sul.
Os escritórios na Argentina eram responsáveis apenas pelas áreas de marketing e vendas. A estrutura técnica estava hospedada na China, o que exigiu mais tempo para interromper o funcionamento dos serviços.
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Como foi a operação que derrubou apps de streaming pirata no Brasil
O que é a Operação 404, do Brasil?
O Ministério da Justiça e Segurança Pública conduz desde 2019 a Operação 404, que faz referência ao "erro 404", usado para indicar que o usuário acessou uma página não encontrada.
O governo disse que, na fase mais recente, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, 4 ordens de prisão preventiva e 3 prisões em flagrante visando alcançar estruturas de financiamento dos serviços ilegais.
Nesta etapa, o governo teve a cooperação das Polícias Civis de 15 estados, além da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e de autoridades da Argentina, do Equador, do Peru e do Reino Unido.
Nas fases anteriores, realizadas desde novembro de 2019, a operação conseguiu bloquear milhares de sites ou aplicativos, bem como remover conteúdos ilegais de buscadores e derrubar perfis em redes sociais que promoviam esses serviços.
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Policiais cumprem mandados contra sites piratas
Divulgação/Ministério da Justiça
TV box é ilegal?
As TV boxes, também conhecidas como aparelho de IPTV e caixinhas de TV, podem ser usadas no Brasil, mas precisam ter sido homologadas pela Anatel. A lista de aparelhos autorizados pela agência pode ser encontrada neste link, aplicando o filtro "Tipo de produto" e selecionando "Smart TV Box".
"O processo de homologação é realizado para garantir que o equipamento atenda aos requisitos técnicos definidos pela Anatel em relação à emissão de radiofrequências, à segurança cibernética e ao uso regular das redes de telecomunicações", diz a agência.
A Anatel afirma que colabora com entidades como a Alianza, a Ancine e a Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) para bloquear o funcionamento das TV boxes não homologadas e o conteúdo de serviços de streaming pirata.
"Além de possibilitar a pirataria, TV Boxes piratas podem interferir em outros aparelhos legítimos e permitir ataques hackers às redes de seus usuários", diz a agência.
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Quais os direitos dos usuários?
O Procon-SP informou ao g1 no início de novembro que o consumidor "abdica de seus direitos" ao adquirir um produto ou serviço mesmo sabendo que ele é irregular.
"Até por uma questão prática, em tese, a empresa da qual ele adquiriu o produto ou serviço pode nem estar regularizada, o que impede que órgãos como o Procon-SP a notifique", disse o órgão de defesa do consumidor.
A Anatel orienta usuários de TV boxes a comprarem apenas aparelhos certificados pela agência para "garantir a segurança do consumidor e evitar a prática de atividades ilícitas".
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Quais serviços foram derrubados?
O Ministério da Justiça e Segurança Pública disse que não tem uma lista dos sites ou aplicativos bloqueados e que os nomes só são mantidos por Polícias Civis e por órgãos de Justiça de cada estado que contribuiu com essa etapa da investigação.
A operação da Argentina, por sua vez, chegou a uma relação de 36 aplicativos que saíram do ar. Confira a lista abaixo:
ALA TV
Bex TV
Blue TV
Boto TV
Break TV
BTV App
BTV Live
Cinefly
Duna TV
Eppi Cinema
Football Zone
Hot
Humo Cinema
Jovi TV
Lumo TV
Mega TV
MIX
My Family Cinema
Nava TV
Nossa TV
ONPix
PLUSTV
Pulse TV
Red Box
Red Play Live
Ritmo TV
Samba TV
Super TV Premium
TV Express
Vela Cinema
Venga TV
Vexel Cinema
Waka TV
WEIV
WeivTV – Nova
Yoom Cinema
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É #FAKE áudio de Lula parabenizando ministro por prisão de Bolsonaro; gravação foi criada com IA
Reprodução
Circula nas redes sociais um vídeo que supostamente reproduz um áudio atribuído ao presidente Lula (PT), no qual ele teria parabenizado um "ministro" pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). É #FAKE.
selo fake
g1
🛑 Como é o vídeo?
O post foi publicado no Instagram na quarta-feira (26), quatro dias após Bolsonaro ser levado à sede da Polícia Federal de Brasília. A prisão foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após violação da tornozeleira eletrônica usada pelo ex-presidente.
O conteúdo mentiroso tem uma caixa de texto sobreposta às imagens, que afirma: "Bomba! Loola liga para Ministro para parabenizar sobre a prisão de Bolsonaro".
O vídeo, que passou de 5 milhões de visualizações, mostra um homem em um carro dizendo: "Bomba, gente, essa é para acabar de enterrar o Brasil, tá? Se você achou que a prisão do Bolsonaro foi um absurdo, espera até você ouvir esse áudio".
Em seguida, ele pega um celular e reproduz um áudio criado com inteligência artificial (IA), para atribuir a Lula a seguinte declaração: "Ministro, parabéns pelo excelente trabalho que vocês fizeram. Viramos uma página importante para a continuidade do nosso governo sem interferências da direita. A soberania não é do Brasil, é nossa soberania, é a soberania do PT. E isso só é possível com imposição".
⚠️ Por que isso é falso?
O Fato ou Fake submeteu áudio à plataforma Hiya, que identifica falas criadas ou manipuladas por IA. Resultado da análise: em uma escala de 0 a 100 de "nível de autenticidade", o áudio obteve a pontuação de 26 – trata-se, portanto, de um deepfake (técnica que permite alterar conteúdos como vídeos e fotos).
Além disso, o Fato ou Fake entrou em contato por e-mail com a assessoria de imprensa da Presidência da República. A resposta, por e-mail, foi esta:
"[...] o conteúdo é FALSO. O presidente Lula não comenta sobre questões de justiça. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República repudia a divulgação de boatos falsos com objetivos políticos, que visam única e exclusivamente desinformar a população e manipular a opinião pública".
Um dia após a prisão de Bolsonaro, Lula declarou que não iria se aprofundar sobre a decisão de Alexandre de Moraes, ao afirmar: "A primeira coisa é que eu não faço comentários sobre uma decisão da Suprema Corte. [...] Então, a Justiça decidiu, tá decidido, ele vai cumprir com a pena que a Justiça determinou e todo mundo sabe o que ele fez".
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Imagem mostra celular com o logo do ChatGPT, robô conversador da OpenAI
Getty Images/BBC
O ChatGPT, chatbot da OpenAI, apresentou instabilidade na tarde desta terça-feira (2). O problema teve início por volta das 16h20 e começou a se normalizar perto das 17h, segundo o Downdetector, plataforma que monitora falhas em sites e redes sociais.
O Gemini, inteligência artificial do Google, e a Cloudfare, empresa responsável por um dos maiores serviços de infraestrutura para internet do mundo, também apresentaram falhas nesta terça-feira a tarde (veja mais abaixo). Não há como saber se os problemas estão relacionados.
O pico de reclamações no ChatGPT aconteceu às 16h26, quando o Downdetector contabilizou 3.633 notificações no Brasil.
A instabilidade também foi percebida nos Estados Unidos, onde a plataforma ultrapassou 39 mil reclamações às 16h39. Perto das 17h, o volume começou a cair.
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Sob pressão, Apple troca diretor de IA por ex-Microsoft e Google
O g1 entrou em contato com a OpenAI para obter mais informações e aguarda retorno.
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ChatGPT apresenta instabilidade na terça-feira (2)
Reprodução/Downdetector
Cloudflare e Gemini
Além do ChatGPT, o Gemini e a Cloudflare também registraram instabilidades nesta terça-feira à tarde, segundo o Downdetector.
O número de notificações, no entanto, foi menor que o observado no chatbot da OpenAI.
Por volta das 16h40, as notificações chegaram a 154 e atingiram o pico. obre falhas no Gemini no Downdetector. No mesmo horário, as reclamações sobre o Cloudfare somavam 160.
Por volta das 16h40, o Downdetector registrou 164 reclamações sobre falhas no Gemini. No mesmo horário, as notificações relacionadas à Cloudflare somavam 160. Depois desse pico, os relatos de instabilidade nos dois serviços começaram a diminuir.
Cloudflare e pane global
Em novembro, a Cloudflare apresentou uma falha que causou uma pane global em plataformas como X e ChatGPT. Horas depois, a empresa informou que o problema tinha sido resolvido.
Segundo a Cloudflare, a pane foi causada por "um pico de tráfego incomum" em um de seus serviços. E, de acordo com a Reuters, a empresa afirmou que a interrupção foi causada por um arquivo de configuração gerado automaticamente para lidar com potenciais ataques de segurança.
🔎 O que é a Cloudflare? A Cloudflare é uma empresa de infraestrutura que funciona como um intermediário entre o site e o usuário. Ela distribui parte do conteúdo desses sites em servidores espalhados pelo mundo, o que ajuda a acelerar o carregamento das páginas, reduzir custos e proteger contra ataques. Quando algum serviço da Cloudflare falha, sites que dependem dela podem ficar lentos ou até inacessíveis.
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Logo da Apple
Unsplash/ Zhiyue
A Apple anunciou nesta segunda-feira (2) que o diretor de sua equipe de Inteligência Artificial (IA), John Giannandrea, deixará o cargo. Ele será substituído por Amar Subramanya, ex-funcionário da Microsoft (uma das principais investidoras da OpenAI, dona do ChatGPT) e do Google.
A mudança acontece em um momento em que a empresa está sob pressão na corrida pela IA e tenta demonstrar que não está atrasada em relação aos rivais, como Google, Microsoft, OpenAI, que oferecem modelos cada vez mais avançados.
A Apple vem sendo criticada por apresentar atrasos na integração da IA a seus produtos. No início do ano, a empresa com sede na Califórnia adiou para 2026 o lançamento da versão aprimorada da Siri, a sua assistente de voz.
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Troca de liderança
Giannandrea, vice-presidente sênior de 'Machine Learning' (ML) e Estratégia de IA da Apple, permanecerá como consultor até sua aposentadoria, prevista para o início de 2026, informou a empresa.
"Somos gratos pelo papel que John desempenhou na construção e no avanço do nosso trabalho em IA", disse Tim Cook, CEO da Apple.
Amar Subramanya, novo chefe de IA da Apple
Reprodução/LinkedIn
Em seu lugar, Subramanya entra na empresa como vice-presidente e liderará "áreas críticas", que incluem os modelos fundamentais de IA e Machine Learning.
Cook destacou que a IA é "central na estratégia da Apple" e afirmou que Subramanya trará uma "experiência extraordinária em IA" para sua função.
Subramanya é formado em engenharia pela Universidade de Bagalore, na Índia. Ele vai para Apple após sair da Microsoft, onde trabalhou como vice-presidente corporativo de IA na Microsoft por quatro meses, segundo seu LinkedIn.
Antes, ele passou 16 anos no Google, onde foi chefe de engenharia do assistente digital Gemini (IA do Google).
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Setor de logística precisa ter mais locais pra guardar mercadorias da Black Friday
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Receita Federal apreenderam mais de 4 mil produtos não homologados em centros de distribuição do Mercado Livre, Shopee e Amazon durante o período da Black Friday.
Segundo a Anatel, a lista de 4.226 itens irregulares inclui carregadores de baterias, câmeras sem fio, equipamentos de rede, transceptores, power banks, TV Box e smartwatches.
Locais onde os produtos foram apreendidos:
2.569 em centro do Mercado Livre;
325 em centro da Shopee;
332 em centro da Amazon.
O g1 questionou as três plataformas de e-commerce sobre as apreensões.
O Mercado Livre disse que compartilhou, com a agência, os dados dos vendedores que tiveram os seus produtos retidos pela fiscalização, "reafirmando o seu perfil colaborativo com a Anatel". A empresa também disse que está "em constante aprimoramento" para conseguir "zerar a presença de qualquer produto irregular em sua plataforma".
A Shopee disse que tem colaborado com a Anatel no combate à venda de produtos não homologados. "Caso seja identificada uma possível infração, investigamos e tomamos as medidas cabíveis", disse a empresa.
A Amazon afirmou que "não vende produtos irregulares e, em seu serviço de marketplace, exige que todos os itens oferecidos por seus vendedores parceiros tenham as licenças e aprovações necessárias". A empresa disse que está comprometida em colaborar com a Anatel e outras autoridades.
(Leia o comunicado de Mercado Livre , Amazon e Shopee na íntegra no fim desta reportagem.)
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A operação, chamada Produto Legal, ocorreu entre 30 de novembro e 1º de dezembro.
Os centros de distribuição vistoriados estão nas cidades de Araucária (PR), Brasília (DF) e Franco da Rocha (SP). Além dos 4.226 produtos irregulares, outros 20.591 itens homologados foram inspecionados nos locais.
Segundo a Anatel, o objetivo da operação era garantir que os produtos vendidos em marketplaces atendam aos padrões de qualidade e segurança exigidos pela agência, além de conter possível contrabando.
A Anatel também destacou que a quantidade de produtos apreendidos em 2025 foi significativamente menor do que no ano passado, quando 22 mil produtos irregulares foram encontrados em uma operação semelhante durante a Black Friday.
O que disse a Amazon
A Amazon opera com os mais altos padrões de qualidade para atender às expectativas dos clientes e garantir a segurança. A empresa não vende produtos irregulares e, em seu serviço de marketplace, exige que todos os itens oferecidos por seus vendedores parceiros tenham as licenças e aprovações necessárias.
A Amazon permanece comprometida em colaborar com a Anatel e outras autoridades, enquanto continua a oferecer a experiência de compra segura e de alta qualidade que nossos clientes esperam.
O que disse a Shopee
"Temos colaborado ativamente com a Anatel no combate à venda de aparelhos não homologados, incluindo a exigência de preenchimento do código de homologação de celulares e TV box para todos os vendedores que comercializam esses produtos no marketplace. Caso seja identificada uma possível infração, investigamos e tomamos as medidas cabíveis de acordo com os nossos termos e condições de uso, que, entre outras regras, proíbem a venda de itens ilegais."
O que disse o Mercado Livre
O Mercado Livre informa que está em constante aprimoramento com o objetivo de chegar o mais próximo possível de zerar a presença de qualquer produto irregular em sua plataforma.
Apesar de ainda não ter sido formalmente intimado pela Anatel sobre o relatório final da fiscalização, detalhando as eventuais irregularidades identificadas pela agência, o Mercado Livre já compartilhou os dados dos vendedores que tiveram os seus produtos retidos pela fiscalização, reafirmando o seu perfil colaborativo com a Anatel.
Nos últimos dias, uma fiscalização em um de seus centros de distribuição no Paraná resultou na retenção de 2,5 mil itens para verificação, volume equivalente a 2,03% do estoque em categorias sujeitas à normativa da Anatel e 0,28% do estoque total desse centro de distribuição.
Sempre aberto ao diálogo com a Anatel, o Mercado Livre encontra-se classificado como “empresa conforme”, pela própria agência em 2024, com índice de confiabilidade de 90%, segundo o Informe nº 90/2024.
O Mercado Livre reafirma ainda seu compromisso com a segurança e a integridade do marketplace, por meio de medidas robustas como o Brand Protection Program (BPP), a Aliança Antipirataria (MACA) e outras ações reconhecidas por autoridades, incluindo o Prêmio Nacional de Combate à Pirataria 2023, concedido pelo Conselho Nacional de Combate à Pirataria (CNCP).
Caixas em centro de distribuição de produtos
Adrian Sulyok/Unsplash
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Meninas expõem rotina de casadas no TikTok
Depois da publicação de reportagem que mostrava a circulação de conteúdos de meninas que se apresentavam como “casadas” aos 13, 14 e 15 anos no TikTok, a plataforma bloqueou as hashtags citadas pelo g1, mas manteve outras variações disponíveis.
A empresa também desativou uma série de vídeos e perfis que utilizavam os termos, justificando que o material violava as Diretrizes da Comunidade. Para especialistas, a medida ainda é limitada, e muitos conteúdos sobre o tema ainda estão disponíveis.
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⚖️ Pela legislação brasileira, é proibido casar antes dos 16 anos, mesmo com consentimento dos pais.
Antes da publicação da reportagem, buscas pelas hashtags #casadaaos13, #casadaaos14 e #casadaos15 retornavam 32, 213 e 582 vídeos, respectivamente. Agora, a pesquisa exibe apenas a mensagem: “Não foi possível localizar esta hashtag”.
Hashtag #casadaaos14 foi bloqueada pelo TikTok após publicação da reportagem.
Arte/g1
Alguns vídeos com a hashtag #casadaaos14 ainda estão no ar, mas agora aparecem sem a descrição original. Um vídeo de outubro de 2025, cuja legenda era “#casadaaos14😍💍”, continua disponível no perfil, porém sem a hashtag e emojis que o acompanhava.
Publicado em 2023, um outro vídeo trazia uma legenda de uma jovem que dizia estar casada aos 14 anos: “05:00 montando a marmita do marido". O conteúdo acumulava mais de 183 mil curtidas, 2,6 mil compartilhamentos e a hashtag #casadaaos14.
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A conta responsável — com mais de 190 mil seguidores e dedicada a rotinas domésticas de uma adolescente supostamente casada, e hoje com mais de 16 anos — segue ativa, mas o vídeo não está mais disponível.
Apesar do bloqueio da hashtag, parte dos conteúdos continuam disponíveis, porém sem legendas.
Arte/g1
Outros perfis que promoviam esse tipo de conteúdo também estão indisponíveis. Duas das dez contas que a reportagem tentou contato e que divulgavam vídeos com rotinas de casadas não estão mais disponíveis.
O g1 assistiu a 56 vídeos a partir das buscas no TikTok. Destes, 35 não estão mais disponíveis.
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Variações das hashtags continuam disponíveis
Embora a busca das hashtags não retorne mais resultados, outras variações dos termos continuam disponíveis. É o caso de #casadaaos14anos, com 41 publicações. Outras idades, como #casadaaos11 e #casadaaos12, não incluídas na primeira reportagem, também permanecem buscáveis na plataforma.
Apesar do bloqueio da hashtag #casadaaos14, outras variações continuam disponíveis na busca.
Arte/g1
Bloqueio do TikTok à hashtag #casadaaos14 é limitada, diz especialista
Especialistas avaliam que, embora o bloqueio dificulte o acesso aos vídeos, a medida ainda é limitada.
"A medida é importante, mas continua sendo uma medida falha, pois faltou um pouco de proatividade da empresa de também remover as variações dessa hashtag", afirma Raquel Saraiva, presidente do Instituto de Pesquisa em Direito e Tecnologia do Recife (IP.rec).
De acordo com Manu Halfeld, analista de Relações Governamentais do Instituto Alana, que atua na defesa dos direitos das crianças e adolescentes, o que aconteceu foi "uma desindexação da hashtag". Isso remove apenas o resultado dos mecanismos de busca.
"Apesar disso, é temerário que os vídeos ainda possam ser alcançados, ainda mais quando há um modelo de distribuição global. Seria importante compreender se outras estratégias de moderação estão sendo adotadas, como diminuição preventiva de alcance, remoção de conteúdos", aponta Manu.
Além dos conteúdos mencionados na reportagem, outros vídeos associados às hashtags investigadas também foram removidos. O TikTok não informou o total de publicações derrubadas.
Raquel diz que a moderação de conteúdo hoje nas plataformas é mais objetiva e consegue, por exemplo, identificar conteúdo explícito de nudez, mas não entende nuances culturais, como as relacionadas ao casamento infantil.
"O que se tem hoje para falar de conteúdos que podem ser danosos para as crianças adolescentes são mais esses filtros, são mais medidas automatizadas e que não necessariamente olham para o conteúdo".
Para além das análises automatizadas, Manu pontua que é importante uma ação conjunta com profissionais com conhecimento do contexto para identificar e coibir riscos emergentes.
Em nota, o TikTok afirmou que, além da remoção de perfis e vídeos, outras medidas de segurança incluem o bloqueio de hashtags e termos na busca. Questionada sobre o motivo de não ter removido as outras hashtags, a plataforma não deu explicações e respondeu que avaliará internamente.
Segundo Raquel, ao bloquear uma hashtag ou legenda, a plataforma restringe o acesso ao conteúdo. No entanto, de acordo com as especialistas, o uso de palavras-chave envolve um monitoramento ativo das plataformas. Quando há uma reação para coibir um uso abusivo nas redes, são inventadas novas formas de tentar burlar os sistemas de segurança.
"Um exemplo é o uso de números ao invés de letras para que certas palavras-chave restritas possam continuar sendo divulgadas", exemplifica Manu.
'É a romantização do casamento infantil', diz especialista
Para Mariana Zan, do Instituto Alana e membro da Coalizão de Direitos nas Redes, esse conteúdo "romantiza" o casamento infantil, por tornar “aceitável, bonito ou romântico” uma adolescente ou criança estar casada.
"Esse tipo de post, de divulgação, reforça essa ideia da naturalização e romantiza. É, uma ideia de que, não só é comum [o casamento infantil], como pode ser bom e que não é uma violência, não é uma violação de direitos", conclui.
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Armazenamento de dados
Pexels
A Amazon e o Google anunciaram no último domingo (30) o lançamento de um serviço de armazenamento em nuvem desenvolvido em conjunto.
A iniciativa permitirá que os clientes estabeleçam conexões privadas de alta velocidade entre as plataformas de computação das duas empresas em minutos, em vez de semanas.
A ideia é para atender à crescente demanda por conectividade, em um momento em que até mesmo breves interrupções na internet podem causar grandes apagões.
O novo serviço está sendo apresentado pouco mais de um mês após uma interrupção da Amazon Web Services (AWS), em 20 de outubro, que afetou milhares de sites em todo o mundo, deixando offline alguns dos aplicativos mais populares da internet, incluindo Snapchat e Reddit.
Essa interrupção custará às empresas norte-americanas entre US$ 500 milhões e US$ 650 milhões em prejuízos, de acordo com a empresa de análise Parametrix.
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A nova oferta combina o Interconnect multicloud da AWS com o Cross-Cloud Interconnect do Google Cloud, para melhorar a interoperabilidade da rede, de acordo com anúncios feitos pelas duas empresas.
A Salesforce (dona do aplicativo Slack) está entre os primeiros usuários.
A AWS fornece poder computacional, armazenamento de dados e outros serviços digitais para empresas, governos e indivíduos, sendo a maior provedora de nuvem do mundo, seguida pela Azure, da Microsoft, e pelo Google Cloud.
Empresas de tecnologia, incluindo Alphabet (dona do Google), Microsoft e Amazon, estão investindo bilhões na construção de infraestrutura capaz de lidar com o crescente tráfego de internet e as demandas cada vez maiores da inteligência artificial, à medida que a necessidade de poder computacional para suportar esses serviços se acelera.
O negócio de nuvem da Amazon apresentou um crescimento robusto no terceiro trimestre, gerando US$ 33 bilhões em receita, mais que o dobro dos US$ 15,16 bilhões do Google.
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Ministro do STF não fez comentário sobre aprovação de anistia para ex-presidente
g1
Circula nas redes sociais um vídeo que mostra o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), supostamente dizendo que aprovará anistia para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). É #FAKE.
selo fake
g1
🛑 O que diz a publicação?
Publicado na quinta-feira (27) no TikTok, onde já foi visto mais de 54,2 mil vezes, o post tem esta descrição: "Ministro Fux vai aprovar a anistia para soltar o Bolsonaro. Comente se você apoia".
O vídeo, que foi manipulado por inteligência artificial (IA), atribui a Fux uma declaração mentirosa: "Eu vou aprovar a anistia para o Bolsonaro. Ele não pode ser acusado de algo que ele não fez".
Na seção de comentários há mensagens de usuários que acreditaram na veracidade do conteúdo. Veja um exemplo: "Parabéns. Exímio juiz Fux. Estamos juntos".
Mas isso não é verdade. Apesar de ter sido o único, entre os quatro ministros da Primeira Turma do STF, a votar pela absolvição de Bolsonaro no julgamento realizado em setembro, Fux não fez qualquer comentário sobre a aprovação de anistia (veja mais abaixo).
A publicação viralizou um dia depois de o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinar que Bolsonaro começasse a cumprir pena. Condenado a 27 anos e três meses de prisão no caso da trama golpista, o ex-presidente já estava recluso na sede da Polícia Federal, em Brasília, após ter violado a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda.
⚠️ Por que isso é mentira?
O Fato ou Fake submeteu o vídeo viral a duas plataformas que detectam conteúdos criados ou manipulados por IA. Ambas apontaram uso desse recurso (veja infográficos ao final desta reportagem):
Hive Moderation - 70% de probabilidade de o vídeo resultar de adulteração.
DecopyAI - Embora não analise vídeos, verifica fotos e frames (imagens estáticas). No caso do material em questão, apontou 100% de probabilidade de se tratar de algo manipulado. Para justificar o diagnóstico, destacou: "O rosto apresenta um alisamento artificial e uma mescla não natural, especialmente nas áreas das bochechas e do maxilar. Há falta de textura natural da pele e de poros, e as sombras parecem inconsistentes".
O Fato ou Fake enviou o link do conteúdo viral à assessoria de imprensa do STF, que respondeu, por e-mail: "A informação [contida no vídeo] não é procedente".
Para encontrar o conteúdo original que serviu de base para o vídeo mentiroso, o Fato ou Fake fez uma busca reversa de frames no Google Lens. Essa pesquisa serve para verificar se o conteúdo havia sido reproduzido anteriormente por fontes confiáveis – e em que contexto.
O resultado apontou para uma entrevista concedida por Fux ao portal Migalhas, em 4 de novembro de 2024, na Universidade de Málaga, na Espanha. Na ocasião, o ministro não falou sobre anistia, mas, sim, sobre a insegurança jurídica no Brasil: "O Brasil tem alguns problemas relacionados à insegurança jurídica. O primeiro deles é o excesso de leis, que gera também uma insegurança jurídica que a cada dia surge um novo cenário".
Ao Fato ou Fake, Thúlio Guilherme Nogueira, mestre em direito processual pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e sócio da Drummond e Nogueira Advocacia Penal, explica que a anistia só poderia existir através da aprovação de uma lei pelo Congresso Nacional: "A anistia, no constitucionalismo brasileiro, é um ato político de competência exclusiva do Congresso Nacional, nos termos do art. 48, VIII, da Constituição. É ali, e não no Judiciário, que se decide se o Estado renunciará ao seu poder punitivo".
Jenifer Moraes, professora de direito penal e direito penal econômico da Universidade Presbiteriana Mackenzie, complementou:"obviamente, qualquer tipo de manifestação no sentido de que o membro do Poder Judiciário votaria a favor ou contra determinado projeto legislativo tem um caráter falso".
Em 10 de setembro, Fux votou para absolver Bolsonaro de todos os cinco crimes pelos quais era acusado. A partir dali, parlamentares de oposição ao governo Lula (PT) passaram a avaliar que o voto do ministro poderia ser usado como argumento para alavancar o projeto da anistia no Congresso.
Em 17 de setembro, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência na tramitação do Projeto de Lei da Anistia, permitindo que o texto seja votado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões da Casa.
Mas, até a última atualização desta reportagem, a votação não havia sido foi pautada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Ferramenta Hive Moderation aponta 70% de probabilidade de uso de IA em vídeo de Fux falando sobre anistia a Bolsonaro
Reprodução/Hive Moderation
Diagnóstico de detecção de IA da ferramenta DecopyAI
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VÍDEOS: Fato ou Fake explica
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