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Redes sociais
Getty Images via BBC
Talvez você já tenha notado que as pessoas evitam certas palavras nas redes sociais.
Os usuários são os primeiros a admitir que isso pode soar ridículo. Mas muitos deles acham que não têm escolha.
Algospeak é o nome em inglês para a chamada "linguagem algorítmica": uma linguagem totalmente codificada, construída em torno da ideia de que os algoritmos das redes sociais ignoram conteúdo que inclua palavras ou frases proibidas, seja para alimentar agendas políticas das empresas de tecnologia ou para limpar os nossos feeds para os anunciantes.
As companhias responsáveis pelas redes sociais juram que é tudo bobagem. O porta-voz do YouTube Boot Bullwinkle explica em detalhes.
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"O YouTube não tem uma lista de palavras restritas ou proibidas", declarou ele à BBC.
"Nossas políticas refletem nosso entendimento de que o contexto é importante e as palavras podem ter intenções e significados diferentes. A eficácia desta abordagem flexível fica evidente a partir da diversidade de temas, vozes e pontos de vista observada no YouTube."
A Meta (responsável pelo Facebook e pelo Instagram) e o TikTok disseram o mesmo: nunca fazemos isso, é um mito.
Mas a verdade é um pouco mais complicada.
Existem inúmeros exemplos de empresas de redes sociais manipulando silenciosamente qual conteúdo é promovido e qual é ignorado, às vezes contradizendo suas próprias políticas de transparência e neutralidade.
E, mesmo se isso não se restringir a palavras específicas, especialistas afirmam que as gigantes da tecnologia, de fato, restringem sutilmente certos conteúdos.
O problema é que nunca ficamos sabendo por que uma postagem não faz sucesso. Será que dissemos algo que perturbou os algoritmos ou simplesmente o nosso vídeo é de má qualidade?
O fato é que esta ambiguidade incentivou um regime generalizado de autocensura nas redes sociais.
De um lado do espectro, pessoas falam sobre assuntos sérios com linguagem estúpida. Mas, em casos extremos, alguns usuários querem apenas viralizar e, por isso, simplesmente evitam certos temas por completo.
Em um mundo em que as redes sociais são a principal fonte de notícias e informações para uma parcela cada vez maior do público, isso pode significar que existem ideias que algumas pessoas nunca irão ouvir.
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Criadores de conteúdo afirmam que vídeos no TikTok convidando o espectador a visitar canais do YouTube recebem menos visualizações. A plataforma nega qualquer manipulação neste sentido.
CFOTO/Future Publishing via Getty Images
O homem da ilha
Pergunte a Alex Pearlman. Ele é um criador de conteúdo com milhões de seguidores no TikTok, Instagram e YouTube, onde faz postagens engraçadas, com tiradas políticas irônicas.
Pearlman afirma que a censura do algoritmo é uma presença constante no seu trabalho.
"Para falar apenas do TikTok, eu raramente pronuncio a palavra 'YouTube'", ele conta. "Pelo menos na minha experiência, observando as estatísticas, se eu disser uma frase como 'visite meu canal no YouTube', o vídeo será um fracasso."
Ele não é o único. A experiência levou Pearlman e outros criadores a acreditar que o TikTok não quer que você encaminhe as pessoas para os concorrentes e irá derrubar o seu vídeo, se fizer esta sugestão.
O TikTok, a propósito, afirma que não faz nada deste tipo. Mas Pearlman afirma que, às vezes, os exemplos chamam mais a atenção.
Pearlman fez diversos vídeos sobre Jeffrey Epstein (1953-2019), o financista condenado por crimes sexuais e que está no centro de controvérsias envolvendo figuras poderosas da política e dos negócios. Mas, no final de agosto, ele percebeu algo estranho.
"Foi exatamente na época em que surgia material sobre Epstein em toda parte", ele conta. "Do nada, tive diversos vídeos sobre Epstein excluídos no TikTok em um único dia."
Os mesmos vídeos permaneceram intocados no Instagram e no YouTube, mas haviam infringido alguma regra do TikTok que ele não conseguia identificar.
"Não é como se eles viessem e destacassem qual a sentença que violou as normas. Eles meio que nos deixam tentando identificar o que a caixa preta está dizendo."
Pearlman afirma que seus recursos foram negados e o TikTok deixou "marcas" na sua conta, que ameaçam sua capacidade de ganhar dinheiro com o aplicativo.
"Pouco tempo depois, começamos a observar menos contas famosas falando diretamente sobre Epstein", ele conta. Para Pearlman, a impressão é que outros criadores teriam enfrentado problemas similares e estavam tentando agradar os algoritmos.
Ele não parou de fazer vídeos sobre Epstein, mas tentou uma estratégia diferente. "Comecei a falar sobre ele em linguagem codificada", ele conta.
"Comecei a chamá-lo de 'Homem da Ilha'", uma referência à famosa ilha particular de Epstein. "O problema da linguagem em código é que uma grande parte do público não irá saber de quem você está falando."
Telefonei para um porta-voz do TikTok. Eles não comentaram o problema de Pearlman sobre Epstein e declinaram a falar para a reportagem.
Mas a plataforma enviou algumas informações gerais a respeito. Resumidamente, o TikTok afirma que este é um equívoco que não reflete a forma de funcionamento da plataforma.
O botão secreto
O TikTok, a Meta e o YouTube afirmam que os algoritmos que controlam o seu feed são sistemas complexos e interconectados, que usam bilhões de dados para fornecer conteúdo relevante e satisfatório. E as três plataformas publicam informações para explicar como esses sistemas funcionam.
O TikTok, por exemplo, afirma que baseia suas recomendações prevendo a probabilidade de que cada usuário individual irá interagir com o vídeo.
As empresas declaram que removem ou suprimem postagens, mas apenas quando o conteúdo viola claramente as normas estabelecidas pela comunidade, que são projetadas para equilibrar segurança e liberdade de expressão.
O TikTok, a Meta e o YouTube afirmam que sempre notificam os usuários sobre suas decisões e publicam regularmente relatórios de transparência, com detalhes sobre suas decisões de moderação.
Mas, na prática, as plataformas de redes sociais interferiram repetidas vezes em quais vozes são amplificadas ou enterradas, contradizendo sua retórica sobre abertura e equidade, segundo investigações realizadas pela BBC e por grupos ativistas, pesquisadores e outros órgãos de imprensa.
Investigações separadas da BBC e da organização Human Rights Watch concluíram que o Facebook e o Instagram restringiram sistematicamente usuários palestinos e conteúdo de apoio aos direitos humanos dos palestinos, nas semanas que se seguiram aos ataques do Hamas em Israel, em 7 de outubro de 2023.
Um porta-voz da Meta declarou à BBC que a empresa comete "erros", mas qualquer acusação de que ela teria suprimido vozes específicas deliberadamente é "inequivocamente falsa".
Em 2019, documentos vazados demonstraram que o TikTok instruiu moderadores a suprimir conteúdo de usuários "feios", pobres, com deficiências ou LGBTQIA+ porque este material criava um ambiente "menos atraente e elegante".
Na época, o TikTok afirmou que a prática era uma medida anti-bullying "grosseira" que não era mais adotada.
O mesmo vazamento mostrou que políticas do TikTok proibiam transmissões ao vivo "controversas", quando os usuários criticavam governos. O TikTok afirmou que esta política "não se destinava ao mercado dos Estados Unidos".
Em 2023, o TikTok admitiu ter um botão secreto, usado para fazer viralizar certos vídeos específicos. Esta ferramenta foi supostamente empregada para agradar parcerias comerciais e, às vezes, os funcionários cometiam abusos.
Questionado se esta prática ainda está em vigor, o TikTok não respondeu até a publicação desta reportagem.
"Bem, se eles têm um botão para viralizar, eles também têm um botão para esfriar as coisas", conclui Pearlman. "É um simples processo de raciocínio."
Se o TikTok tem um botão para viralizar vídeos, provavelmente terá também um 'para esfriar as coisas', conclui o criador de conteúdo Alex Pearlman
Getty Images via BBC
O YouTube já enfrentou controvérsias parecidas.
Um grupo de criadores de conteúdo LGBTQIA+, por exemplo, processou a plataforma em 2019, acusando a empresa de desmonetizar vídeos contendo palavras como "gay" ou "trans".
A ação foi rejeitada e o YouTube afirma que nunca manteve políticas para proibir ou desmonetizar conteúdo LGBTQIA+.
As empresas de redes sociais, de fato, colocam a mão na balança. E, em alguns casos, falam a respeito livremente.
O TikTok, por exemplo, tem uma série de páginas na Web explicando em detalhes o seu sistema de recomendação.
A empresa afirma estar dedicada a "manter a neutralidade do conteúdo ou, em outras palavras, o sistema de recomendação é projetado para incluir todas as comunidades e ser imparcial em relação ao conteúdo recomendado".
Mas alguns vídeos não são criados iguais. A companhia declarou que seu feed também é projetado para "respeitar contextos locais e normas culturais" e "fornece uma experiência segura para o público em geral, particularmente para adolescentes".
O problema é que as políticas que regem as redes sociais são severas e, em grande parte, invisíveis, segundo a professora Sarah T. Roberts, diretora do Centro de Pensamento Crítico sobre a Internet da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos.
As pessoas raramente sabem quais são os limites, segundo Roberts, ou quando as plataformas promovem silenciosamente algumas postagens e escondem outras.
"É uma instrumentalização das regras que inicialmente surpreende e, mesmo quando vamos mais a fundo, não faz sentido para as pessoas comuns", afirma ela. "Em vista dessa opacidade, as pessoas criam todo tipo de teorias folclóricas."
O festival de música que não existiu
Para Roberts, criar mecanismos para se esquivar de várias regras, sejam elas reais ou imaginárias, simplesmente faz parte da cultura e pode levar tudo para uma estranha direção.
Em agosto de 2025, milhares de usuários de redes sociais entraram online para postar sobre um fantástico festival de música em Los Angeles. As pessoas elogiaram muito os cenários da cantora Sabrina Carpenter e se deliciavam com as histórias sobre os shows de luzes.
Mas o festival não existia e Carpenter nem estava presente. Tudo era mentira e você supostamente deveria saber disso.
Naquele mês, ocorreram manifestações em massa em várias partes dos Estados Unidos, contra as batidas do Serviço de Imigração e Alfândega do país (ICE, na sigla em inglês). Mas, online, muitas pessoas acreditavam que as empresas de tecnologia estavam escondendo as notícias.
O "festival de música" era uma expressão em código que surgiu espontaneamente e se espalhou, à medida que as pessoas tentavam se comunicar em linguagem levemente velada para enganar os algoritmos.
"Estamos em Los Angeles, na Califórnia, no exato momento em que está acontecendo um festival de música", disse o criador de conteúdo Johnny Palmadessa em um vídeo no TikTok. Ele deu destaque às palavras como dica para os espectadores.
Uma barulhenta multidão de manifestantes marchava atrás dele, entoando cânticos e mostrando cartazes.
"Sim, vamos chamar isso de 'festival de música', para garantir que o algoritmo mostre este belo concerto para você", prosseguiu Palmadessa no vídeo. "Senão, corremos o risco de que este vídeo seja derrubado."
Em agosto, criadores de conteúdo descreveram vídeos sobre os protestos em Los Angeles (EUA) como sendo imagens de um 'festival de música', acreditando que isso impediria sua derrubada pelos algoritmos das redes sociais
Reuters via BBC
Mas aqui está o mais estranho. Não houve evidência de que as empresas responsáveis pelas redes sociais tenham, de fato, suprimido notícias do protesto, segundo o linguista Adam Aleksic, autor do livro: Algospeak: How Social Media is Transforming the Future of Language ("Algospeak: como as redes sociais estão transformando o futuro da linguagem", em tradução livre).
"É claro que o TikTok evitará que grupos de conteúdo excessivamente político se acumulem, mas, de forma geral, eles permitem a cobertura de protestos", declarou Aleksik, em um vídeo sobre o assunto.
"Na verdade, aquilo do 'festival de música' começou principalmente entre pessoas hipercorretoras, que não sabiam ao certo o que o algoritmo iria ou não censurar."
Ironicamente, o uso da expressão "festival de música" levou as pessoas a interagir com aqueles vídeos porque queriam fazer parte do grupo. Isso viralizou ainda mais os vídeos, segundo Aleksik.
E, como os vídeos do "festival de música" eram mais populares que as imagens normais do protesto, aquilo convenceu as pessoas de que a censura era real.
Os pesquisadores chamam este fenômeno de "imaginário algorítmico". As pessoas mudam seu comportamento em resposta a crenças sobre o funcionamento dos algoritmos das redes sociais.
Sejam essas crenças corretas ou não, o comportamento do usuário acaba moldando o próprio algoritmo.
Está tudo na nossa cabeça?
Algospeak não é algo novo. A linguagem algorítmica é empregada em muitos vídeos sobre Epstein, a Faixa de Gaza e uma longa lista de assuntos controversos.
"Nenhum de nós sabe o que funciona ou não. Estamos apenas jogando tudo contra a parede para ver o que fica", explica a popular criadora de conteúdo Ariana Jasmine Afshar, dedicada ao ativismo de esquerda.
Isso não significa que as empresas de redes sociais não tenham participação importante na formação do discurso público.
Entre 2023 e 2025, a Meta suprimiu abertamente conteúdo político. Esta política foi revertida em uma série de mudanças drásticas tomadas após a posse do presidente americano Donald Trump para seu segundo mandato.
É concebível que, naquela época, utilizar linguagem eficientemente dissimulada possa ter enganado os algoritmos projetados para sepultar suas visões políticas.
Afshar foi uma das muitas pessoas que postaram vídeos sobre os protestos apelidados de festivais de música. As palavras em código fizeram diferença? "Não faço ideia", responde ela.
Afshar não tem dúvidas de que as empresas responsáveis pelas redes sociais interferem em postagens sobre assuntos controversos.
Ela conta que sofreu isso pessoalmente e, em alguns casos, tem certeza de que a linguagem destinada a enganar os algoritmos a ajudou a evitar a censura.
Mas ela admite que seu próprio sucesso é uma evidência de que as empresas permitem que a controvérsia política se desenvolva nas redes sociais.
Afshar relata que um representante do Instagram chegou a entrar em contato com ela no ano passado para felicitá-la pelo seu trabalho, oferecendo estratégias para que ela melhore ainda mais seus resultados na plataforma.
Um porta-voz da Meta confirmou que o Instagram entra em contato com seus criadores de conteúdo populares para ajudá-los.
"É real", mas é difícil separar os fatos da ficção, segundo Afshar. E os caprichos das gigantes da tecnologia são vagos e mudam constantemente.
"Para falar a verdade, elas realmente me deixam confusa."
Se você quiser compreender o que realmente está acontecendo, a solução é examinar o que as empresas de redes sociais tentam conseguir, segundo Sarah Roberts. Para ela, na verdade, a questão não é política. É dinheiro.
As empresas responsáveis pelas redes sociais ganham dinheiro com publicidade.
Isso significa, em última análise, que seu objetivo é produzir aplicativos que muitas pessoas desejem usar, oferecer conteúdo que deixem os anunciantes confortáveis e fazer tudo o que for preciso para que os órgãos reguladores do governo saiam do caminho, explica ela.
Toda mudança de algoritmo e toda decisão de moderação de conteúdo se resume a este objetivo: o lucro.
As empresas de redes sociais defendem que o propósito do seu trabalho de moderação e recomendações é criar um ambiente seguro e receptivo para seus usuários.
"E isso é verdade na maior parte do tempo", afirma Roberts. "Os interesses de moderação de conteúdo estão alinhados aos melhores interesses da ampla maioria dos usuários."
"Mas, se e quando elas precisarem se desviar, elas fazem."
"Se as pessoas estiverem insatisfeitas com alguns aspectos da nossa vida como cidadãos, será que a melhor forma de nos expressarmos é simplesmente mergulhar em plataformas que lucram com essa frustração e insatisfação?", questiona ela.
"Acho que precisamos começar a analisar, como sociedade, se esta é a nossa melhor forma de participação."
* Thomas Germain é jornalista da BBC, especializado em tecnologia. Ele escreve há quase uma década sobre inteligência artificial, privacidade e os confins mais profundos da cultura da internet. Seu nome de usuário é @thomasgermain no X (antigo Twitter) e no TikTok.
Leia a versão original desta reportagem (em inglês) no site BBC Innovation.
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Como é a lei da Austrália que proíbe redes sociais para menores de 16 anos
A lei da Austrália que proíbe o uso de redes sociais por menores de 16 anos começa a valer na próxima quarta-feira (10). O país será o primeiro no mundo a adotar uma regra com esse alcance, depois de ela ter sido aprovada no final de 2024.
A medida vale para Instagram, Facebook, Threads, TikTok, Snapchat, YouTube, X, o fórum de discussões Reddit e as plataformas de transmissões ao vivo Kick e Twitch.
Elas deverão desativar ou remover contas já existentes de menores de 16 anos e agir para evitar a criação de novos perfis de usuários nessa faixa etária.
Estão de fora plataformas como YouTube Kids, Google Classroom, WhatsApp, Roblox e Discord. Isso porque a lei se refere a plataformas que têm como único propósito ou propósito significativo permitir a interação online entre usuários e permitam a publicação de conteúdos por usuários.
Menores de 16 anos ainda poderão acessar conteúdo em plataformas que não exigem conta.
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O que você achou do novo formato de vídeo que abre esta reportagem?
Outros países estão adotando medidas para restringir o acesso de crianças e adolescentes às redes sociais. O Brasil vai exigir a partir de março a vinculação de contas de menores de idade aos perfis de um adulto responsável, como parte do que ficou conhecido como Lei Felca ou ECA Digital.
O governo da Austrália disse que espera proteger crianças e adolescentes do modelo de redes sociais "que as encorajam a passar mais tempo diante das telas, enquanto oferecem, ao mesmo tempo, conteúdos prejudiciais à saúde e ao bem-estar".
As empresas deverão adotar "medidas razoáveis" e adotar múltiplas tecnologias de verificação de idade para garantir que menores de 16 anos acessem seus serviços. E não poderão aceitar autodeclaração de idade.
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Adobe Stock
Segundo o governo australiano, as plataformas deverão "encontrar maneiras de evitar que menores de 16 anos falsifiquem sua idade usando documentos de identidade falsos, ferramentas de IA ou deepfakes", além de tentar impedir que esses usuários contornem o bloqueio com uso de VPNs.
As redes sociais que cometerem violações sérias e repetidas poderão enfrentar multas de até 49,5 milhões de dólares australianos (cerca de R$ 179 milhões, na cotação de 5 de dezembro).
Plataformas têm criticado a nova regra, alegando que a verificação deve ser feita pelas lojas de aplicativos e que a mudança pode diminuir a segurança de jovens online. Mas algumas delas já estão implementando a alteração.
A Meta, por exemplo, anunciou na última quinta-feira (3) que começou a excluir contas de menores de 16 anos no Instagram, no Facebook e no Threads. Esses usuários poderão baixar seu histórico nas plataformas.
Por conta do bloqueio, muitos adolescentes na Austrália planejam migrar para redes sociais menores, que não estão enquadradas pela lei. É o caso da plataforma de vídeos Coverstar, do aplicativo de fotos Yope e da rede social Lemon8, controlada pela dona do TikTok.
Criança no celular
Canva
Lei australiana é questionada na Justiça
No final de novembro, um grupo chamado Digital Freedom Project (Projeto Liberdade Digital) entrou com um processo na Suprema Corte da Austrália para questionar a lei, afirmando que a regra "rouba" dos jovens a liberdade de comunicação política.
A ministra das Comunicações da Austrália, Anika Wells, disse que o governo não será intimidado por ameaças legais e que "continua firme ao lado dos pais, e não das plataformas políticas", segundo a Reuters.
Outras críticas são de que a lei não garante proteção a crianças e adolescentes porque não inclui plataformas de jogos, relacionamento e inteligência artificial, por exemplo.
Além disso, a coleta de dados em massa para verificar a idade de usuários também é apontada como um potencial fator de risco para futuros vazamentos de dados.
O governo australiano diz que a lei prevê "proteções fortes" para dados pessoais, incluindo a exigência de exclusão dos registros após cada verificação.
Saiba como ativar proteção para controlar tempo e atividade de crianças no celular
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Elon Musk em imagem de maio de 2025
AP Foto/Evan Vucci
O magnata Elon Musk, dono da rede social X, afirmou neste sábado (6) que a União Europeia (UE) "deveria ser abolida" após o anúncio, nesta quinta-feira (5), de uma multa de 120 milhões de euros (R$ 747 milhões) aplicada à plataforma.
Após uma investigação de grande repercussão, a rede, propriedade da pessoa mais rica do mundo, foi multada por violar as normas digitais do bloco europeu.
A sanção foi criticada pela administração de Donald Trump, cujo governo se alinhou a Musk no início do mandato para reduzir a força de trabalho federal e cortar gastos nos Estados Unidos, antes de ambos entrarem em divergências.
"A UE deveria ser abolida e a soberania devolvida aos países individuais, para que os governos possam representar melhor seus cidadãos", escreveu Musk em sua conta no X, que possui cerca de 230 milhões de seguidores.
Quando um usuário republicou o comentário de Musk, ele respondeu: "Falo sério. Não estou brincando."
"Adoro a Europa, mas não o monstro burocrático que é a UE", acrescentou o magnata em outra publicação.
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A multa contra o X é a primeira imposta pela Comissão Europeia no âmbito do Regulamento de Serviços Digitais (DSA), uma lei aprovada há dois anos para combater conteúdos ilegais e perigosos online.
A Comissão afirmou que o X violou a obrigação de transparência prevista no DSA.
As violações incluem o design enganoso do "selo de verificação azul" da plataforma, que supostamente certifica as fontes de informação, e a falta de acesso a dados públicos para pesquisadores, segundo a Comissão.
O X também não foi suficientemente transparente sobre sua publicidade, acrescentou o órgão europeu.
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'Perdi R$ 4 mil comprando uma água, diz vítima do golpe do cartão trocado
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'Perdi R$ 4 mil comprando uma água, diz vítima do golpe do cartão trocado
Em um vídeo com mais de 600 mil visualizações no TikTok, Lucas Hiroshi, de 25 anos, contou que perdeu R$ 4.000 ao comprar uma água de R$ 3 de um vendedor ambulante em São Paulo, no mês passado. Ele utilizou um cartão crédito/débito.
Lucas foi uma das milhares de vítimas do golpe do cartão trocado, que ainda acontece com frequência em espaços com aglomerações, como saída de shows e blocos de carnaval.
É aquele em que o criminoso distrai a vítima, fica com o cartão dela e devolve um parecido. Geralmente, o dono só se dá conta quando compras que ele não fez aparecem no cartão (veja outros golpes com cartão e como se proteger, ao fim da reportagem).
No caso de Lucas, outro detalhe fez com que ele demorasse a perceber a troca: o cartão utilizado não possui o nome do titular impresso, assim como aquele que Lucas recebeu de volta.
"Na hora (em que o cartão é devolvido), você não sabe. É um cartão igual. No escuro, você nem repara", disse Lucas ao g1.
No vídeo, ele conta que estava em uma rua movimentada no bairro de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, na noite do feriado de 15 de novembro, quando foi abordado por um ambulante que vendia bebidas.
Cartão "fake" que suposto vendedor de bebidas entregou ao Lucas.
Arquivo pessoal/Lucas Hiroshi
Lucas decidiu comprar uma água e, na hora de pagar, o vendedor afirmou que a função de aproximação não estava funcionando e perguntou se ele tinha o cartão físico. Após ele inserir o cartão, a maquininha apresentou falhas repetidas, segundo Lucas.
Diante das tentativas malsucedidas, o jovem optou por fazer o pagamento via PIX. O que ele não percebeu, porém, é que, durante o processo, o ambulante trocou seu cartão por outro idêntico da mesma empresa emissora.
“Depois de fazer a compra, ele ainda virou e falou para nós (Lucas e um amigo) tomarmos cuidado por ali, porque estavam passando muitos ladrões de celular”, disse o jovem no vídeo do TikTok.
"Cerca de 30 minutos depois, recebi uma notificação para confirmar uma compra de R$ 900. Cancelei a compra e o cartão. Mas, quando vi o extrato, havia dois saques de cerca de R$ 1.000 e outras compras", contou. "No total, tive um prejuízo de R$ 4.000 por uma compra que custava R$ 3".
Lucas Hiroshi publicou um vídeo no TikTok contando que foi vítima do golpe da troca do cartão
Reprodução/TikTok/Arquivo pessoal
Lucas publicou o relato dois dias depois do acontecimento. Nos comentários, outras pessoas disseram ter caído no mesmo golpe.
O cartão usado por ele é do tipo múltiplo (débito e crédito) do Mercado Pago, com bandeira Visa.
O g1 também conversou com outra vítima, Pedro Henrique Barboza Alves, que usa o mesmo tipo de cartão e afirma ter tido um prejuízo de R$ 16 mil após comprar três águas com um ambulante na saída de um show do Gilberto Gil, em São Paulo.
Segundo ele, diversas transações não autorizadas foram feitas depois da compra. O homem afirma que não entregou o cartão nas mãos do vendedor, e, por isso, ainda não está claro se houve troca ou se a maquininha estava infectada.
Ambas as vítimas disseram ao g1 que entraram com uma ação contra o Mercado Pago.
O g1 procurou o Mercado Pago, que afirmou "disponibilizar diversas funcionalidades de proteção diretamente no app". A empresa também disse reforçar "a importância da atenção redobrada ao realizar transações com o cartão" (leia o comunicado ao final da matéria).
Após o contato do g1, a instituição procurou os clientes para reabrir o caso, mas não havia uma definição até a publicação desta reportagem.
A empresa não comentou sobre a ausência do nome no cartão. O g1 também procurou a Visa, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
"O sistema de cartões no Brasil é um dos mais evoluídos e recebe amplo investimento em tecnologias de combate a fraudes, tornando as transações mais seguras — são mais de 120 milhões por dia. Esse esforço já reduziu as fraudes em quase 40% nos últimos três anos", comentou a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
Os golpes mais comuns com cartão e maquininha
❌ Maquininha com visor quebrado: nesse golpe, o criminoso usa uma máquina com a tela danificada, o que impede a vítima de conferir o valor digitado. Assim, ele insere um preço muito maior do que o combinado, sem a outra pessoa perceber.
🦠 Maquininha infectada: nesse golpe, um vírus conhecido como Prilex infecta o sistema da loja e interfere na comunicação entre o computador e a maquininha de cartão. Quando a vítima tenta pagar por aproximação, os criminosos conseguem bloquear a operação e fazer com que apareça na tela uma falsa mensagem de erro. Assim, o cliente é levado a inserir o cartão físico. Esse é o momento em que os golpistas conseguem capturar os dados e clonar o cartão.
💳 Pagamento por aproximação indevido: nesse caso, criminosos escondem uma maquininha em uma bolsa ou mochila e se aproximam da vítima, geralmente em locais cheios, para tentar realizar uma cobrança sem que ela perceba. A ação explora cartões com o pagamento por aproximação ativado. Basta que a máquina chegue perto da carteira ou da bolsa para que a transação seja registrada, explicam as instituições financeiras.
🫴 Troca de cartão no momento da compra: comum em locais com grande fluxo de pessoas, como shows e carnaval, esse golpe ocorre quando o criminoso pega o cartão da vítima durante o pagamento e devolve outro idêntico sem que ela perceba. Foi o que aconteceu com Lucas.
Além dessas fraudes, especialistas ouvidos pelo g1 alertam para golpes envolvendo maquininhas sem fio, um esquema ainda pouco conhecido, e menos disseminado.
"Uma maquininha pode ter um módulo instalado via Bluetooth que capta tudo o que o cliente digita", explica Thiago Bordini, diretor de inteligência de ameaças cibernéticas e prevenção a fraudes na Cyber Horizon Group.
Segundo Daniel Barbosa, pesquisador de segurança da ESET Brasil, "essa transmissão de dados pode ocorrer logo após a compra, permitindo que os criminosos façam compras online ou até dupliquem o cartão para uso em lojas físicas".
Mesmo assim, esse tipo de fraude é limitado, porque cartões modernos com chip são muito difíceis de clonar, ressalta Camilo Girardelli, arquiteto de software e membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE).
"Eles usam criptografia dinâmica, que gera um código único e não reutilizável. Por isso, esse método é menos difundido. O grande problema hoje, na verdade, é a engenharia social, quando golpistas manipulam a vítima para usar o cartão indevidamente", explica.
Dicas para se proteger
🖐️ Não entregue o cartão físico nas mãos do vendedor.
📠 Se aparecer erro no pagamento por aproximação, tente novamente e, de preferência, em outra máquina.
💵 Se isso não for possível ou o erro persistir, opte por alternativas como PIX ou dinheiro, em vez de inserir o cartão físico.
🤔 Desconfie se a máquina exibir uma mensagem pedindo para inserir o cartão. Esse aviso não é comum; normalmente, as maquininhas apenas informam que houve erro.
🏦 Acompanhe regularmente a fatura do cartão e, ao suspeitar de algo, contate imediatamente a operadora.
📱Cadastre o celular no aplicativo do banco para receber alertas sempre que uma compra for autorizada.
💳 Considere desativar o pagamento por aproximação se você não usa esse recurso com frequência.
💲 Sempre confira o valor da compra no visor da maquininha antes de digitar a senha ou aproximar o cartão.
O que diz o Mercado Pago sobre caso
"A segurança é um dos pilares centrais do Mercado Pago e investimos continuamente no aprimoramento de nossos ambientes digitais para garantir a melhor experiência e proteção aos nossos usuários, sempre em conformidade com as normas regulatórias mais rigorosas do setor financeiro.
Além disso, disponibilizamos diversas funcionalidades de proteção diretamente no aplicativo e reforçamos a importância da atenção redobrada ao realizar transações com o cartão. No caso de compras presenciais, é importante que o consumidor verifique atentamente as informações exibidas no visor da maquininha antes de concluir qualquer pagamento.
O Mercado Pago segue comprometido em oferecer um ambiente seguro, transparente e confiável para que todos possam realizar suas transações com tranquilidade."
Lucas Hiroshi sofreu golpe com cartão fake
Arquivo pessoal
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Imagens que marcaram as missões espaciais privadas em 2025
Explosões, destroços no céu, Katy Perry no espaço e tropeço de bilionário. O universo das missões espaciais privadas foi agitado em 2025 e gerou imagens marcantes.
Grande parte desses registros tem como destaque a Starship, a maior nave do mundo. A gigante, que é da SpaceX, empresa de foguetes de Elon Musk, chamou atenção durante suas diversas missões-teste.
A ambição de Musk com esses experimentos, realizados desde 2019, é aperfeiçoar o modelo de nave para, futuramente, usá-lo para transportar pessoas e cargas para a Lua e para Marte. Nenhum desses testes é tripulado.
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Em contrapartida, algumas das missões espaciais da Blue Origin, empresa de foguetes de Jeff Bezos, são focadas em turismo espacial, ou seja, em levar civis para o espaço. Essas viagens são de menor risco e já contaram com passageiros famosos, como a cantora Katy Perry.
Confira abaixo algumas das imagens mais marcantes das missões espaciais privadas de 2025.
Destroços no céu, explosão e Bezos tropeçando
Divulgação/SpaceX e Divulgação/BlueOrigin
💥Explosões da maior nave do mundo
Em junho, a Starship explodiu durante um teste de rotina na Starbase, cidade que abriga a base da SpaceX no estado do Texas (EUA). O voo-teste não era tripulado e não houve feridos, segundo a empresa.
O experimento era parte da preparação para o outro voo que a empresa planejava realizar no final do mês (que foi adiado).
Segundo a SpaceX, a explosão aconteceu ao testar os motores durante o carregamento da nave com propelente, combustível de veículos espaciais. Nesse momento, "um evento energético repentino resultou na perda completa da Starship e em danos à área ao redor do local". Veja na imagem abaixo.
Chamas se elevam enquanto um foguete da SpaceX explode em Brownsville, Texas.
TheRocketFuture via X/via REUTERS
Após o décimo voo-teste, em agosto, a Starship pegou fogo logo depois de pousar no Oceano Índico, gerando imagens surpreendentes (veja abaixo). O voo não era tripulado e a empresa não detalhou os motivos do incidente.
Starship, maior nave do mundo, pousa no Oceano Índico
Starship ficou coberta por chamas após tocar o Oceano Índico
Reprodução/SpaceX
A décima missão também teve conquistas, como o registro de imagens impressionantes da Terra vista do espaço. Confira:
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Starship faz belas imagens da Terra antes de pousar no Oceano Índico
Reprodução/SpaceX
☄️Destroços riscam o céu
As explosões da maior nave do mundo também causaram imagens menos imediatas. Durante duas missões em 2025, os destroços da nave se espalharam pelo céu e prejudicaram a rota de voos comerciais.
O primeiro caso aconteceu em janeiro, durante o 7º voo da gigante. A SpaceX perdeu contato com a nave menos de 10 minutos após o lançamento e, na mesma noite, seus destroços foram vistos no céu da capital do Haiti, Porto Príncipe.
O evento fez com que, pelo menos, 20 voos comerciais desviassem para outros aeroportos ou alterassem sua rota por segurança e gerou registros impressionantes (veja abaixo).
Destroços da Starship são vistos do Haiti após nave se desintegrar
Na missão seguinte, em março, o desfecho foi parecido. Minutos após o lançamento, a empresa de Musk perdeu o contato com a nave e, mais tarde, seus destroços foram vistos no céu na região das Bahamas.
Vídeos do incidente foram divulgados nas redes sociais (veja abaixo).
A explosão prejudicou cerca de 240 voos comerciais, segundo a Administração da Aviação Federal (FAA).
No mesmo dia, Elon Musk, bilionário dono da SpaceX, chamou a explosão de "um pequeno revés".
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Tropeço de bilionário e Katy Perry no espaço
Em abril, a Blue Origin, empresa de foguetes de Jeff Bezos, chamou atenção ao realizar uma viagem de turismo espacial com tripulação 100% feminina.
Segundo a empresa, esta foi a primeira vez que isso aconteceu desde a Vostok 6, em 1963, quando a russa Valentina Tereshkova foi sozinha ao espaço.
Entre as integrantes da missão de 2025, estavam a cantora Katy Perry e a esposa de Bezos, a jornalista Lauren Sánchez, além de outras quatro mulheres.
A viagem durou cerca de dez minutos e as passageiras retornaram em segurança. Ao deixar a nave, Katy Perry beijou o chão e disse estar emocionada. Confira abaixo.
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Katy Perry e integrantes da viagem de turismo espacial da Blue Origin experimentam 'gravidade zero' durante voo
Reprodução/Blue Origin
Logo depois do pouso da nave com a Lauren Sánchez e Katy Perry, Bezos protagonizou outro momento que chamou atenção: uma queda (veja abaixo).
O fundador da Amazon tropeçou em um buraco e levantou logo em seguida. Nas redes sociais, usuários compartilharam o vídeo e reagiram com bom humor.
Jeff Bezos leva tombo no retorno do voo da Blue Origin
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Marrocos sendo sorteado para o grupo do Brasil na Copa do Mundo
Reprodução/YouTube/Fifa
Brasileiros começaram a reagir no X (antigo Twitter) com tristeza depois que o Marrocos foi sorteado para disputar a Copa do Mundo contra o Brasil no Grupo C. Fifa sorteou na tarde desta sexta-feira (5) quais serão os grupos da primeira fase.
⚽ A Copa terá ao todo 104 jogos, sendo o primeiro deles no dia 11 de junho de 2026.
⚽O Brasil enfrentará o Marrocos, Haiti e a Escócia na fase de grupos.
⚽ Os jogos serão nos seguintes dias: Brasil x Marrocos - 13 de junho (sábado); Brasil x Haiti - 19 de junho (sexta-feira); e Brasil x Escócia - 24 de junho (quarta-feira).
Um dos comentários dizia: "Brasil e Marrocos? Não acredito que já vamos começar a copa perdendo", enquanto outro afirmou "Brasil vai apanhar logo na estreia da Copa kkkkkkkkkk Marrocos vai passar por cima".
A tristeza dos brasileiros acontece porque a seleção brasileira perdeu de 2 a 1 para o Marrocos no primeiro jogo depois da Copa do Mundo do Catar e, em 1º de outubro deste ano, a equipe sub-20 do Brasil também perdeu de 2 a 1 para o time marroquino.
Veja abaixo as reações nas redes sociais:
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Verificado "pago" do antigo "Twitter Blue" e oficial concedido pela plataform
Reprodução/Twitter
A União Europeia impôs, nesta sexta-feira (5), uma multa de € 120 milhões (R$ 741,6 milhões) à rede social X, o que pode provocar outro confronto com o presidente dos EUA, Donald Trump.
A sanção corresponde a infrações notificadas em julho de 2024, quando a UE acusou o X de enganar usuários com o selo azul de verificação — que supostamente certifica fontes de informação —, de não ser transparente sobre publicidade e de descumprir a obrigação de dar acesso a dados internos a investigadores.
Antes mesmo de que a decisão fosse oficializada, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, havia criticado os passos que a União Europeia estava tomando.
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"A UE deveria defender a liberdade de expressão em vez de atacar empresas americanas por besteiras", declarou, uma afirmação que Musk agradeceu pouco depois.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
A multa sobre o X "não tem nada a ver com censura", afirmou a vice-presidente da Comissão Europeia responsável por temas digitais, Henna Virkkunen, ao ser questionada por jornalistas.
"Não estamos aqui para impor as multas mais altas. Estamos aqui para garantir que nossa legislação digital seja cumprida", acrescentou. "Se cumprem nossas regras, não aplicamos multas: é simples assim", destacou.
Esta é a primeira sanção aplicada pela Comissão Europeia no âmbito da Lei de Serviços Digitais (DSA, na sigla em inglês), aprovada há dois anos para combater conteúdos ilegais e perigosos online.
Caráter político
Antes de Musk comprar a plataforma em 2022, a rede, que então se chamava Twitter, concedia o selo azul aos usuários após um processo de verificação de identidade, destinado a evitar fraudes.
Mas, após adquiri-la por 44 bilhões de dólares (232 bilhões de reais na cotação atual) e renomeá-la "X", Elon Musk reservou esses selos aos perfis com assinaturas pagas, o que poderia, segundo Bruxelas, induzir os usuários ao erro.
A UE ampliou sua investigação sobre o X ao suspeitar de violações em matéria de conteúdos ilegais e desinformação. No entanto, ainda não concluiu sua apuração.
O caso adquiriu um caráter político devido à proximidade entre Musk com Trump. Ambos estavam muito próximos até se desentenderem em junho. Nas últimas semanas, protagonizaram uma nova aproximação, mas não ao nível de antes.
No final de novembro, um grupo de representantes americanos viajou a Bruxelas e pediu à UE que flexibilizasse essas leis, em troca de uma redução das tarifas de seu país sobre o aço do bloco.
A proposta foi rejeitada pelos europeus, que reafirmaram seu direito soberano de adotar e aplicar suas próprias leis.
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Navio usado para instalação de cabos submarinos na costa dos Estados Unidos em junho de 2023
Divulgação/Prysmian Group
Eles são a espinha dorsal da globalização: cabos submarinos, que se estendem no fundo no mar, conectando países e continentes.
Segundo a plataforma Total Telecom, cerca de 500 cabos desse tipo atravessavam os oceanos em 2021, atingindo uma extensão de 1,3 milhão de quilômetros. Desde então, esse número aumentou ainda mais.
"Toda a troca de informações mundial está sendo transmitida por esses cabos", diz Johannes Peters, coordenador do Centro de Estratégia e Segurança Marítima da Universidade de Kiel, na Alemanha.
"A internet, dados de pagamento e informações de todas as formas imagináveis, todo o tipo de comunicação verbal – tudo isso passa quase exclusivamente por esses cabos", afirma Peters. "Ou seja, somos dependentes deles, e isso ao nível global".
Veja os vídeos que estão em alta no g1:
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Entretanto, essa estrutura de comunicação está em risco. Não por desgaste natural, mas por possíveis atos de sabotagem.
Um exemplo ocorreu recentemente no Mar Báltico. Um estudo da Universidade de Washington, em Seattle, aponta que cerca de dez cabos foram rompidos desde 2022, sete deles entre novembro de 2024 e janeiro de 2025. Nos últimos meses, mais cabos foram destruídos.
A Rússia foi citada várias vezes como a responsável por esses estragos. Indícios como marcas de âncoras ou movimentos suspeitos de navios reforçam essa suspeita.
No entanto, não há provas conclusivas contra Moscou, nem de que os danos foram realmente intencionais, já que podem ter sido causados por acidentes ou mesmo por negligência.
Além da Rússia, outro país suspeito de ter destruído cabos subterrâneos no Mar Báltico é a China. Em novembro de 2024, a Suécia pediu ao governo chinês que colaborasse na investigação de um rompimento semelhante na região.
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Preocupações no Pacífico
Na Ásia, aumentam as preocupações no Pacífico, onde redes de cabos conectam Japão, Taiwan, Coreia do Sul e Estados Unidos.
Governos da região temem que, em caso de conflito com a China, esses cabos se tornem alvo por serem infraestrutura crítica.
Segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington, a China desenvolveu um navio capaz de cortar cabos a até 4 mil metros de profundidade.
O relatório afirma que, somado às tensões em áreas marítimas estratégicas, o equipamento reforça a capacidade chinesa de atingir cabos com precisão.
A Comissão de Revisão Econômica e de Segurança EUA-China (USCC) também mencionou essas capacidades no relatório anual enviado ao Congresso dos EUA.
Segundo o relatório, a China "tem participado cada vez mais de atividades de corte de cabos submarinos, usados como meio de pressão na zona cinzenta". "Ao mesmo tempo, há cada vez mais indícios de que Pequim está desenvolvendo novas tecnologias para cortar cabos que podem ser usadas em caso de guerra."
Destruição com enormes consequências
Para Kenny Huang, presidente do Asia Pacific Information Center (APIC), responsável pelo registro de domínios na região Ásia-Pacífico, a destruição de um cabo principal teria impacto imediato.
"Se o cabo principal for danificado, você perde toda a conexão com a internet", diz ele.
"A região afetada se torna um vácuo de informações, pois também não há mais acesso à rede interna", afirma Huang, que também é presidente do Taiwan Network Information Center.
Para Taiwan, um cabo submarino interrompido teria um impacto enorme, alerta o pesquisador.
"Isso isolaria Taiwan completamente do mundo exterior. O acesso à informação seria impossível. Isso teria consequências não apenas para a comunicação, mas também para muitos setores, como educação, economia, forças armadas, agricultura e muitos outros."
O mesmo se aplica a outros países da região. Além dos danos físicos, cabos também podem ser interceptados, alerta a revista Global Defense Insight.
"Países rivais podem explorar essas vulnerabilidades para obter informações ou vantagens estratégicas em conflitos de segurança marítima. A Coreia do Sul precisa melhorar sua estrutura de segurança cibernética e a cooperação internacional para proteger essas infraestruturas críticas", diz a publicação.
Laboratório de testes
A destruição de cabos submarinos não exige nenhum esforço gigantesco, explica Johannes Peters, da Universidade de Kiel.
"Basta apenas lançar no fundo do mar uma espécie de âncora, que pode puxar os cabos – que são, assim, rompidos em algum momento. Não é preciso ter nenhum navio particularmente poderoso", complementa.
Por isso, segundo Peters, é preciso observar os desdobramentos no Mar Báltico de uma perspectiva mais ampla.
"A China observará com muita atenção como o Ocidente reagirá aos ataques a cabos submarinos. Ela vai tentar identificar os problemas correspondentes dos países ocidentais – além dos problemas técnicos, também os jurídicos, decorrentes do direito marítimo internacional."
"Nesse sentido, o Mar Báltico é atualmente uma espécie de laboratório de testes para a guerra híbrida marítima, o que também se observa em outros lugares do planeta", complementa Peters.
Medidas de proteção
Um dos pontos que precisa ser aprimorado é a proteção jurídica aos cabos, diz Kenny Huang, do Asia Pacific Information Center. "Agora, é preciso aprovar leis que permitam aplicar penas mais severas ao corte intencional de cabos submarinos", afirma.
O desenvolvimento de medidas técnicas também é necessário, acrescenta.
"Quando um cabo é danificado, o tráfego de dados é normalmente redirecionado para outro cabo ou outro provedor. Um plano de backup em várias etapas para as operações diárias pode ajudar bastante. Mas mesmo com um plano de backup, isso nem sempre é possível. No caso de um ataque militar a um cabo submarino, não há nenhuma instalação que possa repelir uma ofensiva", diz.
Por isso, países da região ampliam medidas de prevenção. Segundo o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de Washington, Japão e aliados vêm excluindo empresas chinesas de projetos de cabos com participação americana.
O Japão também tem instalado cabos mais afastados entre si para evitar que um único ataque comprometa toda a rede, afirma a entidade.
Os países também poderiam designar certas áreas em que os navios só atravessariam com autorização devido aos cabos instalados nesses locais, diz Peters.
"Os próprios cabos também podem ser parcialmente protegidos, por exemplo, com tecnologia de sensores adequada", conclui.
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Logo do Instagram
Getty Images
A Meta anunciou na última quinta-feira (3) que começou a excluir as contas de usuários menores de 16 anos no Instagram, Threads e Facebook na Austrália, antes da entrada em vigor no país da primeira lei no mundo que proíbe as redes sociais para crianças.
O governo australiano exige que as principais plataformas online, incluindo também TikTok e YouTube, bloqueiem o acesso das pessoas com menos de 16 anos até o dia 10 de dezembro, quando a nova legislação entrará em vigor.
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Centenas de milhares de adolescentes devem ser afetados pela proibição. O Instagram, por exemplo, tem quase 350.000 contas de australianos com idades entre 13 e 15 anos.
As empresas de tecnologia podem enfrentar multas de 49,5 milhões de dólares australianos (US$ 32 milhões ou R$ 169 milhões) caso não adotem "medidas razoáveis" para cumprir a norma.
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"Estamos trabalhando arduamente para remover todos os usuários que entendemos terem menos de 16 anos até 10 de dezembro. O cumprimento da lei será um processo contínuo, em várias etapas", disse um porta-voz da Meta.
Os menores podem baixar e salvar seu histórico online, acrescentou o porta-voz da empresa americana.
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"Antes de você completar 16 anos, vamos notificá-lo de que, em breve, você terá permissão para recuperar o acesso às plataformas, e seu conteúdo será restaurado exatamente como você o deixou", afirma uma mensagem da Meta às pessoas afetadas.
Alguns aplicativos e sites populares, como Roblox, Pinterest e WhatsApp, que também é da Meta, estão isentos, mas a lista passará por uma revisão constante.
Quem vai verificar a idade daqui para frente?
A Meta afirmou que cumprirá a lei australiana, mas pediu que as lojas de aplicativos tenham a responsabilidade de verificar a idade dos usuários, em vez das plataformas de redes sociais.
"O governo deveria exigir que as lojas de aplicativos verifiquem a idade e obtenham a autorização dos pais sempre que adolescentes menores de 16 anos baixem aplicativos, eliminando a necessidade de que os adolescentes comprovem sua idade várias vezes em diferentes plataformas", disse o porta-voz da empresa.
O YouTube também criticou a proibição australiana. A empresa afirmou nesta semana que a nova lei deixaria os jovens do país "menos seguros", já que menores de 16 anos poderiam continuar acessando o site sem a necessidade de ter uma conta e, assim, evitar os filtros de conteúdo da plataforma.
A ministra das Comunicações da Austrália, Anika Wells, considerou o argumento "estranho".
"Se o YouTube nos recorda que não é seguro e que há conteúdo inadequado para usuários com restrição de idade em seu site, isso é um problema que o YouTube deve resolver", afirmou Wells esta semana.
A ministra disse aos jornalistas que alguns adolescentes australianos cometeram suicídio porque os algoritmos "se apegavam" a eles, direcionando estas pessoas para conteúdos que minavam sua autoestima.
"A lei específica não solucionará todos os danos que acontecem na internet, mas facilitará que as crianças busquem uma versão melhor de si mesmas", afirmou.
Na semana passada, um grupo de defesa dos direitos na rede apresentou uma ação para impedir a proibição.
O Digital Freedom Project contestou a nova legislação no Supremo Tribunal australiano, por considerá-la um ataque "injusto" à liberdade de expressão.
As autoridades australianas acreditam que os adolescentes farão de tudo para tentar evitar a lei. As diretrizes alertam que eles podem tentar usar identificações falsas ou recorrer à Inteligência Artificial para que suas fotos pareçam de pessoas mais velhas.
Assim, as plataformas devem criar os próprios recursos para evitar que isso aconteça, embora "provavelmente nenhuma solução seja 100% eficaz", segundo o órgão de controle da segurança na internet do país.
Há grande interesse em saber se as amplas restrições da Austrália funcionarão, já que as agências reguladoras de todo o mundo enfrentam os perigos potenciais das redes sociais.
A Malásia informou que planeja impedir que menores de 16 anos se registrem em perfis de redes sociais no próximo ano, enquanto a Nova Zelândia adotará uma proibição semelhante.
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É #FAKE que vídeo mostre avião americano bombardeando Venezuela; gravação foi criada com IA
Reprodução
Circula nas redes sociais um vídeo que supostamente mostra um avião dos Estados Unidos supostamente bombardeando a Venezuela. É #FAKE.
selo fake
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🛑 Como é o vídeo?
Compartilhado no TikTok nesta terça-feira (2), onde teve mais de 2 milhões de visualizações, o vídeo tem uma caixa de texto sobreposta às imagens que diz: "Venezuela sob ataque nesse momento". Também são exibidas bandeiras da Venezuela e dos Estados Unidos.
A cena mostra um avião militar soltando bombas presas em paraquedas. O áudio reproduzido é de um homem, que diz em espanhol: "Estão chegando, estão chegando. Estão nos atacando".
Embora tenha sido publicada em um perfil voltado a vídeos feitos inteligência artificial e tenha uma marca d'água no canto inferior esquerdo dizendo (em inglês) "criado por IA", usuários ficaram em dúvida se era verdade ou não.
O conteúdo falso viralizou em meio à escalada de tensão entre os governos de Donald Trump e Nicolás Maduro, que se agravou ao longo dos últimos meses. O americano acusa o venezuelano de chefiar o Cartel de Los Soles.
Na própria terça, em uma reunião de gabinete, o presidente Trump disse que qualquer país que trafique drogas para o território americano pode ser alvo de uma ação. Na mesma data, afirmou que começarão "muito em breve" bombardeios terrestres contra alvos ligados ao narcotráfico na América Latina, repetindo uma ameaça que já havia feito no final de novembro.
⚠️ Por que isso é falso?
O Fato ou Fake submeteu o conteúdo ao HiveModeration e ao Sightengine, duas ferramentas que detectam o uso de IA em imagens e vídeos, e ambas apontaram que a cena foi produzida com esse recurso (veja detalhes abaixo).
HiveModeration - 99,6% de chances de ser IA.
Sightengine - 84% de probabilidade. A plataforma também indica 83% de chances de o material ter sido criado com o Sora, plataforma da OpenAI (dona do ChatGPT) que usa IA para gerar vídeos a partir de textos curtos fornecidos pelos usuários.
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É #FAKE vídeo que mostra frutas sendo tingidas artificialmente em fábrica na China; cena foi criada com IA
Reprodução
Circula nas redes sociais um vídeo que supostamente mostra operários de uma fábrica "tingindo" frutas artificialmente na China. É #FAKE.
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🛑 Como é o vídeo?
Publicado nesta terça-feira (2) no X, onde alcançou mais de 3,7 milhões de visualizações, o post tem a seguinte descrição (em inglês): "Se isso é a China agora, imagina no futuro...".
O vídeo mostra uma sequência de cenas em que trabalhadores vestido de branco e com toucas na cabeça aparecem "tingindo" frutas, legumes e verduras com sprays e em bacias de água colorida. Uma das imagens exibe tomates verdes em uma esteira ficando vermelhos após receberem um jato de uma máquina.
Nos comentários, usuários questionaram se a cena é verdadeira, mas o material foi completamente criado com inteligência artificial (IA).
Depois da publicação, o post recebeu uma nota da comunidade do próprio X, dizendo: "Observe que este vídeo utiliza IA para criar cenas de coloração de frutas, marcadas com a marca d'água 'AI生成' (tecnologia de IA). Detectores de IA confirmam que 99,9% do conteúdo é gerado automaticamente e não se trata de imagens reais".
⚠️ Por que isso é falso?
O Fato ou Fake submeteu o vídeo ao Hive Moderation, ferramenta que detectam o uso de IA em imagens, vídeos e áudio. Resultado: há 99,9% de chances de o conteúdo ter sido criado com esse recurso (veja abaixo).
Além disso, o vídeo apresenta uma marca d'água em chinês (AI生成|) que significa "gerado por IA" e uma caixa de texto sobreposta às imagens, também em chinês, indicando que o conteúdo é sintético: "As imagens do vídeo são compostas digitalmente e não existem na realidade".
HiveModeration aponta uso de IA em vídeo de frutas sendo "tingidas" artificialmente.
Reprodução
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Apple e Snapchat
Reuters/Mike Segar; AP/Richard Drew
A Rússia bloqueou o acesso ao aplicativo de videochamadas FaceTime, da Apple, e à rede social Snapchat como parte de uma repressão contra plataformas estrangeiras que, segundo autoridades locais, estariam sendo usadas para atividades criminosas.
As medidas foram tomadas pela Roskomnadzor, agência reguladora de comunicações da Rússia, um dia após o país derrubar a plataforma de jogos americana Roblox sob a alegação de que ela distribui material extremista e "propaganda LGBT".
Sobre o FaceTime, o órgão afirmou sem apresentar provas que o aplicativo da Apple contribui para ataques terroristas na Rússia.
"De acordo com as autoridades policiais, o FaceTime está sendo usado para organizar e realizar ataques terroristas no país, recrutar perpetradores e cometer fraudes e outros crimes contra cidadãos russos", disse a Roskomnadzor.
A Apple foi procurada pela Reuters, mas não respondeu aos pedidos de comentários sobre o bloqueio do FaceTime.
O bloqueio do Snapchat foi confirmado pela agência de notícias estatal russa RIA, com base em informações do órgão regulador do país, que também citou o suposto uso da plataforma para "organizar e realizar ataques terroristas".
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Moradores de Moscou que tentaram usar o aplicativo na quinta-feira (3) disseram que ele apresentou a mensagem de erro "Usuário indisponível".
Uma moradora disse que uma amiga com quem ela tentou entrar em contato viu a chamada recebida, mas não conseguiu se conectar.
Críticos afirmam que as restrições equivalem a censura e a um aperto do controle estatal sobre as comunicações privadas.
A Rússia alega que se tratam de medidas legítimas de aplicação da lei. Autoridades do país lançaram este ano um aplicativo rival, apoiado pelo Estado, chamado MAX. Segundo críticos, ele poderia ser usado para vigilância, alegações que a mídia estatal desmentiu como falsas.
Nos últimos meses, a Roskomnadzor intensificou as medidas para bloquear o acesso a plataformas de mídia e tecnologia ocidentais que hospedam conteúdo que viola as leis russas.
Em agosto, a Rússia começou a limitar algumas chamadas no WhatsApp e no Telegram, acusando-os de se recusarem a compartilhar informações com a polícia em casos de fraude e terrorismo. Na semana passada, a Roskomnadzor ameaçou bloquear o WhatsApp completamente.
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Meme 'Guiana Brasileira' irrita portugueses nas redes sociais: 'Isso não é brincadeira'
O meme da Guiana brasileira foi o mais popular no Google em 2025, segundo a empresa. Lembra dele?
Em abril, o g1 mostrou como a alguns portugueses se irritaram e fizeram vídeos contra uma piada que tratava Portugal como se fosse um território do Brasil na Europa.
‘60+' aos 16 anos: "idade musical" atribuída na retrospectiva do Spotify faz a web reagir
Preta Gil, Labubu: os termos mais buscados no Google Brasil
A brincadeira circulava havia alguns meses nas redes sociais e envolvia chamar Portugal de “novo estado brasileiro” e deixar comentários como “somos todos brasileiros” em perfis de portugueses.
"Febre" na temporada de festas juninas de 2025, o morango do amor também não escapou das brincadeiras, incluindo vídeos que mostravam como a receita poderia virar um desastre... e transformar o doce em "morango do ódio".
Veja abaixo o top 10 de memes do Google:
Meme Guiana brasileira
Meme 67
Meme Plankton
Meme Cheguei Brasil
Meme Morango do amor
Meme Tralalero tralala
Meme Amir
Meme Por mim
Meme Bombardino crocodilo
Meme Dexter
Morango do amor ou do ódio? Vídeo viralizou em Mossoró
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Preta Gil, Mundial de Clubes e Labubu
Globo, Getty Images e reprodução/Pop Mart
O Google divulgou nesta quinta-feira (4) os assuntos que mais bombaram nas buscas do Brasil em 2025.
A lista reúne desde acontecimentos marcantes — como a morte da cantora Preta Gil e a escolha do novo Papa — até fenômenos da internet, caso do Labubu, o monstrinho peludo que virou febre nas redes.
Os dados analisam o período de 1º de janeiro a 24 de novembro deste ano.
No topo das buscas aparecem dois temas ligados ao esporte: o Mundial de Clubes e o Paris Saint-Germain (PSG), tradicional clube francês que chegou à final da competição.
Veja os vídeos que estão em alta no g1
Buscas do ano
Mundial de Clubes
PSG
Preta Gil
Chelsea
Papa
Bayern
Labubu
Charlie Kirk
Caso Vitória
Bobbie Goods
O Google afirma que, como em outros anos, a retrospectiva é baseada nos termos de pesquisa que tiveram os maiores aumentos de interesse neste ano em comparação com o ano anterior. Por esse critério, os termos não necessariamente foram os mais pesquisados do ano.
Acontecimentos
Tarifaço de Trump
Crise do metanol
Oscar de Ainda Estou Aqui
Denúncia do Felca
Eliminatórias da Copa do Mundo
Julgamento de Jair Bolsonaro
Guerra Irã-Israel
Resgate de Juliana Marins
Protestos no Nepal
Lei Magnitsky
Personalidades
João Fonseca
Donald Trump
Fernanda Torres
Hytalo Santos
Felca
Suzane von Richthofen
Leo Lins
Carlo Ancelotti
Elize Matsunaga
Virginia Fonseca
Filmes
Anora
Ainda Estou Aqui
Nosferatu
Conclave
Superman
Invocação do Mal 4
Thunderbolts
Como Treinar seu Dragão
Entre Montanhas
Pecadores
TV e Séries
Round 6
Monstro: A História de Ed Gein
Beleza Fatal
Os Donos do Jogo
Tremembé
Vale Tudo
Garota do Momento
A Vida Secreta do Meu Marido Bilionário
Dias Perfeitos
Power Couple
Inteligência artificial
Gemini
Deepseek
Veo 3
NotebookLM
Grok
Pixverse
Flow
Manus
Blackbox
Nano Banana
Política
Julgamento de Jair Bolsonaro
Votação da anistia
Lei Magnitsky
PEC da Blindagem
COP30
IOF
Carteira Nacional Docente
BRICS
Concurso dos Correios
Empréstimo consignado para CLT
Mortes
Preta Gil
Papa Francisco
Charlie Kirk
Vitória Regina de Sousa
Diogo Jota
Ozzy Osbourne
Juliana Marins
Arlindo Cruz
Francisco Cuoco
Michelle Trachtenberg
Clubes de futebol
PSG
Chelsea
Bayern
Benfica
Porto
LDU
Inter de Milão
Pachuca
Atlético de Madrid
Auckland City
Receitas
Morango do amor
Biscoito do round 6
Ovo de páscoa caseiro
Batata frita na air fryer
Pudim na air fryer
Batata doce na air fryer
Bolo na air fryer
Uva do amor
Pastel na air fryer
Peixe na air fryer
Shows
Lady Gaga
Shakira
AC/DC
System of a Down
Gilberto Gil
Guns N' Roses
Henrique e Juliano
Katy Perry
Linkin Park
Luan Santana
Música (Letra)
Mãe Solteira
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Escape
Imperfeito
Eu Plantei Mandioca Nasceu Macaxeira
Calma Vida Tá de Boa
Quem É Esse?
Reacende a Chama
Resenha do Arrocha
O Fogo Arderá
Virou meme
Meme Guiana brasileira
Meme 67
Meme Plankton
Meme Cheguei Brasil
Meme Morango do amor
Meme Tralalero tralala
Meme Amir
Meme Por mim
Meme Bombardino crocodilo
Meme Dexter
Virou trend
Trend do anime
Trend Gemini
Trend boneco na caixa
Trend Jesus abraçando
Trend do carro miniatura
Trend polaroid
Trend do pozinho mágico
Trend morango do amor
Trend da xuxinha
Trend da sereia
O que é...
O que é metanol?
O que é anistia?
O que é GLO?
O que é PEC da Blindagem?
O que é BRICS?
O que é DIX?
O que é bebê reborn?
O que é Corpus Christi?
O que é arsênio?
O que é COP30?
Por que...
Por que o café está caro?
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Por que Bolsonaro foi condenado?
Por que MC Poze foi preso?
Por que Oruam foi preso?
Por que Papa Leão?
Por que o Barcelona não está no Mundial de Clubes?
Por que Tati Machado perdeu o bebê?
Por que Tony Ramos vai sair da novela Dona de Mim?
Por que Neymar não joga hoje?
Quem é...
Quem é o novo Papa?
Quem é Felca?
Quem é o mascarado da novela A Viagem?
Quem é Charlie Kirk?
Quem é o novo técnico da Seleção Brasileira?
Quem é o novo técnico do Corinthians?
Quem é a mulher de branco em Tieta?
Quem é Hytalo Santos?
Quem é a mãe de Preta Gil?
Quem é o careca do INSS?
Quanto custa...
Quanto custa um bebê reborn?
Quanto custa o show da Lady Gaga?
Quanto custa um Labubu?
Quanto custa Mounjaro?
Quanto custa um morango do amor?
Quanto custa um Bobbie Goods?
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Operações tiram do ar centenas de serviços de streaming pirata no Brasil
A Operação 404, que tirou do ar 535 sites e 1 aplicativo de streaming pirata no Brasil na última quinta-feira (27), é conduzida desde 2019 e adota várias táticas para identificar serviços ilegais, incluindo buscas em grupos do Telegram e na deep web, a parte da internet que não aparece no Google.
A investigação usou até mesmo informações divulgadas por integrantes do esquema para identificar onde estavam as centrais da pirataria, explicou ao g1 Rodney da Silva, chefe da força-tarefa, em entrevista ao g1.
"Por óbvio, a polícia trabalha dentro do submundo do crime digital, a deep web, dark web [a parte anônima da internet], no sentido de identificar a venda desses produtos", disse Rodney, diretor de Operações e de Inteligência (Diopi) do Ministério da Justiça, que coordena a operação.
Em alguns casos, membros do esquema chegaram a se identificar com o número de telefone para contato e conta bancária para pagamento. "Tudo isso serve para a Polícia identificar os criminosos", disse Rodney.
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Outra forma de identificar locais que serviam de base para o esquema foi buscar endereços de IP dos sites. O IP (sigla em inglês para "protocolo de internet") funciona como o RG de um servidor e pode ser um ponto de partida para identificar o local físico do dispositivo.
👉 A Operação 404 faz referência ao "erro 404", usado para indicar que o usuário acessou uma página não encontrada. Ela é independente da investigação da Argentina que, no domingo (30), derrubou 22 aplicativos de streaming pirata, incluindo o BTV e o Red Play, que costumam ser usados em TV boxes.
Policiais cumprem mandados contra sites piratas
Divulgação/Ministério da Justiça
A oitava fase da Operação 404, realizada na semana passada, teve participação das Polícias Civis de Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Após reunir informações, o Ministério da Justiça direcionou dados para cada Polícia Civil, que acionou os órgãos de Justiça de seus estados. Os policiais cumpriram 44 mandados de busca e apreensão e realizou 4 prisões preventivas e outras 3 em flagrante.
Dois homens foram presos no estado de São Paulo por operarem um esquema ilegal de streaming, canais por assinatura e games. As centrais tiveram as atividades encerradas e dois computadores e dois celulares foram apreendidos.
A força-tarefa também teve a colaboração de órgãos como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Agência Nacional do Cinema (Ancine), além de autoridades de Argentina, Equador, Paraguai, Peru e Reino Unido.
A avaliação é de que o esquema pode ser classificado como crime organizado, mas faltam detalhes sobre a extensão dessa estrutura, disse o diretor do Ministério da Justiça. Segundo ele, a oferta de serviços é uma atividade muito lucrativa para esses grupos.
"O que está acontecendo é uma migração natural do crime organizado para o crime digital. Então, nesse caso, o cara não vai usar arma, ele está usando equipamentos de informática", disse Rodney.
"A conexão [do esquema] com eventuais facções criminosas, as mais conhecidas, ainda está sendo apurada nos inquéritos", afirmou.
Com serviços indisponíveis, várias pessoas que pagaram por assinaturas recorreram a canais como o ReclameAqui. Mas o consumidor "abdica de seus direitos" ao adquirir um produto ou serviço mesmo sabendo que ele é irregular, informou ao g1 o Procon-SP.
A Anatel, por sua vez, orienta usuários de TV boxes a comprarem apenas aparelhos certificados pela agência para "garantir a segurança do consumidor e evitar a prática de atividades ilícitas".
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