Fortaleza, Sexta-feira, 17 Outubro 2025

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Confira notícias sobre inovações tecnológicas e internet, além de dicas sobre segurança e como usar melhor seu celular

  1. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Trocar a bateria nem sempre é sinônimo de gasto desnecessário. Em alguns casos, o investimento pode prolongar a vida útil do celular (veja mais abaixo). O ideal é que o celular e a bateria durem por um tempo parecido e, consequentemente, que o usuário não precise trocar a bateria antes do aparelho, explica Eduardo Pouzada, professor do curso de Engenharia Eletrônica do Instituto Mauá de Tecnologia. Segundo ele, a ideia de substituir a bateria está ligada a uma prática que era mais comum há cerca de 10 anos, quando essa troca podia ser feita pelo próprio usuário. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Veja como localizar celular perdido pelo computador, seja iPhone ou Android Celular carregando Karolina Grabowska/Pexels "Antes, até era possível abrir o compartimento do celular onde fica a bateria e fazer essa troca com facilidade. Hoje, as baterias ficam 'coladas' no aparelho e só profissionais especializados podem fazer essa troca com segurança", explica o professor. Mesmo assim, dependendo do uso e do estado do celular, ainda pode valer a pena investir em uma nova bateria. De maneira geral, Eduardo Pouzada destaca alguns fatores que podem indicar que a trocar a bateria é vantajosa. São eles: o celular está relativamente novo e em bom estado, geralmente com até dois anos de uso (pode variar conforme os cuidados do usuário); o problema está restrito à bateria. Isso porque, se o aparelho apresenta outras falhas, como dificuldade em abrir aplicativos, a troca da bateria não resolverá o problema; a bateria não está sendo suficiente para o uso. São casos em que a pessoa usa mais do que a média o celular para realizar atividades que gastam bateria, como gravar vídeos e jogar; a bateria está rendendo menos do que o indicado no manual do celular (varia conforme o aparelho). Como e onde trocar a bateria 👉​ As baterias devem ser compradas em redes de assistência técnica autorizadas pelo fabricante do celular, segundo Euclides Chuma, professor da Unicamp e membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE). Isso evita a compra de produtos falsificados. ⚠️ A troca deve ser feita por profissionais da assistência técnica autorizada. Não tente trocar a bateria sozinho, pois isso pode danificar o aparelho. ♻️​ É importante também descartar a bateria antiga corretamente, ou seja, com a própria assistência técnica ou junto ao fornecedor. "Isso é necessário porque essas peças são feitas de metais pesados, que, além de demorarem para se decompor, são tóxicos para as pessoas e o meio ambiente", pontua Chuma. Como monitorar a saúde da bateria Para ficar ainda mais de olho na bateria do seu celular, alguns aparelhos permitem o monitoramento da saúde da bateria. Embora nem todos os dispositivos Android tenham esse recurso, todos os iPhones possuem. Veja como verificar a saúde da bateria no iPhone: Vá até os "Ajustes"; Navegue até o menu "Bateria"; Toque em "Saúde da Bateria"; Consulte a porcentagem em "Capacidade Máxima". A Apple inclui um aviso quando esse limite é atingido e sugere realizar uma manutenção. Passo a passo para consultar a 'Saúde de Bateria' do iPhone Reprodução VEJA TAMBÉM: ⚡Deixar o celular carregar até 100% estraga a bateria? Como o WhatsApp Web virou porta de entrada para ataque hacker com foco no Brasil Torres com câmeras se espalham e levantam alerta sobre privacidade

  2. Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem alertado o governo federal sobre os riscos da concentração de centrais de processamento de dados em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro. O presidente do conselho diretor da autarquia, Carlos Baigorri, afirmou nesta quinta-feira (16), que o ideal seria que os data centers ficassem mais espalhados pelo território brasileiro até para se ter maior garantia de segurança do sistema de dados do país. "Quando você coloca todos os ovos numa mesma cesta e tem um problema isso tem uma repercussão muito grande para todo país", disse Baigorri à Reuters após evento na FGV. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Como funciona um data center? E por que ele pode consumir tanta energia e água? "Falamos com o Ministério das Comunicações sobre como diversificar e desconcentrar para mitigar e reduzir riscos...temos alertado que a concentração dos data centers traz riscos", afirmou. "Se você tiver um apagão, um terremoto ou incidente, todos seriam afetados. É preocupante do ponto da gestão de riscos concentrar a infraestrutura digital em poucos locais", acrescentou. A desconcentração também ajudaria na ampliação da conectividade e no fortalecimento da soberania digital, afirmou, citando que a concentração das instalações de dados do país está associada à infraestrutura de cabos submarinos. "Essas são duas estruturas que andam juntas...mas hoje o que nos preocupa é a concentração em algumas cidades como Rio, São Paulo e Fortaleza", disse ele. "No Rio e São Paulo você tem a concentração do poder econômico e isso gera atração (de novos empreendimentos aos mesmos locais), em Fortaleza, os 17 cabos submarinos que chegam ao Brasil chegam lá na Praia do Futuro, o que gera concentração também", afirmou. Data center da Meta em Indiana, nos Estados Unidos Divulgação/Meta No mês passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou uma medida provisória que cria o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center (Redata). O programa busca impulsionar o desenvolvimento de setores que reúnam empresas em áreas como computação em nuvem e inteligência artificial. Segundo o governo federal, a MP estimula a desconcentração regional, reduzindo contrapartidas para investimentos no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. No Projeto de Lei Orçamentário Anual (PLOA) 2026, o governo reservou R$5,2 bilhões para o Redata. A partir de 2027, o programa contará também com benefícios da reforma tributária. Veja mais: Primeiros data centers de IA no Brasil podem consumir mesma energia de 16 milhões de casas; conheça os projetos

  3. Inteligência artificial simula vozes de famosos: veja Frank Sinatra cantando Britney Spears e Michael Jackson interpretando Adele "Obrigado, Adele, é uma música magnífica". Mensagens como essa podem ser lidas entre as centenas de comentários publicados em um vídeo do YouTube que presta homenagem a Charlie Kirk, o ativista conservador assassinado em 10 de setembro. No entanto, a música publicada nessa plataforma digital foi gerada com inteligência artificial (IA) e não tem nada a ver com a estrela britânica. A IA agora pode criar músicas a partir de simples instruções de texto, imitando as vozes de artistas famosos sem o consentimento deles. De fato, existem homenagens semelhantes criadas com IA no YouTube com milhões de visualizações e atribuídas a estrelas como Ed Sheeran e Justin Bieber. Em muitos casos, as vozes não são semelhantes às dos artistas originais, mas muitos internautas continuam acreditando e demonstrando interesse pelos conteúdos falsos gerados por IA que inundam a internet. "Receio que o que tornava a internet tão incrível no início tenha desaparecido. Ela foi substituída por conteúdos medíocres criados por golpistas que buscam ganhar dinheiro", disse à AFP Alex Mahadevan, do instituto especializado em mídia Poynter. Músicas criadas por IA para homenagear Charlie Kirk são disponibilizadas no YouTube Reprodução/YouTube "Não totalmente humano" A política do YouTube exige que os criadores revelem se utilizaram IA em suas publicações. No entanto, essa menção geralmente não aparece de forma visível e costuma estar escondida na descrição do vídeo, onde pode passar facilmente despercebida. Um novo grupo gerado por IA chamado The Velvet Sundown lançou álbuns e reuniu mais de 200.000 ouvintes em uma conta verificada no Spotify. Nas redes sociais, o grupo se descreve como "nem totalmente humano, nem totalmente máquina". Essa tendência levanta questões delicadas sobre se as semelhanças vocais e visuais devem ser protegidas por direitos autorais. "Acredito firmemente que a imagem de uma pessoa deve ser protegida contra a reprodução em ferramentas de IA", afirmou Mahadevan. Uso indevido da IA Lucas Hansen, cofundador da ONG CivAI, considera improvável uma proibição total, mas diz que espera restrições no âmbito comercial. "Também pode haver restrições na distribuição, mas as leis existentes são muito menos rigorosas em relação a conteúdos não monetizados", explicou Hansen à AFP. Em junho, a Associação da Indústria Fonográfica dos Estados Unidos (Recording Industry Association of America) anunciou que as principais gravadoras haviam processado dois geradores de música com IA, entre eles o Suno, por suposta violação de direitos autorais. No ano passado, mais de 200 artistas, entre eles Katy Perry e Nicki Minaj, escreveram uma carta aberta aos desenvolvedores de IA e às plataformas tecnológicas. No documento, eles afirmaram que as ferramentas de treinamento baseadas em músicas existentes "desvalorizam nosso trabalho e nos impedem de receber uma remuneração justa". "Devemos nos proteger contra o uso indevido da IA que rouba a voz e a imagem dos artistas profissionais, viola os direitos dos criadores e destrói o ecossistema musical", afirmaram os artistas.

  4. Veja os vídeos que estão em alta no g1 A catarinense Rebeca Alvarez, de 24 anos, se casou em abril e escolheu um sofá da marca Sofá na Caixa para decorar seu novo apartamento com o marido. "Dia 22 de julho fiz meu pedido, estamos construindo nossa vida do zero, como alugamos um apartamento pequeno, achamos que o Sofá na Caixa seria a melhor opção, pelas milhões de propagandas, e como saíram até na [revista] Forbes, resolvemos confiar", conta a esteticista. Em reportagem publicada em fevereiro de 2024 na revista Forbes, o fundador da Sofá na Caixa, Rubens Stuque, contava sobre como faturou R$ 1,6 milhão na primeira semana de operação da empresa e planejava vender 50 mil sofás e faturar R$ 90 milhões no primeiro ano de atividade. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça "O prazo de entrega era 26 de agosto, o que já é um prazo grande em comparação a qualquer fábrica de móveis, mas aceitei. Porém se passaram 78 dias do pedido, um pagamento alto via Pix, e nada de sofá e nem de resposta deles", contou Rebeca à BBC News Brasil no dia 9 de outubro. Assim como Rebeca, diversos consumidores têm passado por problemas ao comprar produtos da Sofá na Caixa, que enfrenta uma explosão de reclamações e centenas de processos na Justiça movidos por clientes insatisfeitos. LEIA MAIS: Mulheres decidem confrontar a Meta após perderem seus bebês EUA e China travam corrida por robôs que prometem substituir humanos Reclamações contra a Sofá na Caixa no Procon-SP cresceram 126% em 2025, com atraso na entrega como principal queixa Divulgação via BBC Entre as principais queixas, estão atrasos na entrega, dificuldade para obter resposta da empresa nos canais de atendimento e para cancelar pedidos e receber o dinheiro de volta. Segundo o Procon-SP, o número de reclamações contra a empresa mais do que dobrou entre 2024 e 2025. Já foram 614 só neste ano, de janeiro a agosto, um aumento de 126% em relação a todo ano passado, quando houve 272 queixas. A Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, já recebeu este ano 88% mais reclamações sobre produtos não entregues pela Sofá na Caixa do que em todo o ano de 2024. A cada duas queixas no sistema ProConsumidor da secretaria, uma é sobre sofás não entregues. No Reclame Aqui, a Sofá na Caixa somava 7.861 reclamações até 13 de outubro, sendo 5.419 delas apenas nos últimos 12 meses. No site, a fabricante é classificada como não recomendada pelos consumidores, e apenas 13% dizem que voltariam a comprar da empresa. Em entrevista à BBC News Brasil, o fundador da Sofá na Caixa, Rubens Stuque, reconhece as dificuldades enfrentadas por parte dos clientes, mas afirma que os pedidos em atraso representam apenas 6,5% dos cerca de 100 mil sofás já entregues desde que a empresa começou a operar, em fevereiro de 2024. Stuque diz ainda que resolver os pedidos em atraso e devolver o dinheiro dos clientes que optaram pelo cancelamento é hoje a "prioridade número um". "Temos um compromisso com o Procon de, até o fim do ano, diminuir essas reclamações pela metade", diz ele. Conforme o Procon-SP, após a abertura de um processo de fiscalização contra a empresa em julho devido ao aumento de reclamações, a Sofá na Caixa compareceu a uma reunião presencial no final daquele mês, regularizou seu cadastro junto ao órgão de defesa do consumidor e se comprometeu a resolver as reclamações. Porém, nesta quarta-feira (15/10), a empresa foi novamente notificada pelo Procon-SP por não ter cumprido o plano acordado. Se a Sofá na Caixa não apresentar soluções efetivas para as dezenas de queixas de consumidores, a empresa será multada, terá de responder na Justiça e será incluída na lista "Evite Esses Sites" do Procon, informou o órgão. Segundo Stuque, que falou à BBC antes da segunda notificação pelo Procon-SP, entre as medidas tomadas até agora para resolver os problemas estão o aumento da produção para atender à demanda, a redução na variedade de produtos para aumentar a produtividade e uma equipe dedicada a responder às reclamações pendentes. O empresário diz que a Sofá na Caixa conta hoje com três fábricas próprias, emprega 320 funcionários diretos e gera cerca de 1 mil empregos indiretos. Com um investimento inicial de R$ 700 mil feito pelos próprios fundadores, o executivo diz que a empresa faturou R$ 57 milhões em 2024, e a expectativa é chegar a R$ 117 milhões neste ano, o que representaria um crescimento de 105%. "Esse crescimento foi controlado, poderia ter sido 300%, mas controlamos, justamente pela capacidade de produção e logística hoje", diz Stuque. LEIA MAIS: Torres com câmeras se espalham por cidades e monitoram pessoas sem regras claras Torres com câmeras se espalham e levantam alerta sobre privacidade Do viral nas redes à explosão de reclamações A Sofá na Caixa vende sofás modulares, compostos por peças individuais que podem ser combinadas de diferentes maneiras para criar modelos personalizados. Feitos com uma espuma especial, os módulos são vendidos comprimidos em caixas. Uma vez fora da embalagem, as peças se expandem, recuperando a forma original. Fundada em 2024, a empresa ganhou fama com uma eficiente campanha de marketing, com uma grande quantidade de anúncios impulsionados nas redes sociais e influenciadores testando o produto que viralizou nas redes. Antes da Sofá na Caixa, Rubens Stuque foi fundador da empresa de móveis para áreas externa Eco Flame Garden e foi homenageado em 2022 na lista Forbes Under 30 da revista Forbes, que destaca empreendedores de até 30 anos, por seu trabalho naquela empresa. Questionada pela BBC News Brasil sobre os critérios para inclusão de Stuque na lista, a Forbes disse que não iria se pronunciar. "O modelo de negócios da Sofá na Caixa responde a um problema muito grande, tanto do fabricante, quanto do consumidor", avalia Marcelo Prado, diretor do Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi). "Moramos hoje empilhados uns sobre os outros, em imóveis pequenos, em que há muita dificuldade de passar no elevador o sofá, que é um móvel grande. Tem que içar, não é qualquer elevador que entra, não dá pra subir pela escada às vezes", diz o consultor especializado no setor de móveis há mais de 30 anos. Prado observa que a espuma comprimível também reduz o custo de transporte. "Quando você transporta colchão, sofá, ou qualquer coisa feita em espuma, se transporta muito ar. Então, quando você põe isso numa caixa fechada a vácuo, tira todo o ar, a metragem cúbica é muito menor, você também ganha com a logística e com os materiais de embalagem", enumera. Para o consultor, esse pioneirismo da empresa, além de sua estrutura totalmente digital de vendas e estratégia de marketing agressiva, ajudam a explicar as dificuldades enfrentadas pela companhia agora. "O pioneirismo traz um desafio. Traz uma vantagem, porque você chega primeiro, mas tem um ônus", diz Prado. "Tem que ter muito cuidado, muito planejamento, e lidar com a coisa passo a passo, porque a reação do mercado não é necessariamente controlada, ainda mais quando seu grande promotor ou gerador de fluxo é a internet", prossegue. "A loja física é previsível, você tem mais facilidade de controlar e menos risco. A internet, se aquilo viralizar, pode gerar um fluxo muito maior do que a empresa pode atender." Foi o que aconteceu com a Sofá na Caixa, segundo uma pessoa com conhecimento dos negócios da empresa, que preferiu falar à BBC News Brasil sob anonimato. "Acho que vendeu mais do que produz, sistematicamente. Porque foi um boom muito grande. Ele [Stuque] deveria ter pausado as vendas para atender [aos pedidos já realizados]", opina essa pessoa. A paulistana Maíra Della Negra, de 45 anos, foi uma das afetadas pelos produtos não entregues pela Sofá na Caixa. Após 20 anos morando em Vinhedo, no interior de São Paulo, a psicóloga conta que se mudou de volta para a capital paulista e escolheu uma poltrona da marca para seu novo apartamento. "Logo quando comprei, não tinha um código de rastreio, achei estranho, mas OK. Fui cobrando e não tinha uma resposta. E aí começa: 'Olá, estamos com problema na produção, estamos com problema nisso, estamos com problema naquilo'", diz Maíra. Além de ficar irritada com as respostas da empresa, ela diz que se incomodou ao ver que tinha muita gente reclamando e que ninguém fazia nada a respeito: "Pensei, 'não é possível, a gente precisa se juntar'." Foi assim que Maíra criou um perfil no Instagram e um grupo de WhatsApp para clientes insatisfeitos, que chegou a reunir mais de 50 consumidores com pedidos em atraso, alguns deles, com compras feitas ainda no fim de 2024 e nunca entregues. Na quarta-feira (15/10), o perfil "Nunca Sai da Caixa", criado por Maíra, foi suspenso pelo Instagram. Mãe processa Roblox e Discord após filho de 15 anos sofrer abuso online Problemas com matéria-prima A BBC News Brasil questionou o fundador da empresa se a Sofá na Caixa de fato vendeu mais sofás do que tinha capacidade de produzir. Rubens Stuque nega, mas afirma que sua produção foi afetada pela aplicação pelo governo federal, em julho deste ano, de direitos antidumping sobre as importações de poliol originárias da China e dos Estados Unidos. O poliol é um dos principais insumos na fabricação de poliuretano, matéria-prima utilizada na indústria de espumas, e a sobretaxa encareceu e reduziu a oferta do produto no Brasil, segundo representantes do setor. A decisão do governo foi resultado de um processo de investigação iniciado em janeiro de 2024, a pedido da Dow Brasil, única fabricante nacional de poliol. A Dow alegou que as importações chinesas e americanas estavam causando danos à indústria doméstica. Mas fabricantes de móveis e colchões questionam a capacidade da companhia de atender à toda demanda nacional. Associações do setor questionaram a medida junto ao governo e, ainda em julho, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) disse que ela poderia ser revista. Procurado pela BBC News Brasil, o MDIC informou que "o tema ainda está em discussão e sem data prevista para apresentar a decisão". "Isso [o antidumping sobre importações de poliol] não afetou só a gente, afetou todo o setor colchoeiro", diz Stuque. "Fornecedores de poliol retiraram o produto [do mercado], alongando o tempo de venda, sabendo que teria esse aumento de taxa e eles poderiam ganhar mais." Segundo o empresário, esse é um dos fatores que explicam os atrasos aos clientes, embora não seja o principal. Além disso, ele cita problemas logísticos com transportadoras. Questionado sobre a possibilidade de pausar vendas e anúncios até a regularização dos pedidos em atraso, Stuque diz que isso não é viável, diante das centenas de pessoas que hoje dependem da empresa. "Aumentamos nosso prazo de entrega, diminuímos a variedade de produtos. Mas são 1 mil pessoas envolvidas no projeto, e os atrasos representam 6,5% [do total de pedidos], nosso foco é a eliminação desses pedidos [em atraso]", diz o empresário, acrescentando que cerca de 60% dos pedidos do grupo de WhatsApp de clientes insatisfeitos criado por Maíra já tiveram seus problemas resolvidos. Stuque refuta, por fim, a acusação de muitos desses clientes insatisfeitos de que a empresa seria um "golpe" ou um "esquema de pirâmide". "A gente não tolera esse tipo de comunicação como 'golpe', 'estelionato'. Todos os dias são feitas soluções de pedidos, de problemas. Muitos clientes têm sim uma resposta, mas não é a resposta que eles gostariam." Meu produto não chegou: o que fazer? O advogado Stéfano Ferri, especialista em Direito do Consumidor e membro da comissão de Direito Civil da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Campinas, explica os passos que o consumidor deve tomar em casos de produtos não entregues. "O primeiro ponto é sempre registrar todos os contatos que as pessoas fazem com a empresa, seja por e-mail, WhatsApp, se for por ligação, lembrar de pedir o número de protocolo, porque tudo isso facilita quando você precisa buscar o Judiciário posteriormente", diz Ferri. O Código de Defesa do Consumidor estabelece que o vendedor é responsável pela entrega do produto dentro do prazo estipulado. Caso o produto não seja entregue, o consumidor pode recorrer à Justiça para exigir o cumprimento forçado da oferta. Outra opção, caso o cumprimento não seja possível, é aceitar outro produto equivalente ou rescindir o contrato, com direito à devolução dos valores pagos. Caso opte por entrar com um processo, isso pode ser feito na Justiça comum ou no Juizado Especial Cível (JEC), antes conhecido como Tribunal de Pequenas Causas. O Juizado Especial pode ser acessado se a causa não superar 40 salários mínimos vigentes (equivalente a R$ 60.720 em outubro de 2025). A vantagem é que não há custo judicial para entrar com a ação e, se o consumidor perde, ele não precisa pagar honorários de sucumbência em primeira instância — valores pagos pela parte perdedora em um processo ao advogado da parte vencedora. No tribunal, também é possível entrar com a ação sem advogado, mas Ferri não recomenda a prática. "Fica muito mais difícil o acompanhamento do processo. E, eventualmente, se a pessoa precisar recorrer, ela vai ter que buscar um advogado", argumenta. O gaúcho Felipe Beckert tentou esse caminho, após não receber o sofá que comprou em janeiro. Ele diz que, depois de tentar diversas vezes cancelar o pedido e reaver o valor diretamente com a empresa, entrou em junho com uma ação no Juizado Especial Cível no Rio Grande do Sul. Em outubro, houve uma audiência de conciliação entre as partes — uma etapa obrigatória em ações movidas no Juizado Especial —, mas a empresa não mandou representantes. "Quando isso acontece, se pede para que seja decretada a revelia da empresa. O caso vai a julgamento, e muito provavelmente o juiz vai considerar como verdade as alegações do autor [da ação] e pode ser até que a empresa venha a pagar uma multa pelo não comparecimento", diz Ferri. Quanto à possibilidade de indenização por danos morais, o advogado explica que isso é possível pela lei, mas improvável num caso como o enfrentado pelos clientes da Sofá na Caixa. "Tem que ter um cenário em que o consumidor passa por um constrangimento, algo mais grave. Não basta o simples inadimplemento para ter direito ao dano moral", explica o advogado. Por fim, Ferri diz que o consumidor também pode recorrer a canais oficiais de reclamação como os Procons estaduais, a plataforma Consumidor.gov.br do governo federal ou sites privados como o Reclame Aqui. E pode expor seus problemas com a empresa nas redes sociais, se assim o desejar, desde que não extrapole o limite da reclamação, passando a ofender a empresa ou difamá-la — nesses casos, o consumidor pode acabar se expondo ao risco de ser processado pela empresa. Após o pedido de entrevista feito pela BBC News Brasil, os consumidores ouvidos pela reportagem relataram que a Sofá na Caixa acelerou o processo de resolução dos problemas. A empresa nega e diz que a condução dos casos ocorre normalmente. A recém-casada Rebeca conseguiu a devolução do seu dinheiro, assim como o gaúcho Felipe. A psicóloga Maíra recebeu seu produto quase três meses depois da compra.

  5. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Qual o tamanho do meu bebê com seis semanas de gravidez? Qual é a data prevista para o parto? Quando devo marcar minha primeira consulta médica? Estas são algumas perguntas que as mulheres digitam nos mecanismos de busca quando descobrem que estão grávidas. Com Sammi Claxon, não foi diferente. Logo depois que ela começou a procurar respostas, os algoritmos detectaram que ela estava grávida e começaram a bombardeá-la com anúncios. Mas quando ela perdeu o bebê devido a um aborto espontâneo, os anúncios não pararam. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Após seu primeiro aborto espontâneo em 2021, Sammi teve mais quatro nos três anos seguintes. "Assim que você recebe o resultado positivo, você se sente como uma mãe", diz Sammi. "Você tem esse plano para o futuro na cabeça e quando isso te é tirado, é horrível." Sentimentos de vergonha e constrangimento fizeram com que Sammi se sentisse isolada. Sammi Claxon teve cinco abortos espontâneos BBC/Arquivo pessoal/Sammi Claxon Ela recorreu às redes sociais em busca de apoio e se lembra de ver seu feed repleto de anúncios relacionados a bebês, o que para ela foi devastador. Sammi, de Nottinghamshire, na Inglaterra, acabou se afastando das redes sociais, diz ela, para preservar sua saúde mental. Assim como Sammi, Tanya O'Carroll foi impactada por anúncios direcionados do Facebook quando descobriu que estava grávida em 2017. "Achei isso simplesmente enervante – isso foi antes mesmo de eu contar às pessoas na minha vida privada", disse ela à BBC. Em março, após Tanya entrar com uma ação judicial, o Facebook concordou em parar de direcionar anúncios a um usuário individual usando dados pessoais. A ação judicial de Tanya argumentou que o sistema de publicidade direcionada do Facebook se enquadra na definição de marketing direto do Reino Unido, dando aos indivíduos o direito de se opor. Veja mais: Facebook exclui grupo que vendia garrafas de bebidas usadas e tinha 11 mil pessoas Como o WhatsApp Web virou porta de entrada para ataque hacker com foco no Brasil 'Anúncios assustadores e invasivos' A Meta – dona do Facebook e do Instagram – afirmou que os anúncios em suas plataformas só poderiam ser direcionados a grupos de no mínimo 100 pessoas, e não a indivíduos, portanto, não seriam considerados marketing direto. Mas a Autoridade de Proteção de Dados do Reino Unido discordou. Tanya afirma que a Meta concordou em parar de usar seus dados pessoais para fins de marketing direto, "o que, em termos não jurídicos, significa que basicamente consegui desativar todos os anúncios assustadores, invasivos e direcionados no Facebook". Pelo que ela e seus advogados sabem, ela é agora a única entre os mais de 50 milhões de usuários do Facebook no Reino Unido que não é alvo de anúncios personalizados. Tanya acrescenta que agora há mais de 10 mil pessoas que se opuseram à Meta para que a empresa pare de usar seus dados para marketing direto – o que pode levar a novos processos judiciais. Mas o caso não mudou nada para muitas mulheres que perderam seus bebês, mas ainda assim foram "bombardeadas" com anúncios relacionados à gravidez. Rhiannon Lawson planejava seu bebê quando descobriu que estava grávida BBC/Arquivo pessoal/Rhiannon Lawson Entre elas estão Rhiannon Lawson, de Suffolk, na Inglaterra, que disse à BBC que ver aquelas duas linhas azuis em seu teste de gravidez encheu ela e seu parceiro, Mike, de "esperança". Como muitos outros futuros pais, eles deram um nome ao bebê em desenvolvimento. "Nós o batizamos de Fantus — em homenagem a um personagem infantil que víamos constantemente quando visitávamos amigos na Dinamarca", diz Rhiannon. Mas, após um sangramento no início da gravidez, um teste mostrou que Rhiannon havia sofrido um aborto espontâneo com oito semanas. Em outubro do ano passado, ela descobriu que estava grávida novamente e, desta vez, ficou mais tranquila com alguns exames iniciais. Mas então veio o ultrassom de 20 semanas, que revelou que o bebê – que o casal chamou de Hudson – tinha uma forma grave de síndrome do coração esquerdo hipoplásico, uma doença cardíaca congênita rara em que o lado esquerdo do coração é subdesenvolvido. "Não havia como seguir em frente", diz ela, e Hudson nasceu morto em março, com 22 semanas. Devastados, Rhiannon e seu parceiro usavam as redes sociais para obter apoio, além de jogar jogos de palavras online juntos. Rhiannon engravidou duas vezes, mas perdeu os dois bebês BBC/Arquivo pessoal/Rhiannon Lawson Mas, depois de se despedir do filho, o casal ainda se deparou com anúncios relacionados a bebês em seus celulares. "Aplicativos de gravidez ainda enviam notificações de marcos. Lojas de bebês oferecem descontos em itens que nunca precisaremos. Anúncios de carrinhos de bebê e itens essenciais para recém-nascidos aparecem nas rolagens de tela", afirma Rhiannon. "A tecnologia não entende a perda e, nos momentos em que menos esperamos, ela nos lembra com uma precisão devastadora do que não temos mais." Veja mais: Chefões das big techs se preparam para 'fim dos tempos': devemos nos preocupar também? TikTok recomenda conteúdo sexual e pornografia para crianças, denuncia relatório 'Consinta ou pague' No final de setembro, a Meta anunciou que lançaria um serviço de assinatura para usuários que não querem ver anúncios no Reino Unido. Isso significa que, para parar de ver anúncios, eles terão que pagar 2,99 libras (R$ 22) por mês. O modelo de publicidade, conhecido como "consinta ou pague", é uma forma de os proprietários de plataformas digitais gerarem receita com usuários que se recusam a ser rastreados. Mas Rhiannon afirma que isso não ajudará pessoas como ela. "Se eles [Meta] se importassem com seus usuários, cobrar para que não vejam conteúdo perturbador parece irracional", diz ela. Hayley Dawe diz que foi alvo de anúncios, apesar de ter mudado suas preferências BBC Após três tentativas malsucedidas de fertilização in vitro (FIV), Hayley Dawe e seu parceiro Anthony ficaram "chocados" ao descobrir que estavam esperando gêmeos e imediatamente se juntaram a vários grupos online de gêmeos e vasculharam a internet em busca de dicas e conselhos. Eles já tinham uma filha de seis anos, então estavam animados com as duas novas adições. Mas essa empolgação se transformou em devastação quando um exame ainda no início da gravidez confirmou que uma das gêmeas havia morrido uma semana antes. E no dia do próximo exame, a sala ficou em silêncio, pois sua outra gêmea também não tinha batimentos cardíacos — e havia morrido no dia anterior. "Eu fiquei devastada", diz ela. Hayley buscou apoio em fóruns online, mas se viu confrontada com anúncios de, entre outros itens, roupas de maternidade, travesseiros de gravidez e aplicativos de monitoramento de gravidez. Para Hayley, sair das redes sociais "não era uma opção", pois foi lá que ela encontrou outras mulheres passando por experiências semelhantes. A Meta afirma que os usuários do Facebook podem bloquear o acesso a tópicos de anúncios que não desejam ver por meio de suas configurações, que oferecem parentalidade como um tópico ao lado de coisas como chocolate, jogos de tabuleiro e luta livre. Hayley diz que ficou chocada ao ver que gravidez não foi listada como uma categoria separada e afirma que desativar a opção de parentalidade não fez diferença, com pelo menos cinco anúncios de gravidez aparecendo depois. Ela marcou alguns dos anúncios como spam, mas afirma que, três semanas depois, ainda estava sendo exposta a repetidas promoções de gravidez. Assim como Rhiannon, Hayley não é a favor de uma assinatura paga. "Por que tenho que pagar quando há opções para alterar preferências que parecem não funcionar?", questiona. Arturo Bejar diz que o botão 'marcar como spam' faz muito pouco BBC/Arquivo pessoal/Arturo Bejar As experiências de Sammi, Rhiannon e Hayley com o acionamento de conteúdo não são nenhuma surpresa para o ex-funcionário da Meta Arturo Bejar. "O [botão] marcar como spam não estava conectado a nada", diz Arturo, que fazia parte da equipe de gerência sênior. "Descobrimos que, em alguns casos, os relatórios de ajuda estavam sendo descartados porque eram muitos." Ele trabalhou para a Meta entre 2009 e 2015 e novamente de 2019 a 2021. Bejar também prestou depoimento ao Congresso dos EUA em 2023 sobre como acreditava que a Meta não estava mantendo os usuários seguros. "Eles adoram dizer que se importam, mas o que importa é atrair mais usuários para suas plataformas, para que possam ganhar mais dinheiro. Acho isso imperdoável. É desumano", acrescenta. Em resposta, um porta-voz da Meta disse: "Levamos essas preocupações a sério e continuamos a melhorar a sensibilidade e a precisão da forma como os anúncios são veiculados." "Nossos sistemas são projetados para compartilhar o conteúdo mais relevante e útil, mas não são perfeitos e alguns anúncios podem ocasionalmente parecer insensíveis ou mal colocados. À medida que continuamos a refinar nossos modelos, incentivamos as pessoas a optarem por bloquearem certas categorias." 'Me lembra de tudo o que perdi' A jornalista da BBC Hayley Compton perdeu três bebês BBC Sei como esses anúncios são angustiantes, porque faço parte do mesmo clube de pais do qual ninguém quer fazer parte. Dei à luz minha filha Liliana em 18 de abril de 2020. Carreguei-a por 40 semanas e, então, seu coração parou de bater dentro de mim — dois dias após a data prevista para o parto. Passei algumas horas preciosas tentando memorizar seu rosto, seu peso em meus braços e a sensação de sua pele ao toque. Tenho dificuldade com a palavra "perda", porque não a perdi como um molho de chaves entre as almofadas do sofá. Desde a morte de Liliana, tive uma filha e um filho, e outros dois abortos espontâneos. Sempre digo que sou mãe de dois bebês que posso segurar nos braços — e três que carrego no coração. Quando estou no meu mais vulnerável, vasculhando as redes sociais em busca de apoio, sou bombardeada por anúncios direcionados de bebês rindo, barrigas de gravidez exuberantes, famílias felizes, me lembrando de tudo que perdi. Veja mais: SP registra 4 casos de deepfakes sexuais em escolas, aponta levantamento da SaferNet; Brasil tem casos em 10 estados Influenciador morre durante transmissão ao vivo na França e acende alerta

  6. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Usuários relataram instabilidade no YouTube na noite desta quarta-feira (15), no Brasil e em outros países. De acordo com o site Downdetector, que monitora falhas em serviços online, os problemas começaram pouco depois das 20h. Às 20h55, o número de queixas no Brasil atingiu um pico de 40,5 mil registros. A partir desse horário, as reclamações começaram a diminuir, e a situação foi normalizada por volta das 22h. As principais queixas foram de falhas na reprodução de vídeos, no aplicativo e na conexão com o servidor. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Como funciona e como ativar a nova ferramenta do WhatsApp para resumir conversas com IA Usuários registram instabilidade no YouTube nesta quarta Reprodução/Downdetector Nos Estados Unidos, usuários também relataram falhas na plataforma. Por lá, as reclamações começaram por volta das 20h (horário de Brasília) e, às 20h41, somaram mais de 330 mil registros, segundo o Downdetector. Pouco depois das 21h, o volume de queixas começou a diminuir. O YouTube disse, em seu perfil no X, que estava trabalhando para reparar as falhas. Segundo a plataforma, o problema foi corrigido por volta das 21h30. Logo do YouTube Dado Ruvic/Reuters Usuários postam no X sobre o problema; veja memes Usuários divulgam memes no X após YouTube apresentar instabilidade Reprodução/X Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Initial plugin text Veja mais: Como o WhatsApp Web virou porta de entrada para ataque hacker com foco no Brasil Torres com câmeras se espalham e levantam alerta sobre privacidade Ataque no WhatsApp pode roubar senhas de usuários; veja como se proteger

  7. Veja os vídeos que estão em alta no g1 A Câmara dos Deputados contratou uma consultoria da Fundação Getúlio Vargas (FGV) para modernizar as redes sociais da Casa. 💰O contrato, assinado no início deste mês, prevê que a Câmara gaste quase R$ 5 milhões com o serviço. Estudada ao longo dos últimos meses, a contratação faz parte de uma tentativa do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) para melhorar a imagem e a comunicação da Casa. O cronograma proposto pela FGV prevê: a oferta de treinamentos mentorias mapeamento de gargalos construção de manual para as mídias sociais da Câmara 🤳🏻A consultoria também deve discutir como melhorar a recepção dos conteúdos e a criação de um laboratório para impulsionar a produção audiovisual da Casa. 📢Melhorias na comunicação da Câmara dos Deputados têm sido cobradas por parlamentares desde a campanha de Hugo Motta ao comando da Casa. O paraibano já se referiu ao pleito como uma das "maiores cobranças" apresentadas por deputados. Parlamentares reclamam de gargalos nas divulgações de mandato e da ausência de ferramentas para produção de conteúdos. 📉Na Casa, também circulam pesquisas e monitoramentos que apontam uma percepção popular negativa em relação à Câmara. Deputados avaliam que, em temas polêmicos, como a PEC da Blindagem, as redes institucionais da Câmara não conseguiram alcançar o público, favorecendo o que chamam de uma "narrativa" contra a proposta. Em setembro, durante um evento do mercado financeiro, o presidente da Câmara chegou a afirmar que a discussão em torno da PEC havia sido "distorcida". Um dos módulos da consultoria contratada pela Câmara prevê justamente a criação de uma plataforma para monitorar menções nas redes sociais, identificando temas relevantes e a percepção pública em relação à Casa. 🗓️A expectativa é que o serviço da FGV se estenda até agosto de 2026. Motta cria nova política de comunicação Além da consultoria, a Câmara também terá uma nova política de comunicação, que vai guiar a produção de conteúdo em órgãos da Casa. Assinada pelo presidente Hugo Motta, a norma entrou em vigor na terça-feira (14). O texto estabelece o fortalecimento da imagem da Casa como um dos objetivos da área. Para combater o que os parlamentares chamam de "narrativa", a regra prevê que as produções institucionais da Casa devem contar com "informações que contribuam para o melhor entendimento dos atos e processos decisórios". A nova política de comunicação proíbe que os materiais divulgados pela Câmara "descontextualizem" falas de parlamentares ou disseminem informações "sabidamente inverídicas". Além disso, a norma determina que os conteúdos produzidos pela Casa devem ter linguagem simples e não podem favorecer "posições ou opiniões políticas nem desrespeitar a proporcionalidade da representação partidária". Diálogo com a sociedade Motta usa redes sociais para rebater críticas ao Congresso por derrubada do IOF Em setembro, Motta lançou o programa "Câmara Pelo Brasil", outra iniciativa para melhorar a percepção popular em relação à Casa. O programa, que terá cinco deputados coordenando ações nas cinco regiões do país, tenta ampliar o diálogo da Casa com autoridades locais e a sociedade civil. À época, Hugo Motta afirmou ao g1 que o objetivo central da iniciativa era aproximar a Câmara do povo. O coordenador, deputado Da Vitória (PP-ES), explicou que o programa ajudará a identificar "demandas prioritárias" nos estados e propor a análise de propostas ao colégio de líderes da Câmara. Assinatura do Termo de Liberação de Canal de TV (PB). Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (REPUBLICANOS - PB) Marina Ramos/Câmara dos Deputados

  8. Apple Vision Pro: veja primeiras impressões sobre óculos de realidade virtual A Apple apresentou nesta quarta-feira (15) a segunda geração dos óculos de realidade virtual Vision Pro. Segundo a empresa, o novo modelo traz como novidades recursos de inteligência artificial, melhor desempenho de bateria e renderização de tela aprimorada. O g1 testou a primeira versão do dispositivo alguns dias após o lançamento, em 2024 (veja no vídeo acima). 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O processador que equipa agora a segunda geração é o M5, desenvolvido pela própria Apple. De acordo com a empresa, o chip oferece desempenho mais rápido, detalhes mais nítidos na tela e maior duração de bateria. A nova versão chega aos Estados Unidos custando a partir de US$ 3.499 (cerca de R$ 20 mil, na cotação atual). A Apple não informou se os óculos serão vendidos no Brasil — a primeira geração não chegou a ser comercializada no país. Apple Vision Pro de segunda geração. Divulgação/Apple A alça que prende os óculos à cabeça, chamada de Dual Knit Band, também foi atualizada. Segundo a Apple, ela está mais macia e acolchoada para oferecer maior conforto durante o uso. "O Vision Pro com M5 funciona em conjunto com o chip R1, que processa a entrada de 12 câmeras, cinco sensores e seis microfones e transmite novas imagens para os monitores em 12 milissegundos para criar uma visão em tempo real do mundo", explicou. Na parte de autonomia, a Apple afirma que uma única carga garante até duas horas e meia de uso geral ou até três horas de reprodução de vídeo. Novo Apple Vision Pro Divulgação/Apple O sistema operacional dos óculos é o visionOS 26, que agora incorpora recursos do Apple Intelligence, plataforma de inteligência artificial da empresa para seus dispositivos. "Os widgets se integram perfeitamente ao espaço do usuário e reaparecem toda vez que ele ativa o Vision Pro, facilitando a verificação da hora ou do clima, a reprodução de música ou podcasts, a decoração do espaço com fotos ou o acesso ao ChatGPT", disse a companhia. Segundo a Apple, o Vision Pro oferece acesso a mais de um milhão de aplicativos e a centenas de filmes em 3D que podem ser assistidos diretamente pelos óculos. Além dos EUA, os novos óculos estão disponíveis na Austrália, Canadá, França, Alemanha, Hong Kong, Japão, Emirados Árabes Unidos e Reino Unido. Apple Vision Pro Reprodução/Apple Deu ruim: lançamento de óculos da Meta é marcado por falhas iPhone Air: primeiras impressões do celular fininho e quais são seus rivais Agente do ChatGPT reserva restaurante, faz compra, mas erra ao insistir demais

  9. Conheça o robô faxineiro eleito uma das melhores invenções do ano Empresas dos Estados Unidos e da China disputam uma nova corrida para criar robôs humanoides capazes de ajudar seres humanos em tarefas manuais em casa e no trabalho. O objetivo é que esses dispositivos sejam usados para dobrar roupas e fazer pequenos serviços de limpeza no ambiente doméstico, bem como organizar peças e pacotes em escritórios e centros de distribuição, por exemplo. Entre os competidores, está o robô Figure 03, eleito uma das melhores invenções de 2025 pela revista Time. Ele foi criado pela americana Figure, que tem como alguns de seus investidores a Nvidia, a OpenAI, a Microsoft e o bilionário Jeff Bezos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça O fundador e CEO da Figure, Brett Adcock, destacou à Time a importância de ser o primeiro no mercado de robôs humanoides. Para ele, quanto maior a frota de robôs de uma empresa, mais baratos eles ficam para serem produzidos e mais dados ela coleta para aprimorar os dispositivos, criando um efeito de retroalimentação que a distancia dos demais concorrentes. "Quem chega primeiro acaba tendo robôs cada vez mais baratos e inteligentes com o tempo", disse o executivo. "A partir daí, fica muito, muito difícil alcançar." A concorrente chinesa Unitree também aposta na redução de custos de seus robôs. A empresa lançou em julho o modelo R1, que custa a partir de US$ 5.900 (cerca de R$ 32 mil). O modelo pode parecer caro, mas já é bem mais "acessível" que o robô G1, que custa a partir de US$ 16 mil (ou R$ 87 mil) e tem especificações mais avançadas. Celular roubado ou furtado? Veja como proteger acesso a apps de bancos Como o WhatsApp Web virou porta de entrada para ataque hacker com foco no Brasil Torres com câmeras se espalham por cidades e preocupam especialistas Unitree R1 Divulgação/Unitree Outra que aposta no mercado de robôs humanoides é a Tesla, do bilionário Elon Musk. A empresa apresentou o primeiro protótipo ao público em 2022 e, desde então, divulga pequenos vídeos de demonstração do dispositivo. Confira abaixo detalhes sobre três modelos de robôs humanoides: Figure 03, Unitree G1 e Optimus. Figure 03 O Figure 03 funciona como um robô faxineiro que consegue dobrar roupas, colocar peças na máquina de lavar, limpar móveis e organizar objetos. Ele ficou mais leve que seu antecessor – o peso caiu de 80 kg para 70 kg. Mas a altura de 1,72m, a velocidade de 1,2 m/s e a capacidade de transportar até 20 kg continuam iguais. O robô manteve a rede neural Helix, uma estrutura que busca simular o sistema cognitivo humano. Na nova geração, ele ganhou suporte para comandos de voz e um recurso de "memória", que o permite lembrar onde estão objetos. Robô faxineiro Figure 03 Divulgação/Figure Unitree G1 e R1 O Unitree G1 combina destreza motora com aprendizado por imitação e reforço. Ele tem 43 articulações controláveis e mãos capazes de manipular objetos delicados, além de sensores e câmera de profundidade para reconhecer o ambiente. O robô também tem um agente de IA integrado, microfones no pescoço, alto-falante no peito e bateria removível que facilita o uso contínuo. Unitree G1 Divulgação/Unitree O Unitree R1, o modelo mais barato, também apareceu na lista de melhores invenções da Time. A revista afirmou que o modelo atende a pesquisadores, educadores e desenvolvedores com projetos de inteligência artificial e robótica. O modelo pesa apenas 25 kg, conta com 26 articulações e consegue receber comandos de voz e processar imagens. Optimus (Tesla Bot) O Optimus, também chamado de Tesla Bot, é a aposta de Elon Musk para transformar a automação doméstica e industrial. O robô foi mostrado em vídeos realizando movimentos de Kung Fu, dobrando roupas e carregando caixas, embora ainda de forma lenta. O robô ainda está em fase de aprimoramento, mas já consegue reconhecer objetos, movimentar braços com precisão e responder a comandos básicos. Robô humanoide da empresa de Elon Musk 'luta' Kung Fu Musk mostra robô da Tesla dobrando camiseta

  10. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Exemplos de bioterrorismo ou sabotagem agrícola são bastante raros e muito difíceis de comprovar, já que são frequentemente marcados por operações secretas, acusações políticas e indícios. O caso "Fusarium graminearum" é o exemplo mais bem documentado até o momento de suspeita de terrorismo agrícola chinês contra uma democracia ocidental. Em julho de 2024, Zunyong Liu, 34, biólogo da Universidade de Zhejiang, em Guangzhou, no sudeste da China, foi revistado por funcionários da alfândega após aterrissar no Aeroporto Metropolitano de Detroit, nos EUA. Na bagagem: um emaranhado de lenços de papel, papel-filtro com círculos enigmáticos e quatro sacos plásticos com material vegetal marrom-avermelhado. Não se tratavam de ervas inofensivas, mas de Fusarium graminearum, um fungo que as autoridades americanas classificam como "potencial arma de terrorismo agrícola", capaz de destruir colheitas inteiras e intoxicar tanto animais quanto seres humanos. Liu inicialmente afirmou que iria visitar a namorada, Yunqing Jian, pós-doutoranda no laboratório da Universidade de Michigan. Mas, após pressão dos investigadores, ele admitiu ter escondido as amostras intencionalmente para cloná-las em laboratório e usá-las em outros experimentos. No celular de Liu, os investigadores do FBI encontraram literatura especializada sobre "guerra com patógenos vegetais" e transcrições de conversas com Jian que indicam planos coordenados de contrabando e tentativas anteriores de importar amostras proibidas. LEIA MAIS: Ataque no WhatsApp com foco no Brasil pode roubar senhas de usuários O que faz o café do Brasil ser tão cobiçado nos EUA Produção de soja em Indiana, nos Estados Unidos AP Photo/Michael Conroy Pesquisadores sob suspeita A namorada de Liu logo entrou na mira dos investigadores: segundo o FBI, ela é patrocinada pelo governo chinês e uma fiel apoiadora do Partido Comunista, além de pesquisar os mesmos patógenos em Michigan. Os investigadores acusam o casal de conspiração, contrabando, falso testemunho e fraudes consulares. Enquanto Liu foi deportada imediatamente para a China e permanece fora do alcance da justiça americana, Jian segue detido, aguardando audiência para possível pagamento de fiança. 'Flor-cadáver' floresce e atrai multidão para o Jardim Botânico de Varsóvia Guerra secreta por sementes e esporos Já em 2020, vários estados americanos alertaram sobre pacotes inesperados vindos da China que foram recebidos por moradores. As autoridades agrícolas levantaram a suspeita de que se tratava de sementes desconhecidas de espécies invasoras de plantas. "As espécies invasoras causam danos devastadores ao meio ambiente, suplantam ou destroem plantas e insetos nativos e causam graves danos às colheitas", declarou à época o Ministério da Agricultura e do Consumidor do estado da Virgínia. Agora, cresce nos EUA a preocupação de que o que começou como um intercâmbio científico possa ter sido parte de uma estratégia secreta para enfraquecer a agricultura americana, suscitando "sérias preocupações com a segurança nacional" por parte de especialistas e políticos. O caso dos pesquisadores chineses é um bom exemplo dessa nova ameaça de agroterrorismo na era da guerra híbrida: ataques direcionados à produção de alimentos por meio da introdução ou alteração seletiva de agentes patogênicos perigosos. É verdade que o Fusarium graminearum já é nativo dos EUA. O fungo faz com que os grãos de trigo e cevada fiquem murchos e pequenos. No milho, causa a podridão da espiga. Mas o verdadeiro perigo seria uma variante geneticamente modificada, contra a qual nenhum tratamento seria eficaz. Até o momento, não há provas de que as amostras contrabandeadas tenham sido realmente manipuladas. O perigo, no entanto, é real e alarmante. Bioterrorismo e IA: o novo front Além dos métodos clássicos de contrabando, a possibilidade de otimizar organismos nocivos com a ajuda da biologia sintética ou a partir da concepção de proteínas baseada em IA está ganhando importância. Cientistas alertam há muito tempo que as ferramentas para alterar fungos, esporos, vírus e proteínas tóxicas podem não ter apenas objetivos pacíficos, mas também fins potencialmente bélicos. "A engenharia de proteínas é uma pesquisa de mão dupla. Ela pode ter efeitos extremamente positivos, por exemplo, no desenvolvimento de vacinas, em terapias baseadas em genes, em conceitos de diagnóstico e terapia individualizados e em doenças para as quais até agora há poucos ou nenhum tratamento disponível", afirma Birte Platow, professora da Universidade Técnica de Dresden e "Ao mesmo tempo, essa pesquisa é de alto risco, pois a mesma tecnologia pode ter efeitos potencialmente prejudiciais. Um exemplo é a síntese acidental ou intencional de genes que codificam proteínas perigosas, como o desenvolvimento de armas biológicas", pondera Platow, que também é membro do Centro de Competência em IA ScaDS.AI da mesma universidade. O Escritório de Avaliação de Impactos Tecnológicos do Parlamento alemão também diz que as tecnologias de dupla utilização e a concepção de proteínas baseada em IA tornam os ataques a infraestruturas críticas, à agricultura e às cadeias de abastecimento tecnicamente mais fáceis e acessíveis. Dirk Lanzerath, diretor do Centro Alemão de Referência para Ética nas Ciências Biológicas, tem opinião semelhante: "As tecnologias de dupla utilização caracterizam-se pelo fato de que, além de terem uma utilidade civil, também podem ser utilizadas indevidamente para fins militares ou criminosos". Por isso, os pesquisadores sempre enfrentam um dilema. "Por um lado, a concepção de proteínas baseada em IA abre oportunidades para o desenvolvimento aprimorado de vacinas e a produção acelerada de medicamentos, mas, por outro, traz o risco de facilitar a produção de armas biológicas", afirma Lanzerath. Na avaliação da IA e da pesquisa de dupla utilização, também são incluídos especialistas em ética, como Lanzerath, e teólogos, como Platow. A expertise de outras áreas deve ajudar a situar a pesquisa no contexto social, questionar normas e incluir sistematicamente o senso de responsabilidade. LEIA MAIS: Projeto Stargate: como serão novos data centers bilionários nos EUA 'Shutdown' no governo Trump piora cenário já difícil para agricultores dos EUA Risco biológico, lixo tóxico ArtPhoto_studio/Freepik Lacunas de segurança Para complicar ainda mais a avaliação de riscos, os atuais mecanismos de segurança não são satisfatórios: um estudo recente mostra que os modelos modernos de IA podem gerar variantes proteicas perigosas que escapam aos sistemas de controle convencionais. "As proteínas geradas por IA podem ter propriedades comparáveis às proteínas naturais, mas diferem na sequência de DNA. Se for uma proteína potencialmente perigosa, os sistemas de controle 'ignoram' o perigo", explica Platow. Pesquisa global na zona cinzenta É justamente o sigilo em torno de pesquisas altamente sensíveis que dificulta um controle eficaz: a maioria dos avanços tecnológicos em IA e biotecnologia ocorre em laboratórios privados ou públicos que restrigem acesso por motivos estratégicos ou devido a patentes. Até o momento, não existem órgãos de controle internacionais independentes, e não há monitoramento global. Também não existem regulamentações internacionais vinculativas e efetivamente aplicáveis para o controle da biotecnologia e da IA. Os acordos internacionais mais importantes são a Convenção para a Proibição de Armas Biológicas e Toxínicas (CPAB) e o Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança. A CPAB proíbe o desenvolvimento e o uso de armas biológicas, mas não possui um sistema próprio de controle ou verificação – por isso, as violações são difíceis de detectar e faltam órgãos de monitoramento. Iniciativas regionais, como a Lei de IA da União Europeia (UE), regulamentam o uso de sistemas de IA de alto risco e exigem transparência, mas são válidas apenas dentro do bloco. Assim, a comunidade científica e as empresas apostam em códigos de ética e compromissos voluntários, cuja eficácia é muito limitada, tendo em vista o rápido desenvolvimento tecnológico e a possibilidade de projetos de pesquisa secretos.

  11. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O WhatsApp liberou no Brasil na segunda-feira (13/10) uma nova ferramenta de inteligência artificial que promete poupar tempo e facilitar a leitura de conversas longas. O recurso, chamado de "resumo de mensagens", é capaz de sintetizar automaticamente o conteúdo de grupos ou chats individuais, destacando apenas os pontos mais relevantes. A novidade chega primeiro aos usuários brasileiros, em português, antes de ser implementada em outros países e idiomas. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Até o momento, nenhum outro país recebeu a função de forma pública e estável. Antes disso, havia apenas testes internos e versões experimentais limitadas em inglês, mas sem liberação ampla. A Meta confirmou que a ferramenta chegará "em breve" a outros idiomas e regiões, e a liberação, segundo a empresa, será gradual ao longo dos próximos dias. WhatsApp BBC/Getty Images Veja mais: Por que cada vez mais analistas falam em 'bolha' da inteligência artificial prestes a estourar Como o WhatsApp Web virou porta de entrada para ataque hacker com foco no Brasil Mensagens seguem criptografadas, segundo a Meta A função utiliza uma tecnologia chamada processamento privado, que permite à Meta AI — o sistema de inteligência artificial da empresa — gerar os resumos sem que o WhatsApp ou a própria Meta tenham acesso às mensagens. A empresa garante que o conteúdo das conversas continua protegido pela criptografia de ponta a ponta, o mesmo sistema que impede qualquer outra pessoa, fora dos participantes, de ler o que foi trocado. O resumo produzido também permanece criptografado e visível apenas para o usuário que o solicitou. A novidade chega primeiro aos usuários brasileiros, em português, antes de ser implementada em outros países e idiomas BBC/Getty Images Segundo a Meta, nenhuma mensagem é armazenada durante o processo, e a tecnologia foi construída de maneira aberta e verificada por especialistas independentes. Além disso, o recurso é discreto: ninguém mais na conversa verá que o resumo foi gerado, preservando totalmente a privacidade do usuário. A proposta é ajudar quem se depara com dezenas ou centenas de mensagens acumuladas a se atualizar de forma rápida, sem precisar percorrer cada linha da conversa. Como ativar Por padrão, o uso da inteligência artificial vem desativado. Para ativá-lo, o usuário deve acessar as configurações de bate-papo e habilitar o processamento privado. Também é possível limitar o uso da IA nas próprias conversas, ativando a opção "privacidade avançada de conversas" em cada chat, o que impede que a ferramenta seja aplicada àquelas mensagens específicas. A Meta afirma que os recursos de inteligência artificial no WhatsApp seguirão três princípios: livre escolha, para garantir que o uso da IA seja sempre opcional; transparência, com informações claras sobre quando a tecnologia está em ação; e controle do usuário, permitindo ajustes adicionais de segurança em conversas consideradas mais sensíveis. A empresa pretende expandir gradualmente as funções baseadas em IA no aplicativo, mantendo o foco em privacidade e controle individual. Veja mais: Chefões das big techs se preparam para 'fim dos tempos': devemos nos preocupar também? Como a inteligência artificial é usada para criar deepfakes com síndrome de Down em conteúdo sexual lucrativo Torres com câmeras se espalham e levantam alerta sobre privacidade

  12. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O CEO da OpenAI, Sam Altman, afirmou na terça-feira (14) que o ChatGPT vai ser capaz de gerar conteúdo erótico para adultos verificados a partir de dezembro. O executivo afirmou que a mudança faz parte do princípio da OpenAI de "tratar usuários adultos como adultos" e será feita à medida que recursos de restrição de idade forem implementados de forma mais abrangente no assistente de inteligência artificial. A OpenAI não deu detalhes sobre os métodos de verificação de idade ou controles adicionais de segurança para limitar esse conteúdo apenas para adultos. Em setembro, a empresa anunciou que estava desenvolvendo uma tecnologia de prognóstico baseado na idade, que estima se um usuário é maior ou menor de 18 anos e como interage com o ChatGPT. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça Ainda segundo Altman, a decisão foi tomada após a OpenAI tornar o ChatGPT mais restrito para haver mais cuidado em relação a questões de saúde mental. "Sabemos que isso acabou tornando a experiência menos útil ou agradável para muitos usuários que não enfrentavam esses problemas, mas, diante da seriedade do tema, queríamos fazer tudo da maneira certa", explicou. Sam Altman, CEO da OpenAI Yuichi YAMAZAKI / AFP Celular roubado ou furtado? Veja como proteger acesso a apps de bancos Como o WhatsApp Web virou porta de entrada para ataque hacker com foco no Brasil Torres com câmeras se espalham por cidades e preocupam especialistas Nos últimos meses, a OpenAI foi processada por pais que a acusam de prejudicar a saúde mental e até incentivar o suicídio de filhos adolescentes. Um desses casos é do adolescente Adam Raine, da Califórnia, que se suicidou no começo deste ano. Em uma ação judicial, seus pais asseguraram que o ChatGPT o aconselhou especificamente em como tirar a própria vida. A empresa reagiu com novos recursos que prometem controlar o uso por menores e avisa pais sobre conversas sensíveis – veja como ativar. A Comissão Federal de Comércio (FTC) dos Estados Unidos também iniciou uma investigação contra várias empresas de tecnologia, inclusive a OpenAI, sobre como os chatbots afetam potencialmente de forma negativa as crianças e os adolescentes. "Dada a seriedade deste assunto, queremos fazer isto bem", disse Altman na terça. Ele assegurou que as novas ferramentas de segurança da OpenAI permitirão à empresa diminuir as restrições enquanto continuam abordando riscos graves de saúde mental. Os planos da OpenAI incluem o lançamento de uma versão atualizada do ChatGPT, que permitirá aos usuários adaptarem a personalidade de seu assistente de IA, incluindo opções para respostas mais humanas, uso intensivo de emojis ou comportamento amistoso. DeepSeek, ChatGPT e Gemini: qual é a melhor inteligência artificial? Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas

  13. Volkswagen Nivus GTS: veja como acelera a versão esportiva do SUV O aplicativo de mobilidade Uber anunciou mudanças nos critérios para aceitar veículos nas categorias Black e Comfort — consideradas de nível premium pela empresa — a partir de janeiro de 2026. Com isso, modelos como Citroën Basalt e Renault Kardian ficaram de fora da nova lista. Uber Black Na categoria Black, as alterações envolvem tanto o ano mínimo de fabricação quanto os modelos que não serão mais aceitos. Nas principais capitais do país, por exemplo, o Volkswagen Virtus só será aceito se for fabricado a partir de 2026. Já modelos como Renault Duster, Volkswagen Nivus e Honda City só poderão operar na categoria se foram fabricados a partir de 2023. Nas cidades de São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Brasília (DF), Florianópolis (SC), Vitória (ES), Fortaleza (CE) e Goiânia (GO), os veículos precisam ter fabricação mínima de 2019. Em Belo Horizonte (MG), Recife (PE), Salvador (BA) e Campinas (SP), apenas carros fabricados a partir de 2018 serão aceitos. No Rio de Janeiro (RJ), o critério é ainda mais flexível: veículos fabricados a partir de 2017 poderão atuar na categoria. Veja a lista dos modelos excluídos da categoria Black: Carros excluídos da categoria Black Para que um carro seja aceito na categoria Black, além do modelo, a Uber estabelece critérios como: Ar-condicionado; Quatro portas; Cores permitidas: preto, chumbo, prata, cinza, azul-marinho, marrom ou branco. Além disso, os motoristas precisam ter realizado mais de 100 viagens em outras categorias da plataforma (exceto Uber Moto, Envios Moto e Uber Táxi) e manter uma média de avaliação de usuários igual ou superior a 4,85 pontos. Segundo a empresa, as mudanças foram definidas com base em pesquisas com usuários e análises do mercado automotivo. “Os veículos da nova lista foram determinados com base em aspectos apontados pelos usuários como importantes na hora de escolher viagens nas categorias Comfort e Black”, informou a Uber em comunicado. Citroën Basalt divulgação/Citroën LEIA MAIS Shineray estreia linha premium no Brasil com moto de R$ 33 mil; veja detalhes Juros altos e fim do acordo comercial com a Colômbia pesam e produção de carros cai em setembro, diz Anfavea O que é a viscosidade do óleo lubrificante de carro? Uber Comfort A categoria Comfort, que está logo abaixo da Black, também terá mudanças. “Teremos alteração tanto no ano mínimo de fabricação quanto nos modelos aceitos”, diz o comunicado. O único modelo que será excluído da categoria Comfort, independentemente do ano de fabricação, é o sedã Renault Logan. A nova regra começa a valer em 6 de janeiro de 2026. Veja o ano mínimo de fabricação que cada modelo precisa ter para continuar a operar na categoria Comfort: Mudanças na categoria Comfort As exigências para os veículos da categoria Comfort incluem: Ar-condicionado; Quatro portas. Os motoristas também devem ter mais de 100 viagens em outras categorias da plataforma (exceto Uber Moto, Envios Moto e Uber Táxi). A média mínima de avaliação varia conforme a cidade: 4,85 pontos para Brasília, Caxias do Sul, Curitiba, Joinville, Londrina e Porto Alegre; 4,80 pontos para as demais cidades do país. Renault Kardian com câmbio manual divulgação/Renault

  14. Veja os vídeos que estão em alta no g1 O cofundador e CEO da OpenAI, Sam Altman, surpreendeu ao responder a perguntas de jornalistas durante a conferência DevDay nesta semana, algo raro entre executivos de tecnologia. Altman admitiu que há partes do segmento de inteligência artificial que "estão meio infladas neste momento". "Sei que é tentador escrever uma reportagem falando em bolha", disse Altman respondendo à pergunta da BBC, sentado ao lado dos principais profissionais da OpenAI, responsável por produtos como o ChatGPT. No Vale do Silício, região dos Estados Unidos onde estão sediadas as principais empresas de tecnologia, o debate sobre se as empresas de inteligência artificial (IA, ou AI, em inglês) estão supervalorizadas tem ganhado fôlego. Céticos, alguns apenas em ambientes privados e outros agora na esfera pública, questionam se a disparada no valor de mercado dessas empresas pode ser, ao menos em parte, resultado do que chamam de "engenharia financeira". Em outras palavras, há quem tema que essas empresas estejam valendo mais do que deveriam. Altman disse esperar ver investidores cometendo erros e startups sem futuro faturando fortunas. Mas ele ressaltou que, com a OpenAI, "algo de verdade está acontecendo". Nem todos estão convencidos. Data center da Meta em Indiana, nos Estados Unidos Divulgação/Meta Nos últimos dias, alertas sobre uma bolha da IA vieram do Banco da Inglaterra, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e também de Jamie Dimon, chefe do banco JP Morgan, que disse à BBC que "o nível de incerteza deveria estar mais presente na mente da maioria das pessoas". E aqui no Vale do Silício, frequentemente considerado o polo tecnológico do mundo, as preocupações crescem. Em debate realizado no Museu da História do Computador, no Vale do Silício, também nesta semana, o pioneiro em IA Jerry Kaplan disse a uma plateia lotada que já viveu quatro bolhas. Ele está especialmente preocupado agora, dado o montante de dinheiro em jogo, que é muito maior do que na chamada bolha das empresas "ponto com" — como ficou conhecida a crise de especulação que aconteceu na bolsa americana no final dos anos 1990. Há muito mais a perder. "Quando [a bolha] estourar, vai ser muito ruim, e não apenas para quem trabalha com IA", disse. "Vai arrastar o restante da economia junto." Apesar das preocupações, alguns especialistas veem oportunidades. Na Stanford Graduate School of Business, que formou diversos empreendedores de tecnologia, a professora Anat Admati afirma que é difícil prever uma bolha e só é possível ter certeza após seu estouro. "É muito difícil prever uma bolha. E você não pode afirmar com certeza que estava em uma até que ela tenha estourado", disse. Mas os dados preocupam muitos. Empresas ligadas à IA responderam por 80% dos ganhos surpreendentes da Bolsa americana neste ano, e a Gartner, empresa americana de pesquisa e consultoria em tecnologia da informação, estima que os gastos globais com IA devem chegar a US$ 1,5 trilhão (cerca de R$ 8,4 trilhões) antes do fim de 2025 — a título de comparação, a soma de todos os bens e serviços produzidos (PIB) no Brasil em 2024 chegou a R$ 11,7 trilhões. Data centers de IA podem consumir energia equivalente à de milhões de casas Um emaranhado de acordos A OpenAI, que popularizou a IA com o ChatGPT em 2022, está no centro de um emaranhado de acordos atualmente sob intensa análise. Por exemplo, em setembro de 2025, a OpenAI firmou um contrato de US$ 100 bilhões (cerca de R$ 560 bilhões) com a fabricante de chips Nvidia, atualmente a companhia de capital aberto mais valiosa do mundo. Em agosto, a Nvidia divulgou uma receita de US$ 46,7 bilhões (cerca R$ 247,5 bilhões) no segundo trimestre do ano, um aumento de 56% em relação ao mesmo período de 2024. O acordo amplia um investimento anunciado anteriormente no caminho inverso, da Nvidia na OpenAi, com a expectativa de que a OpenAI construa centros de dados usando os chips avançados da Nvidia. Mas na segunda-feira (13/10), a OpenAI anunciou planos de comprar equipamentos de desenvolvimento de IA no valor de bilhões de dólares da AMD, fabricante de chips rival da Nvidia, em um negócio que pode torná-la uma das maiores acionistas da empresa. Vale lembrar que a OpenAI é uma companhia privada, sem ações negociadas na Bolsa de Valores, embora recentemente tenha sido avaliada em meio trilhão de dólares (cerca de R$ 2,8 trilhões). A gigante de tecnologia Microsoft também é investidora significativa na OpenAI, e a empresa de computação em nuvem Oracle mantém um contrato de US$ 300 bilhões (cerca de R$ 1,7 trilhão) com a OpenAI. O projeto Stargate da OpenAI, no Estado americano do Texas, financiado com apoio da Oracle e do conglomerado japonês SoftBank e anunciado na Casa Branca durante a primeira semana do governo Donald Trump, cresce a cada mês. Além disso, a Nvidia detém participação na startup de IA CoreWeave, que fornece parte da enorme infraestrutura da OpenAI. Especialistas do Vale do Silício alertam que, à medida que esses arranjos financeiros complexos se tornam cada vez mais comuns, eles podem estar distorcendo a percepção sobre a demanda por IA. Algumas pessoas não estão poupando palavras sobre o assunto, chegando a chamar os acordos de "financiamento circular" ou até de "financiamento de fornecedor", quando uma empresa investe ou empresta dinheiro a seus próprios clientes para que eles continuem comprando. "Sim, os empréstimos de investimento são sem precedentes", disse Altman na segunda-feira (13/10). Mas ele acrescentou: "Também é sem precedentes empresas crescerem em receita tão rápido." A receita da OpenAI cresce rapidamente, mas é importante ressaltar que a companhia nunca teve lucro. E não é um bom sinal que as pessoas com quem a BBC conversou continuem mencionando a Nortel, a fabricante canadense de equipamentos de telecomunicações que tomou empréstimos de forma intensa para financiar negócios de seus clientes e, assim, inflar artificialmente a demanda por seus produtos. Por sua vez, Jensen Huang, da Nvidia, defendeu o acordo com a OpenAI à CNBC na segunda-feira (13/10), afirmando que a empresa não é obrigada a comprar a tecnologia da sua companhia com o dinheiro investido. "Eles podem usar como quiserem", disse Huang. "Não há exclusividades. Nosso objetivo principal é apoiá-los e ajudá-los a crescer, e fazer o ecossistema crescer também." Sinais claros Kaplan, pioneiro em IA, identifica sinais de que o setor e, portanto, a economia em geral, pode estar em apuros. Em momentos de euforia, diz ele, empresas anunciam grandes iniciativas e planos de produtos para os quais ainda não têm capital. Enquanto isso, investidores de varejo se apressam para entrar na onda das startups. A valorização das ações da fabricante de chips AMD nesta semana pode indicar que investidores tentam lucrar com a máquina de riqueza do ChatGPT e, enquanto isso acontece, a infraestrutura física real, destinada a atender à aparentemente insaciável demanda por mais desenvolvimento de IA, está sendo construída. "Estamos criando um novo desastre ecológico feito pelo homem: enormes centros de dados em locais remotos, como desertos, que vão enferrujar e liberar substâncias nocivas ao meio ambiente, sem ninguém para ser responsabilizado, porque construtores e investidores já terão ido embora", disse Kaplan. Hoje, há 162 data centers espalhados pelo Brasil, conforme estimativas da Associação Brasileira de Data Centers (não há dados públicos oficiais), com capacidade instalada em torno de 750MW e 800MW. Algo dessa magnitude, para efeito de comparação, é semelhante ao consumo de energia de uma cidade de cerca de 2 milhões de habitantes, conforme estimativas feitas por técnicos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) a pedido da reportagem. Usando a mesma analogia do consumo de eletricidade por habitante (que não é uma comparação perfeita, mas serve para dar dimensão da magnitude), a demanda por energia projetada para os data centers em 2038 equivaleria à de uma cidade de 43 milhões de habitantes, quase quatro vezes a população da cidade de São Paulo (11,5 milhões, conforme o Censo 2022). Data centers que têm a capacidade de treinar, implementar e disponibilizar aplicações e serviços de IA são equipados com circuitos eletrônicos com chips de alto desempenho (como o H100 da Nvidia) que consomem muito mais energia do que os tradicionais. Com a popularização do uso da inteligência artificial, contudo, a expansão prevista para a próxima década deve multiplicar esse número em mais de 20 vezes. Mesmo que estejamos em uma bolha, a esperança do Vale do Silício é que os investimentos feitos agora não se percam necessariamente. "O que me conforta é que a internet foi construída sobre as cinzas do excesso de investimento na infraestrutura de telecomunicações de ontem", disse Jeff Boudier, que desenvolve produtos no hub de IA Hugging Face. "Se há excesso de investimento em infraestrutura para cargas de trabalho de IA, pode haver riscos financeiros associados", afirmou. "Mas isso vai viabilizar muitos novos produtos e experiências, incluindo aqueles que nem estamos imaginando hoje." Há muitos que acreditam no potencial da IA de transformar a sociedade. A questão é se o dinheiro para financiar as ambições das principais empresas do setor pode estar se esgotando. "A Nvidia parece ser o credor ou investidor final", disse Rihard Jarc, fundador da newsletter UncoverAlpha. "Quem mais teria capacidade hoje de investir US$ 100 bilhões (cerca de R$ 560 bilhões) em outra empresa?"

  15. Veja os vídeos que estão em alta no g1 A polícia de Londres afirma ter desmantelado uma quadrilha internacional suspeita de contrabandear até 40 mil celulares roubados do Reino Unido para a China no último ano. A Polícia Metropolitana afirma que essa é a maior operação já realizada no Reino Unido contra roubos de telefones. As autoridades dizem que 18 suspeitos foram presos e mais de 2 mil aparelhos roubados foram encontrados. A polícia acredita que a gangue possa ser responsável pela exportação de até metade de todos os telefones roubados em Londres, onde ocorre a maioria dos roubos de celulares no Reino Unido. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A BBC News teve acesso à operação, incluindo detalhes sobre os suspeitos, seus métodos e às batidas policiais em 28 propriedades em Londres e Hertfordshire. A investigação foi iniciada depois que uma vítima rastreou um telefone roubado no ano passado. "Foi na véspera de Natal, quando uma vítima rastreou eletronicamente seu iPhone roubado até um armazém perto do aeroporto de Heathrow", disse o policial Mark Gavin. A equipe de segurança do aeroporto descobriu que o telefone estava em uma caixa com outros 894 telefones. Celular roubado ou furtado? Veja como proteger acesso a apps de bancos Como o WhatsApp Web virou porta de entrada para ataque hacker com foco no Brasil Torres com câmeras se espalham por cidades e preocupam especialistas A caixa à esquerda continha o telefone que deu início a toda a investigação BBC Os agentes descobriram que quase todos os telefones tinham sido roubados e estavam sendo enviados para Hong Kong. Outras remessas foram então interceptadas e os agentes utilizaram técnicas forenses nas embalagens para identificar dois homens. À medida que a investigação se concentrava nos dois homens, as imagens das câmaras corporais da polícia captaram os agentes, alguns com tasers em punho, realizando interceptação de um carro no meio da estrada. No interior, agentes encontraram dispositivos embrulhados em papel alumínio, em uma tentativa dos infratores de transportar os dispositivos roubados sem serem detectados. Vários telefones, alguns embrulhados em papel alumínio, foram encontrados no carro após a prisão dos dois cidadãos afegãos. BBC Os homens, ambos cidadãos afegãos na casa dos 30 anos, foram acusados de conspirar para receber bens roubados e conspirar para ocultar ou remover bens criminosos. Quando foram detidos, dezenas de telefones foram encontrados no carro e cerca de 2 mil outros aparelhos foram descobertos em propriedades ligadas a eles. Um terceiro homem, um cidadão indiano de 29 anos, foi acusado dos mesmos crimes. O detetive Gavin afirmou que "encontrar o carregamento original de telefones foi o ponto de partida para uma investigação que revelou uma quadrilha internacional de contrabando, que acreditamos ser responsável pela exportação de até 40% de todos os telefones roubados em Londres". Dois homens são presos durante uma abordagem no meio da estrada por um carro da polícia sem identificação, conforme visto nas imagens da câmera corporal. BBC Na semana passada, os policiais realizaram mais 15 prisões por suspeita de roubo, receptação de bens roubados e conspiração para roubar. Todos os suspeitos, exceto um, são mulheres, incluindo uma cidadã búlgara. Cerca de 30 dispositivos foram encontrados durante as batidas policiais realizadas na madrugada. O número de telefones roubados em Londres quase triplicou nos últimos quatro anos, passando de 28.609 em 2020 para 80.588 em 2024. Três quartos de todos os telefones roubados no Reino Unido são agora roubados em Londres. As mais de 20 milhões de pessoas que visitam a capital todos os anos e pontos turísticos como West End e Westminster são alvos potenciais para roubos e furtos de celulares. BBC News acompanhou policiais em operações contra gangue envolvida no contrabando de telefones BBC Os dados mais recentes do Escritório Nacional de Estatísticas revelaram que os "roubos pessoais" aumentaram em toda a Inglaterra e País de Gales em 15% no ano que terminou em março de 2025, atingindo o seu nível mais alto desde 2003. Acredita-se que a crescente demanda por telefones usados, tanto no Reino Unido quanto no exterior, seja um dos principais fatores por trás do aumento dos roubos — e muitas vítimas acabam nunca recuperando seus aparelhos. 'Estão deixando de traficar drogas e passando para a telefonia' "Estamos ouvindo dizer que alguns criminosos estão deixando de traficar drogas e passando para o negócio de telefonia, porque é mais lucrativo", disse a ministra da Polícia, Sarah Jones. "Se você rouba um telefone que vale centenas de libras, dá para entender por que os criminosos que estão um passo à frente e querem explorar novos crimes estão se voltando para esse ramo." Autoridades afirmam que a gangue criminosa tinha como alvo específico os produtos da Apple devido à sua lucratividade no exterior. A investigação da Polícia Metropolitana descobriu que os ladrões de rua estavam recebendo até 300 libras por aparelho (cerca de R$ 2,1 mil) - e a polícia afirmou que os dispositivos roubados estão sendo vendidos na China por até 4 mil cada (R$ 28,5 mil), uma vez que têm acesso à Internet e são mais atraentes para aqueles que tentam contornar a censura. Os ladrões de celulares costumam usar bicicletas elétricas ou ciclomotores para fugir em alta velocidade BBC 'Maior operação do país' O comandante Andrew Featherstone, responsável pelo combate ao roubo de celulares na Polícia Metropolitana, afirmou: "Esta é a maior operação contra o roubo e furto de celulares no Reino Unido, no âmbito da série de operações mais extraordinárias que a Polícia Metropolitana já realizou." "Desmantelamos redes criminosas em todos os níveis, desde ladrões de rua até grupos internacionais do crime organizado que exportam dezenas de milhares de dispositivos roubados todos os anos." Muitas vítimas de roubo de telefones têm criticado a polícia por não fazer o suficiente. As reclamações mais frequentes incluem o fato de os policiais não prestarem assistência quando as vítimas informam à polícia a localização exata em tempo real de seus telefones roubados usando o Find My iPhone da Apple ou serviços de rastreamento semelhantes. 'Acho que a Polícia deveria fazer muito mais' No ano passado, Natalie Mitchel, 29 anos, teve seu celular roubado na Oxford Street, no centro de Londres. Ela entrou em contato com a BBC para dizer que agora se sente nervosa quando visita a capital. "É realmente desconcertante estar aqui e, obviamente, não tenho certeza de quem está ao meu redor. Estou preocupada com minha bolsa, estou preocupada com meu celular", disse ela. "Acho que a Polícia Metropolitana deveria fazer muito mais — talvez instalar mais câmeras de vigilância ou ver se há alguma maneira de colocar policiais à paisana para lidar com esse problema." Por sua vez, a Polícia Metropolitana — que nos últimos meses tem publicado no TikTok e em outras plataformas de mídia social vários vídeos de policiais enfrentando ladrões de celulares — afirma que os roubos pessoais diminuíram 13% e os furtos caíram 14% em Londres neste ano. Ela afirma que até 80 policiais a mais estão se juntando à equipe do West End para se concentrar em crimes como roubo de celulares. A força policial terá que dispensar quase 2 mil policiais, além de cortar vários serviços para lidar com um rombo de 260 milhões de libras (R$ 1,8 bilhão) em seu orçamento no próximo ano. O prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse que a Polícia Metropolitana estava reforçando o policiamento visível em toda a cidade e realizando operações especiais em áreas críticas, como Westminster e West End, o que resultou em centenas de prisões e milhares de aparelhos celulares apreendidos. Criticando a facilidade com que os telefones roubados podem ser reutilizados, ele acrescentou: "Continuarei a exortar a indústria de telefonia móvel a agir com mais rigor e rapidez no combate a esse crime, tornando os aparelhos roubados inutilizáveis". "Precisamos de uma ação global coordenada para acabar com esse comércio e construir uma Londres mais segura para todos." Oxford Street, no centro de Londres, é um dos pontos em que turistas são alvos de furtos BBC


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O Blog do Anísio Alcântara foi publicado no dia 25 de Março de 2012