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Francesa perdeu R$ 5,13 milhões após acreditar que estava tendo um relacionamento virtual com o ator a partir de imagens geradas com inteligência artificial. Brad Pitt posa no tapete vermelho do Globo de Ouro 2020
Jordan Strauss/AP
Depois de perder todas as suas economias para um "falso Brad Pitt" criado com inteligência artificial, uma francesa de 53 anos tenta encontrar os golpistas na Nigéria, um país onde esse tipo de fraude é comum.
Os criminosos enganaram a vítima, identificada como Anne pela emissora francesa TF1, fazendo-a acreditar que estava tendo um relacionamento virtual com a estrela de Hollywood de 61 anos, usando fotos geradas por inteligência artificial.
O caso ilustra como criminosos nigerianos, conhecidos por suas artimanhas na internet, usam novas tecnologias para enganar suas vítimas.
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Segundo o relato de Anne ao TF1, alguém se passando pela mãe de Brad Pitt a contatou no Instagram depois que ela postou algumas fotos esquiando nas montanhas francesas.
Os golpistas a convenceram de que o ator precisava urgentemente de dinheiro para pagar um tratamento renal porque suas contas estavam congeladas devido ao processo de divórcio de Angelina Jolie.
A advogada da vítima, Laurène Hanna, disse que sua cliente perdeu 830 mil euros (5,13 milhões de reais).
Anne e seu advogado recorreram ao fundador de um site de rastreamento de golpistas que, segundo o jornal francês Le Parisien, os localizou na Nigéria.
"Yahoo Boys"
O país mais populoso da África é conhecido por ser a base de muitos golpistas digitais, conhecidos em sua comunidade como "Yahoo Boys".
A presença deles na cultura popular não para de crescer desde que o astro da música afrobeat Olu Maintain lançou sua música "Yahooze" em 2007, que elogia esses criminosos.
Desde então, muitas músicas sobre esses criminosos cibernéticos se tornaram grandes sucessos na Nigéria.
A inteligência artificial deu a eles "uma nova ferramenta" que "apagará o grande avanço feito" no combate a esses crimes, disse o especialista em crimes cibernéticos Timothy Avele.
Em julho, a Meta, dona do Instagram, Facebook, Threads e WhatsApp, removeu 63.000 contas do Instagram vinculadas a golpes de extorsão sexual no país do oeste da África.
Nesses casos, os criminosos geralmente se passam por mulheres jovens e convencem homens ou adolescentes a enviar fotos comprometedoras para que possam extorquir dinheiro deles.
Cerca de dois meses após a decisão de Meta, dois irmãos nigerianos, Samuel e Samson Ogoshi (24 e 21 anos), foram condenados a 210 meses de prisão cada um por terem "explorado sexualmente e extorquido mais de 100 vítimas", incluindo 11 menores.
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Máfias estrangeiras
"Máfias estrangeiras do crime cibernético" também estão tirando proveito das fraquezas da Nigéria nessa área e encontram no país "um lugar lucrativo para estabelecer seus centros de operações", diz Avele.
O porta-voz da agência anticorrupção Comissão de Crimes Econômicos e Financeiros (EFCC), Dele Oyewale, diz que sua equipe está preparada para "combater todos os crimes emergentes, incluindo aqueles baseados em IA".
No mês passado, a EFCC disse ter prendido 792 suspeitos em uma única operação em um bairro nobre de Lagos, centro econômico e comercial da Nigéria. Pelo menos 192 suspeitos eram estrangeiros, 148 deles chineses, disse a agência.
Seu porta-voz disse que gangues estrangeiras recrutam cúmplices nigerianos para procurar vítimas na Internet, especialmente nos Estados Unidos, Canadá, México e Europa.
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Ação coletiva alega que plataforma alterou política tendo ciência de que a privacidade dos clientes estava sendo violada. Empresa diz que alegações são "falsas e sem mérito". 10 dicas para usar o LinkedIn e conquistar a vaga dos sonhos em 2024
Getty Images/via BBC
O LinkedIn, controlado pela Microsoft, está sendo processado por usuários premium da plataforma que alegam que a rede social corporativa divulgou suas mensagens privadas a terceiros, sem permissão, para treinar modelos de inteligência artificial generativa.
A proposta de ação coletiva, apresentada na noite de terça-feira (21) em nome de milhões de usuários do LinkedIn Premium, diz que a plataforma introduziu discretamente uma configuração de privacidade em agosto do ano passado que permite aos usuários ativar ou desativar o compartilhamento de seus dados pessoais.
Os clientes disseram que o LinkedIn, então, atualizou sua política de privacidade em 18 de setembro para constar que os dados poderiam ser usados para treinar modelos de IA e comunicou, em um hiperlink direcionado a "perguntas frequentes", que a desativação "não afeta o treinamento que já ocorreu".
Segundo a denúncia, houve uma tentativa de "cobrir os rastros", sugerindo que o LinkedIn estava plenamente ciente de que violou a privacidade dos clientes e o compromisso de usar dados pessoais apenas para apoiar e melhorar sua plataforma.
Em comunicado, o LinkedIn disse que as alegações são "falsas e sem mérito".
A ação foi movida no tribunal federal de San José, na Califórnia, em nome dos clientes do LinkedIn Premium que enviaram ou receberam mensagens e cujas informações privadas foram divulgadas a terceiros para treinamento de IA antes do dia 18 de setembro.
O processo busca reparação por danos devido à quebra de contrato e violações da lei de concorrência desleal da Califórnia, além de US$ 1.000 por pessoa por violações da legislação federal sobre comunicações armazenadas.
A ação foi movida horas depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar uma parceria do governo com a OpenAI - criadora do ChatGPT e apoiada pela Microsoft -, Oracle e SoftBank para construir infraestrutura de IA nos Estados Unidos. O investimento previsto é de US$ 500 bilhões.
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Bilionário colocou dúvidas sobre a chegada do dinheiro por parte de investidores e atacou a OpenAI e seu CEO, Sam Altman, que estão envolvidos na empreitada. Elon Musk chegando para reunião com o líder republicano eleito do Senado, John Thune
REUTERS/Benoit Tessier
O bilionário Elon Musk colocou dúvidas sobre o projeto Stargate, anunciado na terça (21) pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que prevê investimentos de até US$ 500 bilhões em inteligência artificial.
Musk, que faz parte do novo governo Trump, disse que o dinheiro para a empreitada ainda não está disponível. A afirmação ocorreu em uma resposta do bilionário a uma publicação da OpenAI, criadora do ChatGPT, no X.
A OpenAI é uma das empresas parceiras do Stargate, junto da Oracle, de gerenciamento de servidores e bancos de dados, e do banco SoftBank. Musk ajudou a fundar a criadora do ChatGPT, mas deixou a empresa e entrou em conflito com seu CEO, Sam Altman.
Ao responder ao post da OpenAI anunciando o projeto Stargate, Musk respondeu que "eles não têm o dinheiro, na verdade". "O SoftBank tem bem menos de US$ 10 bilhões garantidos. Tenho isso de fonte confiável", acrescentou ele.
Altman então respondeu a Musk: "Errado, como você certamente sabe". Ele também convidou o empresário a visitar o primeiro local do Stargate, no Texas, que já está em construção.
"[O projeto] É ótimo para o país. Eu percebo que o que é ótimo para o país nem sempre é o ideal para suas empresas, mas em sua nova função espero que você coloque os EUA em primeiro lugar", escreveu o CEO da OpenAI, em alusão ao cargo de Musk no governo.
Altman foi um dos executivos presentes ao lado de Trump no anúncio do investimento, junto com Masayoshi Son, do SoftBank, e Larry Ellison, da Oracle.
Ainda na quarta, o dono da Tesla e do X lançou uma série de postagens críticas a Sam Altman e à OpenAI, acusando a empresa e o CEO de fazerem “propaganda antiamericana”, entre outros ataques.
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A disputa entre Musk e Sam Altman
O conflito público sobre o Stargate é parte de uma disputa de anos entre Musk e Altman. Ela começou com um duelo sobre quem deveria comandar a OpenAI, que ambos ajudaram a fundar, segundo a Associated Press.
Musk, um dos primeiros investidores e membro do conselho da OpenAI, processou a criadora do ChatGPT no ano passado alegando que ela havia traído seus objetivos de ser um laboratório de pesquisa sem fins lucrativos que beneficiaria o bem público.
Desde então, Musk escalou a disputa, entrando com uma ordem judicial que interromperia os planos da OpenAI de se converter integralmente em um negócio com fins lucrativos. Em fevereiro, um tribunal federal da Califórnia realizará uma audiência sobre o caso.
Musk lançou no ano passado sua própria empresa de inteligência artificial, a xAI, que está construindo um grande data center em Memphis, Tennessee.
O bilionário diz que enfrenta concorrência desleal da OpenAI e de sua parceira de negócios, a Microsoft, que forneceu os recursos de computação necessários para construir sistemas de IA como o ChatGPT.
Trump anuncia acordo para investimento de U$ 500 bilhões em Inteligência Artifical
O que é o projeto Stargate
De acordo com a agência Associated Press, o projeto Stargate já está começando a construir data centers e a geração de eletricidade necessária para o desenvolvimento da tecnologia de IA.
No anúncio do investimento, Trump destacou que o Stargate estabelecerá a infraestrutura física e virtual necessária para impulsionar a próxima geração de avanços em IA, incluindo a construção de "data centers colossais".
Além de OpenAI, Oracle e Softbank, o Stargate também tem o MGX como investidor de capital. Ao mesmo tempo, gigantes do setor tecnológico como Arm, Microsoft e Nvidia, são os principais parceiros tecnológicos iniciais junto com a Oracle e a OpenAI.
A promessa do Stargate é gerar 100.000 empregos.
Desafios da IA
A inteligência artificial promete aumentar a produtividade com a automatização do trabalho, mas existe o risco de ela substituir empregos se for mal implementada.
Em outubro passado, a empresa financeira Blackstone estimou que US$ 1 trilhão seria investido em data centers ao longo de cinco anos nos EUA, com outro US$ 1 trilhão aplicado em outros países.
As estimativas sugerem que grande parte do novo capital passará pelo projeto Stargate, já que a OpenAI se estabeleceu como líder do setor com o lançamento, em 2022, do ChatGPT, que cativou a imaginação do público com sua capacidade de responder a perguntas complexas e executar tarefas empresariais básicas.
A Casa Branca colocou esforços em geração de eletricidade, em antecipação à expansão da IA, considerando que os EUA estão em uma corrida competitiva contra a China para desenvolver a tecnologia cada vez mais adotada pelas empresas.
Ainda assim, a perspectiva de regulamentação da IA permanece incerta, já que Trump revogou um decreto assinado por Joe Biden em 2023 que criava padrões de segurança e uma marca d'água para conteúdo gerado por IA, entre outros pontos. A iniciativa visava colocar barreiras nos possíveis riscos da tecnologia para a segurança nacional e o bem-estar econômico.
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Ausência de todas as gigantes de tecnologia em audiência pública sobre mudanças na moderação de conteúdo e regulação das redes é criticada por especialistas, entidades e direção de órgãos públicos que debateram o tema por horas. Mark Zuckerberg, CEO da Meta
Reuters
Representantes de órgãos públicos, entidades e especialistas que passaram horas debatendo, nesta quarta-feira (22), a regulamentação das redes sociais criticaram a ausência e o silêncio, adotado em bloco, pelas big techs na audiência pública chamada pela AGU (Advocacia-Geral da União). O encontro era uma tentativa de entender e discutir o que pode ser feito sobre o tema, que já está em julgamento pelo Supremo Tribunal Federal.
O gatilho para a reunião foi a mudança na norma de moderação de conteúdo da Meta --dona de Facebook, Instagram e WhatsApp. A empresa passou a permitir comentários preconceituosos contra a comunidade LGBTQIA+, mulheres, imigrantes e ainda acabou com a checagem de fake News nos Estados Unidos.
Para um integrante da AGU ouvido pelo blog, a "mensagem transmitida pelas redes foi clara: 'não nos importamos'".
Após 'big techs' ignorarem debate, AGU vai levar ao STF 14 sugestões para regular redes sociais; veja lista
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Segundo ele, "se tivessem comparecido, poderiam ter exercido democraticamente seu papel de contestação" dos dados apresentados. "Estávamos ali representando os interesses de diversos grupos que, por questões jurídicas, enfrentam vulnerabilidades. Minha hipótese é que não foram porque não tinham argumentos para se contrapor. O nosso próximo encontro será no âmbito da Justiça, que terá a palavra final."
Representantes das principais plataformas, convidados, decidiram não comparecer e, em bloco, rejeitaram dar qualquer explicação à imprensa sobre a atitude.
A mudança de posição das plataformas, em especial da Meta, ocorre na esteira da eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. A posse do americano contou com os donos da Meta, do X, da Amazon e do Google nas primeiras fileiras do palanque. O TikTok, por sua vez, felicitou Trump publicamente em mensagem a seus usuários. O novo presidente americano prometeu impedir o banimento da plataforma nos EUA. A administração anterior, de Joe Biden, via risco à segurança nacional no envio de dados de milhões americanos ao app, que é chinês.
A audiência pública tratou com detalhe o uso das plataformas por menores de idade e seu impacto na formação de crianças e adolescentes. O diretor de políticas e direitos das crianças do Instituto Alana, Pedro Hartung, lembrou que 93% de crianças e adolescentes usam a internet no Brasil, 71%, usam o WhatsApp. Para ele, nesse caso as empresas nem sequer podem alegar funcionar como "praças públicas" do debate, mas sim como "shoppings". Trataria-se, portanto, de uma disputa comercial pela "economia da atenção e exploração comercial" de menores.
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O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou ao blog nesta quinta-feira (23) que "já esperava" a ausência de representantes das chamas "big techs" na audiência pública convocada para discutir uma proposta de regulamentação das redes sociais no país.
A audiência, feita nesta quarta (23) em Brasília com especialistas, deve resultar em uma lista de sugestões a serem enviadas ao Supremo Tribunal Federal (STF) – que julga, desde novembro, ações sobre a responsabilidade das redes sociais por conteúdo postado pelos usuários.
(CORREÇÃO: ao ser publicado, esse texto trazia uma lista com as 14 sugestões que seriam enviadas pela AGU ao STF. A AGU, no entanto, informou que esse documento ainda não está concluído e pode sofrer mudanças. A informação foi corrigida às 11h41.)
Segundo Messias, o convite às empresas foi enviado porque o governo não queria ser acusado, posteriormente, de tomar alguma medida sem ouvir todos os lados. Já havia uma expectativa, no entanto, de que as firmas não fossem enviar porta-vozes.
Como mostrou o blog do Camarotti nesta quarta, as sugestões devem virar um "adendo de memorial" a ser entregue aos ministros do STF. O julgamento dessas ações deve ser retomado a partir de fevereiro – e pode levar essas informações novas em consideração.
Big Techs recusam convite da AGU para debater políticas de moderação das redes sociais
A audiência pública foi convocada depois que uma mudança nas regras de moderação da Meta gerou polêmica em todo o mundo.
💻 A Meta é uma das maiores empresas de tecnologia do mundo e controla marcas como Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads.
Além da Meta, empresas como TikTok, X, Alphabet (Google e YouTube) e Kwai foram convidadas, mas não enviaram representantes.
Apesar dessa ausência no debate, Messias afirmou ao blog que o governo insistirá na tese de é que preciso haver um controle mínimo sobre os conteúdos nas redes sociais para proteger grupos vulneráveis – crianças, jovens, mulheres e a comunidade LGBTQIA+, por exemplo.
"Regular as redes sociais é um desafio complexo que envolve equilibrar a liberdade de expressão, a privacidade, a segurança e a responsabilidade", diz trecho de um dos materiais preparatórios para o documento que será enviado ao STF.
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Cabe ao Senado aprovar mais de 50 indicados por Trump para chefiar áreas-chave, como Defesa e Saúde. Musk ameaça usar poder econômico para barrar reeleição de senadores, segundo a 'Time'. Gesto de Musk gera polêmica durante fala do bilionário em evento da posse de Trump
O bilionário Elon Musk ameaçou retaliar senadores que não apoiarem os indicados de Donald Trump para compor o secretariado do novo governo. As informações foram reveladas pela revista "Time" na segunda-feira (20).
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Mais de 50 nomes indicados por Trump para o próximo governo precisam ser aprovados pelo Senado. A maior parte das indicações corresponde a secretários, que ocupam cargos equivalentes ao de ministros de Estado no Brasil.
Até agora, apenas Marco Rubio foi confirmado pelo Senado como secretário de Estado. Os demais indicados ainda estão passando por sabatinas ou aguardam a votação na Casa.
Segundo a revista "Time", Musk prometeu usar um Super Comitê de Ação Política, também chamado de "Super PAC" nos Estados Unidos, para financiar outros candidatos e barrar a reeleição dos senadores que votarem contra os nomes indicados por Trump.
Pouco mais de um terço do Senado dos EUA será renovado nas eleições de 2026. A maioria dos cargos em disputa está atualmente nas mãos de republicanos.
"Essa é a realidade que todos esses viverão nos próximos anos", disse uma fonte próxima a Trump, segundo a "Time". "Todos acabam entrando na linha no final das contas."
Como Musk conseguiu cargo no governo Trump e o que esperar
Atualmente, o Partido Republicano, de Trump, ocupa 53 das 100 cadeiras do Senado, o que pode facilitar a aprovação das indicações. No entanto, alguns nomes propostos pelo presidente enfrentam resistências internas. É o caso de Pete Hegseth, indicado para a Defesa.
Hegseth foi alvo de uma série de acusações nos últimos meses. Na mais recente, revelada na terça-feira (21), uma ex-cunhada dele afirmou a senadores que o indicado por Trump abusou de sua segunda ex-esposa.
Autoridades de segurança também acreditam que ele não seja qualificado para comandar o Pentágono. Hegseth é um veterano da Guarda Nacional e ganhou fama nos Estados Unidos por ser apresentador de TV.
Diante das ameaças de Musk, segundo a "Time", uma senadora republicana que havia se mostrado cética em relação à indicação de Hegseth resolveu apoiá-lo publicamente.
Elon Musk é o chefe do Departamento de Eficiência Governamental no governo Trump. O bilionário, dono da Tesla e SpaceX, terá o desafio de analisar os gastos do governo e promover cortes no orçamento.
Musk é visto como uma peça importante na vitória de Trump nas eleições de 2024. Segundo a Associated Press, o empresário investiu cerca de US$ 200 milhões na campanha do republicano.
Especialistas e críticos apontam o risco de conflito de interesses na relação de Musk com o governo. Isso porque o empresário terá acesso a dados de agências federais ao mesmo tempo em que suas empresas prestam serviços para o governo.
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Gesto de Musk gera polêmica durante fala do bilionário em evento da posse de Trump
Mike Segar/Reuters
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Pedro Sánchez afirmou que plataformas precisam ser responsabilizadas se os algoritmos ‘envenenarem a sociedade’. Fala ocorreu durante o Fórum Econômico Mundial. Primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchez
REUTERS/Violeta Santos Moura
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, cobrou nesta quarta-feira (22) que as plataformas sejam responsabilizadas pelos conteúdos publicados nas redes sociais caso os algoritmos “envenenem a sociedade”.
Em seu discurso, o premiê falou em “retomar o controle” das redes e fez uma adaptação do slogan “Tornar a América Grande de Novo” (“Make America Great Again”, em inglês), utilizado por Donald Trump desde sua primeira campanha à presidência dos Estados Unidos, em 2016.
"O proprietário de um pequeno restaurante é responsável se sua comida envenena os clientes; os magnatas das redes sociais devem ser responsabilizados se seus algoritmos envenenarem nossa sociedade", disse Sánchez, segundo a agência Reuters.
"Vamos retomar o controle. Vamos tornar as redes sociais grandes novamente", acrescentou, imitando o slogan de Trump.
Sánchez acrescentou que, embora as redes tenham como benefício a conexão entre as pessoas, elas possuem "enormes desvantagens escondidas nas entranhas dos algoritmos, como invasores ocultos em um cavalo de Troia".
O premiê espanhol também disse que irá sugerir, em uma reunião do Conselho da União Europeia, o fim do anonimato nas redes sociais, vinculando dados dos usuários a uma carteira de identidade comum da UE e tornando os algoritmos mais transparentes.
Musk foi criticado por autoridades
A fala de Pedro Sánchez ocorreu durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos.
No mesmo evento, na terça-feira (21), o chanceler alemão, Olaf Scholz, fez uma crítica ao gesto polêmico do bilionário Elon Musk durante um comício da posse de Trump.
Questionado sobre o gesto, que foi apontado nas redes sociais como uma suposta saudação nazista, Scholz disse que a liberdade de expressão não pode ser usada para apoiar posições de extrema direita.
"Nós temos liberdade de expressão na Europa e na Alemanha. Todos podem dizer o que quiserem, mesmo que sejam bilionários. O que não aceitamos é se for para apoiar posições de extrema direita", disse o chanceler.
Musk respondeu à crítica em seu perfil no X, a rede social que comprou em 2022. “Que vergonha, Oaf Schitz”, postou o bilionário, errando a grafia do nome de Scholz.
Além do chanceler alemão, Musk também foi criticado por uma integrante do governo espanhol de Pedro Sánchez. A ministra do Trabalho e segunda-vice-premiê espanhola, Yolanda Diaz, anunciou que deixaria o X após a fala do bilionário.
“Não apenas com seus gestos, mas com os discursos absolutamente complicados que ele está fazendo”, afirmou Diaz à emissora estatal TVE. “Não farei parte de uma rede social baseada no uso de algoritmos que incentivam ideias xenófobas, contra os direitos humanos e incentivam a extrema direita no mundo.”
O governo espanhol disse na terça-feira que a decisão de Diaz foi pessoal e que os ministros são livres para utilizar as redes sociais que quiserem.
Gesto de Musk gera polêmica durante fala do bilionário em evento da posse de Trump
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Ministro explicou que redes sociais têm até o fim desta semana para enviar declarações. Audiência ocorre após Meta anunciar novas políticas de moderação de conteúdo, medida que incomodou o governo. O advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou nesta quarta-feira (22) que representantes das plataformas digitais que atuam no Brasil informaram que não vão participar da audiência pública promovida pelo órgão para debater as novas políticas de moderação de conteúdos.
Segundo o ministro, as discussões têm como objetivo dar subsídios ao Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamentos sobre o tema e também para o Congresso Nacional, onde tramitam projetos sobre a regulação do setor.
Mark Zuckerberg, CEO da Meta
Drew Angerer / AFP
A audiência contaria com a presença de 45 pessoas, entre representantes das plataformas digitais, especialistas, agências de checagem de fatos e organizações da sociedade civil.
Ainda estiveram presentes o advogado-geral da União, Jorge Messias, e a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo.
Meta confirma mudança na política de conduta de ódio no Brasil
Entretanto, de acordo com o ministro da AGU, nenhuma das plataformas convidadas confirmou que iria participar da discussão.
"Quero dizer que as plataformas foram convidadas a participar, e preferiram não participar desta audiência pública. É uma opção, nós respeitamos", afirmou Messias.
Messias destacou ainda que o governo federal está aberto ao diálogo com as empresas do setor.
"Não existe prejulgamento de nenhuma ação realizada por qualquer plataforma, nós temos interesse de dialogar e de trabalhar em cooperação com todas as plataformas, com todas as redes digitais", frisou.
Foram convidados representantes das seguintes plataformas:
Alphabet (Google e Youtube)
Discord
Kwai
LinkedIn
Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp)
TikTok
X
Novas políticas de moderação
A reunião acontece após a Meta anunciar mudança nas regras de moderação dos conteúdos nas redes sociais que administra.
A nova medida da empresa dona o Instagram, Facebook e WhatsApp segue o que já é adotado pelo X, deixando a cargo dos usuários a função de checagem de informação através de "notas de comunidade".
Na fala inicial durante o evento, a ministra Macaé Evaristo ponderou que é preciso criar um sistema de proteção digital, principalmente, para preservação da infância e obediência do estatuto da criança e do adolescente.
"Nos preocupa sobremaneira a expansão do racismo, da misoginia, dos preconceitos das maneiras mais diversas que podemos encontrar na sociedade e a gente quer, de fato, que a gente possa avançar na construção de ambientes digitais seguros, protegidos, mas fundamentalmente que respeitem os direitos humanos", afirmou a ministra.
A diretora do Netlab, Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Marie Santini, demonstrou preocupação com a mudança de políticas anunciada pela Meta, que, segundo ela, "decidiu quais vozes serão amplificadas e silenciadas".
"As decisões de desmantelar programas de checagem de fatos e relaxar os padrões de moderação, desinformação, discurso de ódio. Isso é um ponto de infecção que ameaça a integridade informacional e a liberdade de expressão no Brasil", afirmou Santini.
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Aparelhos S25, S25 Plus e S25 Utra foram lançados nesta quarta-feira (22); valores começam em R$ 6.999 e vão até R$ 14.999. Samsung Galaxy S25 Ultra
Henrique Martin/ g1
A Samsung lançou três novos celulares: Galaxy S25, Galaxy S25+ e Galaxy S25 Ultra, nesta quarta-feira (22), em evento na Califórnia, nos EUA. Eles utilizam funcionalidades de inteligência artificial (IA) e seu preço oficial vai de R$ 6.999 até R$ 14.999.
A linha S25 da fabricante sul-coreana é concorrente direta do iPhone 16, lançado em setembro de 2024, e vai ter sete atualizações do sistema Android e sete anos de atualizações de segurança.
Os smartphones serão lançados no Brasil em 17 de fevereiro, entrando em fase de pré-venda nesta quarta (22).
Preços do Galaxy S25 no Brasil
Divulgação/Samsung
A Samsung diz que a IA presente nos aparelhos consegue interpretar textos, fala, imagens e vídeos para criar "interações que parecem naturais". Os recursos de IA funcionam em português.
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Funcionalidades presentes no S24 foram atualizadas, como a "Circular para Buscar", que consegue identificar números de telefone, e-mails e links da web na tela. Desse modo, diz a Samsung, a IA consegue entender melhor a linguagem usada pelo consumidor e facilitar a utilização.
Um exemplo citado pela Samsung foi a de permitir buscar imagens na galeria de fotos fazendo apenas uma pergunta ou até mesmo ajustar o tamanho do texto na tela com a fala.
Entre as novidades estão interações com o smartphone que a fabricante define como "hiperpersonalizadas". Os recursos incluem a transcrição automática de chamadas telefônicas e resumo do que foi falado, um novo assistente de escrita para formatar textos e até uma ferramenta para criar desenhos de forma automática.
Samsung Galaxy S25 Ultra, S25+ e S25
Divulgação/Samsung
Os recursos de inteligência artificial estão integrados ao sistema operacional Android e à interface OneUI 7. De acordo com a Samsung, todos os itens de personalização de IA nos novos aparelhos da linha Galaxy S25 contam com recursos de privacidade avançada, que é mantida no próprio celular, sem enviar dados para a companhia coreana.
Galaxy S25: celular consegue resumir chamadas em formato de texto
Divulgação/Samsung
A parte de segurança inclui ainda reforço nas restrições às configurações dos celulares, além de melhorias nas funcionalidades de proteção contra roubo do aparelho.
O Gemini, IA do Google, também está integrado aos Galaxy S25.
O botão lateral dos celulares ativa o Gemini e "realiza interações integradas entre os apps da Samsung e do Google". Um exemplo citado foi buscar o cronograma da temporada de jogos de um time e adicionar automaticamente ao calendário do S25.
Essa proposta de integração entre IA e informações do smartphone adotada pela Samsung é parecida com o que a Apple oferece com o Apple Intelligence, lançado com os iPhones 16 no ano passado.
Os iPhones 16 têm o ChatGPT, da OpenAI, integrados ao sistema operacional. Desse modo, é possível pedir à assistente de voz Siri interagir com o ChatGPT, incluindo fotos e textos.
Os usuários também podem pedir ao ChatGPT para criar textos em qualquer aplicativo compatível com o novo recurso "Writing Tools" ("Ferramentas de Escrita") e podem aproveitar os recursos de geração de imagens do chatbot.
Os recursos da Apple Intelligence, porém, estão disponíveis apenas em inglês. A fabricante promete lançar as funcionalidades em português ainda em 2025.
Ao final do evento, a Samsung também anunciou um quarto celular, o Galaxy S25 Edge (veja abaixo), mas não deu mais detalhes sobre ele, como as informações de configurações ou o preço.
Samsung anunciou o Galaxy S25 Edge, sem mostrar muitos detalhes do celular
Reprodução
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Trump disse que ligou para a mãe de Ulbricht para informá-la de que havia concedido perdão total ao filho dela. Ulbricht foi condenado em 2015
Reuters
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um perdão total e incondicional para Ross Ulbricht, que operava o Silk Road, um mercado da dark web onde drogas ilegais eram vendidas.
Ulbricht foi condenado à prisão perpétua em 2015 em Nova York por lavagem de dinheiro e venda de narcóticos.
Trump postou na plataforma Truth Social que ligou para a mãe de Ulbricht para informá-la de que havia concedido perdão ao filho dela.
O Silk Road — que pode ser traduzido para português como "Rota da Seda" — foi fechado em 2013 depois que a polícia prendeu Ulbricht.
A investigação mostrou que a plataforma vendia drogas ilegais usando bitcoin como moeda, além de oferecer equipamentos para hackear sistemas e passaportes roubados.
"A escória que trabalhou para condená-lo reunia alguns dos mesmos lunáticos que estavam envolvidos na moderna armamentização do governo contra mim", disse Trump em sua postagem online na terça-feira (21).
"Ele recebeu duas sentenças de prisão perpétua, de mais 40 anos. Ridículo!", complementou Trump.
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Quem é Ross Ulbricht
Ulbricht foi considerado culpado de acusações que incluem conspiração para cometer tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e invasão de computadores.
Durante o julgamento, os promotores disseram que o site de Ulbricht, hospedado na chamada dark web, vendeu mais de US$ 200 milhões (R$ 1,2 bi, na cotação atual) em drogas de forma anônima.
Ele comandava a Silk Road sob o pseudônimo Dread Pirate Roberts, uma referência a um personagem do filme Uma Princesa Prometida, de 1987.
Os promotores disseram que ele também encomendou seis assassinatos, incluindo uma tentativa de matar um ex-funcionário do Silk Road — embora os investigadores tenham ponderado que não havia evidências de que esses crimes foram realmente consumados.
O Silk Road recebeu esse nome inspirado nas rotas comerciais históricas que abrangem a Europa, a Ásia e partes da África.
O site alcançou notoriedade por meio de reportagens na mídia e conversas online.
Mas os usuários só podiam acessar o site pelo Tor, um sistema que permite que as pessoas usem a web sem revelar quem são ou em que país se encontram.
Documentos judiciais do FBI apontam que o site tinha pouco menos de um milhão de usuários registrados, mas os investigadores admitiram que não sabiam quantos estavam ativos.
Ao condenar Ulbricht, que tem dois diplomas universitários, a juíza distrital Katherine Forrest disse que ele "não era melhor do que qualquer outro traficante de drogas".
Ela disse que o site havia sido um "trabalho de vida cuidadosamente planejado" de Ulbricht.
A juíza observou que a longa sentença também servia como uma mensagem a possíveis imitadores, para eles entenderem que uma ação dessas levaria a "consequências muito sérias".
"Eu queria capacitar as pessoas a fazer escolhas em suas vidas e ter privacidade e anonimato", declarou Ulbricht quando a sentença foi anunciada em maio de 2015.
Ulbricht expressou remorso e implorou para não receber uma sentença de prisão perpétua.
"Sei que você deve retirar minha liberdade durante meus anos de meia-idade", ele escreveu, "mas, por favor, me deixe a minha velhice".
Antes que a sentença fosse anunciada, Ulbricht disse à juíza que ele não se considerava uma pessoa gananciosa.
"Eu essencialmente arruinei minha vida e parti os corações de todos os membros da minha família e de meus amigos mais próximos", ele disse.
"Não sou uma pessoa sociopata egocêntrica que estava tentando expressar alguma maldade interior. Eu amo a liberdade. Foi devastador perdê-la.''
Trump deu a entender anteriormente que planejava alterar a sentença de Ulbricht durante um discurso no ano passado, realizado durante a Convenção Nacional Libertária.
O Partido Libertário defendia a libertação de Ulbricht e acreditava que esse caso exemplificava os exageros do governo.
O congressista republicano Thomas Massie, um aliado de Trump, aplaudiu a decisão do presidente.
"Obrigado por manter sua palavra para mim e para os outros que têm defendido a liberdade de Ross", comemorou o representante de Kentucky.
Pessoas seguram cartazes com os dizeres "Libertem Ross" enquanto o então candidato Donald Trump chega para discursar na Convenção Nacional Libertária em Washington, no dia 25 de maio de 2024
Getty Images
O que era o Silk Road?
Como mencionado anteriormente, o site alcançou notoriedade por meio de reportagens na mídia e conversas na internet — mas os usuários só podiam acessar o site por meio do sistema Tor.
O Tor, por sua vez, foi criado pelo governo dos EUA para fornecer anonimato na internet, mas agora é frequentemente usado para mascarar transações ilegais.
Drogas ilegais, como heroína, cocaína e LSD, podiam ser compradas no Silk Road.
O pagamento era feito com a moeda virtual bitcoin, que também é difícil de rastrear.
A plataforma da dark web também oferecia outros produtos, como equipamentos para hackear sistemas e passaportes roubados.
Os promotores que participaram do caso disseram que seis pessoas que morreram de overdose compraram drogas pelo site — e que tais acordos não rastreáveis renderam a Ulbricht pelo menos US$ 18 milhões (R$ 108 milhões).
Nos meses que antecederam a prisão de Ulbricht em uma biblioteca pública na cidade de São Francisco, em 2013, investigadores empreenderam um processo meticuloso para juntar os rastros digitais dele.
A busca começou com o trabalho do "Agente-1", que navegou por páginas na internet que datavam de janeiro de 2011.
Ele encontrou uma postagem intitulada "Mercado anônimo online?", na qual um usuário apelidado de Altoid começou a divulgar o Silk Road.
Registros descobriram que o blog havia sido criado por um usuário anônimo que havia escondido sua localização.
Mas o usuário Altoid também deu as caras em um site de discussão sobre moeda virtual, chamado bitcointalk.org.
Meses depois, em outubro, Altoid apareceu novamente — mas cometeu um deslize.
Em uma publicação em que buscava um especialista em Tecnologia da Informação (TI) com conhecimento sobre bitcoin, ele pediu que as pessoas o contatassem pelo e-mail rossulbricht@gmail.com.
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Contas @potus e @vp são dedicadas ao presidente e ao vice que ocupam atualmente o cargo e passaram para as mãos dos republicanos após a posse de Trump. Dona do Facebook e Instagram diz que os perfis são gerenciados pela Casa Branca. Usuários reclamam por seguir automaticamente perfil de Trump como presidente nas redes
Usuários do Instagram e do Facebook, redes sociais da Meta, estão reclamando que, desde a posse de Donald Trump e J.D. Vance nos Estados Unidos, passaram a seguir automaticamente os perfis oficiais dos novos presidente e vice (@potus e @vp).
Outros disseram que estão dando 'unfollow' nos perfis e, um tempo depois, aparecem novamente como seguidores. A cantora Demi Lovato disse que isso aconteceu com ela no caso da conta @vp, de J.D. Vance.
“Deixei de seguir esse cara duas vezes hoje”, afirmou a artista em seus stories no Instagram. “Que negócio sombrio, Meta”, acrescentou, usando um palavrão.
Demi Lovato reclama por estar seguindo automaticamente o vice-presidente J.D. Vance no Instagram
Reprodução
➡️Perfil oficial do presidente dos EUA nas redes troca Biden por Trump
Meta afirma que Casa Branca gerencia perfis
A Meta negou, na tarde desta quarta-feira (22), que usuários tenham sido obrigados a seguir automaticamente os perfis e disse que as contas são gerenciadas pela Casa Branca. Quando há a transição entre presidentes, o conteúdo nela é alterado, segundo a empresa.
Ou seja: quem seguia os perfis @potus e @vp quando eles pertenciam a Joe Biden e Kamala Harris se mantém como seguidor, num primeiro momento, de Trump e Vance.
A empresa também alegou que, enquanto a transição acontece, "pode demorar um tempo até que os pedidos para seguir ou deixar de seguir sejam efetivados".
"As pessoas não foram obrigadas a seguir automaticamente nenhuma das contas oficiais do Facebook ou Instagram do Presidente, Vice-Presidente ou Primeira-dama. Essas contas são gerenciadas pela Casa Branca, então, com uma nova administração, o conteúdo dessas Páginas muda", afirmou Andy Stone, porta-voz da Meta, em uma publicação no Threads.
"Esse é o mesmo procedimento que seguimos durante a última transição presidencial. Pode levar algum tempo para que as solicitações de seguir e deixar de seguir sejam processadas, pois essas contas mudam de mãos", acrescentou.
Usuários relatam experiências diferentes
A troca do perfil @potus, de Joe Biden para Donald Trump, aconteceu ainda na segunda-feira (20), em meio à posse do republicano. Ao mesmo tempo, a conta @vp, que estava sendo usada pela então vice-presidente Kamala Harris, foi repassada para J.D. Vance.
O g1 capturou uma imagem do @potus, já com Donald Trump, às 14h21 do dia 20 de janeiro. Naquele momento, a conta aparecia com apenas 8.735 seguidores, número que foi crescendo ao longo do dia, mostrando que a migração de seguidores não foi imediata.
Perfil oficial de Trump como presidente, @potus, tinha pouco mais de 8.000 seguidores às 14h21 do dia 20/01
Reprodução
Além disso, o g1 constatou que nem todos os usuários que seguiam o @potus sob Biden se tornaram seguidores desse perfil após a posse de Trump.
Dois usuários relataram que, em vez disso, passaram a seguir automaticamente os perfis @potus46archive e @vp46archive, que registram todas as postagens de Biden e Kamala Harris quando os democratas estavam na Casa Branca.
O g1 questionou a Meta sobre essas questões e aguarda resposta.
Veja algumas reações nas redes sociais:
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“Só um aviso: a Meta seguiu automaticamente o novo perfil @potus de Trump no Facebook para mim. Eu não fiz isso sozinho."
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"A Meta fez as nossas contas seguirem automaticamente o Trump."
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Presidentes de Big Techs compareceram à posse de Trump
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Muitas pessoas têm o hábito de dormir com o smartphone na cama, ao lado ou até mesmo nas mãos. Talvez esse seja o seu caso também. Mas será que esse comportamento é bom para a saúde? celular cama
Pexels
Dormir com o celular na cama, ao lado dela, ou até mesmo com ele nas mãos, é um hábito comum de muita gente. Pode ser até o seu. Mas será que isso faz bem para a saúde?
Além de interferir na qualidade do sono (o ideal é tentar desconectar por uma hora ou mais antes de ir para a cama), será que o celular irradia algo que possa fazer mal? É bom a gente mantê-lo afastado da cabeça ao dormir?
A resposta é simples: não, pelo contrário, estudos recentes e robustos mostram que os celulares NÃO têm energia suficiente para causar danos graves à sua saúde.
Em outras palavras, isso quer dizer que a radiação emitida pelos smartphones que usamos não tem força para causar danos no nível do DNA, o que seria necessário para provocar problemas de saúde, como o desenvolvimento de um câncer, por exemplo.
"Podemos afirmar com segurança que não há evidências de que a radiação dos celulares esteja associada ao desenvolvimento de tumores", afirma Thiago Celestino Chulam, líder do Departamento de Prevenção e Diagnóstico Precoce do A.C.Camargo Cancer Center.
Abaixo, entenda melhor por que isso acontece.
Radiofrequência baixa
De fato, o celular que você está segurando enquanto lê essa matéria emite uma certa radiação.
Mas tudo bem. Esse tipo de radiação é chamada de radiação de radiofrequência e faz parte de uma faixa de baixa energia no espectro eletromagnético.
Para entender melhor🌈⃤ RELEMBRE: A energia é transferida em ondas. O espectro eletromagnético inclui desde as ondas de rádio dos telefones e micro-ondas, que usamos no dia a dia, até a luz visível, aquela que enxergamos com nossos olhos.
🌊 Como a energia eletromagnética viaja em forma de ondas, esse espectro é muito amplo: começa com ondas de rádio, que são bem longas, e vai até os raios gama, que são curtos.
E celulares de gerações anteriores como 2G, 3G e 4G funcionam em frequências entre 0,7 e 2,7 GHz (gigahertz são unidades que indicam quantas vezes uma onda se repete por segundo).
Já a nova tecnologia 5G pode usar frequências mais altas, de até 80 GHz.
O espectro de luz visível é uma porção pequena do espectro eletromagnético
Wikimedia/Domínio Público
Mesmo assim, a questão toda é apesar desses números maiores, todas essas frequências estão na faixa chamada de não ionizante:
☢️"Ionizante" se refere à capacidade de uma radiação remover elétrons de átomos, o que pode danificar células.
✅E radiações não ionizantes, como as dos celulares, NÃO têm essa capacidade.
Na prática, isso quer dizer que esse tipo de energia é baixa demais para quebrar o DNA ou causar danos significativos às células do nosso corpo.
Ou seja, a energia emitida por esses aparelhos é tão baixa que NÃO representa um risco nesse sentido.
Questionamentos acerca dos possíveis efeitos prejudiciais de dispositivos como celulares são motivados pelas notícias de casos de câncer próximos a grandes antenas emissoras de radiofrequência. No entanto, estudos científicos não identificaram aumento significativo no risco de câncer associado à exposição à radiação emitida por aparelhos portáteis.
A questão é tão bem investigada pela ciência que, no ano passado, pesquisadores da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, na sigla em inglês) apresentaram resultados que mostram que o uso de celular, mesmo entre as pessoas que passam mais tempo ao telefone, não aumenta o risco do desenvolvimento tumores cerebrais.
O estudo, que acompanhou mais de 250 mil pessoas por vários anos, não encontrou diferença alguma no surgimento de tumores cerebrais entre aqueles que usaram o celular com mais frequência e os que usaram menos.
Por outro lado, radiações como vindas de raios-X, radônio e outros aparelhos fazem parte do grupo de radiação ionizante. E essas sim têm alta frequência e energia suficiente para alterar o DNA e aumentar o risco de câncer.
"É prudente observar o que diz o princípio da precaução quanto à exposição a agentes químicos, físicos ou biológicos, cuja premissa é a adoção de medidas de controle de riscos, mesmo que as evidências científicas não sejam completas ou conclusivas", acrescenta Paredes de Souza.
Moderação e precauções no uso
Agora, tendo tudo isso em mente, é importante lembrar que, embora o uso do celular na cama não esteja ligado ao risco de câncer, ele pode afetar outros aspectos da saúde.
Ele pode, por exemplo, influenciar a qualidade do sono, causar problemas comportamentais ou até contribuir para transtornos de ansiedade e questões psíquicas.
Por isso, a moderação sempre é o caminho mais saudável.
"Se conseguimos controlar a exposição ao celular, isso é sempre vantajoso", acrescenta Chulam.
Abaixo, veja outras 10 dicas para melhorar sua noite de sono
Tenha regularidade: vá dormir e acorde no mesmo horário todos os dias, incluindo fins de semana. É importante que o seu corpo tenha um horário regular de sono.
Relaxe antes de dormir: ouça uma música, leia um livro, tome um banho morno, medite.
Durma pelo menos sete horas se você for adulto: o National Sleep Foundation recomenda que adultos entre 18 e 65 anos durmam entre sete e nove horas por noite.
Mantenha o quarto silencioso: o ideal é evitar distrações barulhentas.
Bloqueie a luz: sabemos que a exposição excessiva à luz pode prejudicar o sono. Evitar luz forte ajuda na produção da melatonina, o hormônio da escuridão que prepara o nosso corpo para dormir.
Evite comidas pesadas e gordurosas antes de dormir: o ideal é se alimentar algumas horas antes de ir para a cama. Caso precise de um lanchinho, opte por algo leve.
Nada de cigarro ou álcool: eles podem atrapalhar o sono e podem causar despertares noturnos.
Faça exercícios: tente manter uma rotina de exercícios - 40 minutos de treino aeróbico ou de resistência quatro vezes por semana ajudam no sono.
Deixe o celular para lá: o ideal é tentar desconectar por uma hora ou mais antes de ir para a cama. A luz dos dispositivos eletrônicos pode suprimir a produção natural de melatonina.
Vá para cama com sono: se não conseguir dormir após 30 minutos, levante-se. Especialista dizem que a cama é apenas para dormir e fazer sexo.
Entenda as diferenças do sono entre homens e mulheres
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Novo presidente dos EUA determinou ainda que a administração de Biden seja investigada por supostamente massacrar a liberdade de expressão e impor sua 'narrativa preferida'. Trump assina novos decretos
Jim WATSON / POOL / AFP
Citando o fim da "censura federal", Donald Trump determinou que o governo federal dos Estados Unidos não pode pressionar as redes sociais contra discursos que não aprove.
Em um dos atos do primeiro dia de mandato, o republicano escreveu que isso acontecia no governo de Joe Biden, seu antecessor. E determinou que seja feita uma investigação para identificar e remediar possíveis danos ao direito constitucional de liberdade de expressão.
"Nos últimos quatro anos, a administração anterior massacrou o direito à liberdade de expressão exercendo, com frequência, uma pressão substancial coerciva sobre empresas, como as redes sociais, para moderar, derrubar ou, de alguma outra forma, suprimir um discurso que o governo federal não aprovava", diz a medida.
A ordem de Trump se alinha com uma fala recente de Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, dona do Instagram e do Facebook.
Ao anunciar o fim do programa de checagem de fatos nessas plataformas, Zuckerberg disse que trabalhará com o novo presidente contra "governos de todo o mundo, que visam perseguir empresas americanas" e "implementar mais censura" (leia mais abaixo).
Trump revoga medida de Biden sobre regulação da IA
No ato chamado "restaurando a liberdade de expressão e acabando com a censura federal", Trump também proibiu que seja usado dinheiro público em qualquer conduta que abrevie o direito dos americanos de se expressarem livremente.
E afirmou ainda que, "sob o disfarce de combater 'desinformação'", o governo democrata de Biden infringiu o direito constitucional dos cidadãos para avançar sua narrativa preferida sobre temas significativos do debate público.
Antes disso, no discurso de posse, à qual os chefões das principais redes sociais do mundo compareceram, Trump prometeu acabar com programas de diversidade e disse que, agora, "só existem dois gêneros: masculino e feminino".
Mark Zuckerberg (CEO da Meta), Jeff Bezos (fundador da Amazon) e sua noiva Lauren Sanchez, Sundar Pichai (CEO do Google) e Elon Musk (dono do X) presentes na cerimônia de Trump
Julia Demaree Nikhinson/Reuters
Discurso alinhado com a Meta e com o X
Ao anunciar o fim da checagem contra desinformação em posts do Instagram e do Facebook, Zuckerberg criticou a Europa e seu "número crescente de leis que institucionalizam a censura e dificultam a construção de algo inovador".
A União Europeia e o Reino Unido já adotam leis que exigem responsabilidade de redes sociais e das grandes empresas de tecnologia sobre conteúdos publicados.
E declarou que "os países latino-americanos têm tribunais secretos que podem ordenar que as empresas retirem as coisas silenciosamente".
Essa fala foi interpretada pelo governo Lula como um recado ao Supremo Tribunal Federal (STF) , que discute a responsabilização das redes sociais.
Ao determinar o fim da checagem profissional para conteúdos postados nos EUA, o presidente-executivo da Meta criticou os profissionais contratados pela própria companhia para checar os conteúdos postados no Facebook e no Instagram.
Zuckerberg disse que o programa de verificação começou como um movimento para ser mais inclusivo, mas que tem sido cada vez mais usado para calar opiniões e excluir pessoas com ideias diferentes. "Isso foi longe demais", afirmou.
Agências de checagem rebateram o bilionário, dizendo que a Meta nunca lhes deu poder para derrubar posts: esta era uma decisão que cabia à própria empresa.
E que os profissionais que eram contratados para a checagem precisavam ser certificados e seguir os princípios da International Fact-Checking Network (IFCN), uma aliança global de checagem de fatos do Instituto Poynter, baseado nos EUA.
Zuckerberg disse ainda que, nos EUA, Instagram e Facebook vão adotar o sistema de notas da comunidade, semelhante ao do X, em que usuários comuns podem apontar problemas em postagens.
Mark Zuckerberg anuncia que Meta vai encerrar sistema de checagem de fatos
As decisões da Meta foi alvo de criticas de especialistas em tecnologia em todo o mundo.
Em nome de "mais liberdade", a empresa mudou, inclusive no Brasil, as políticas de uso, permitindo conteúdos antes inaceitáveis, como associar o público LGBTQIAP+ a doenças mentais.
E a Meta também encerrou seus programas de diversidade e inclusão, assim como a Amazon.
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Presidente americano cumpriu promessa e anulou sentença de Ross Ulbricht, criador do site Silk Road, que movimentou US$ 200 milhões com tráfico de drogas, segundo a Reuters. Ross Ulbricht, criador do site Silk Road, em foto de 2015
U.S. Attorney's Office for the Southern District of New York/Handout via Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu nesta terça-feira (21) perdão presidencial para Ross Ulbricht, criador do site de venda de drogas Silk Road que tinha sido condenado à prisão perpétua em 2015, informou a agência Reuters.
Ele foi preso em flagrante em 2013, em uma biblioteca de Nova York, nos EUA. Na ocasião, a polícia encontrou Ulbritch com um notebook que tinha o painel de administração do site Silk Road aberto, além de registros de conversas sobre o gerenciamento do site.
Na época da prisão, procuradores dos EUA afirmaram que o Silk Road foi usado por mais de 100 mil pessoas e movimentou US$ 214 milhões em vendas de drogas por meio da criptomoeda bitcoin, segundo a Reuters.
Com a medida, Trump cumpriu uma promessa feita na campanha eleitoral de reverter o resultado de um caso marcante nos EUA, que surgiu apenas alguns anos após a criação da criptomoeda.
"A escória que trabalhou para condená-lo eram alguns dos mesmos lunáticos que estavam envolvidos na moderna instrumentalização do governo contra mim", disse Trump, nesta terça.
Decretos de Trump
Jornal Nacional/ Reprodução
O Silk Road operava na rede Tor, que não fica aberta para todos na internet e permite aos usuários se comunicarem sem serem identificados. Os pagamentos com bitcoin também ajudavam a fazer transações anônimas, segundo os procuradores.
Ulbricht admite ter criado o Silk Road, mas alegou por meio de seu advogado que o objetivo era que ele fosse um "site de livre mercado". Sua defesa afirmou que ele transferiu o site para terceiros, mas foi atraído de volta para ser um "bode expiatório" para os reais donos.
De acordo com a procuradoria, Ulbricht tomou medidas extremas para tentar proteger o site. Elas incluíram ordens de assassinato de pessoas que pudessem representar uma ameaça para a plataforma, de acordo com as autoridades.
Em uma das conversas obtidas em seu computador, Ulbricht tentava contratar matadores de aluguel sob o codinome Dread Pirate Roberts, afirmaram os procuradores. Ele negou ter criado esse usuário.
Depois de ser fechado pelo FBI em outubro de 2013, o Silk Road ressurgiu como Silk Road 2.0, operado por uma equipe diferente. A segunda versão do site foi retirada do ar em novembro de 2014, com a prisão de Blake Benthall, apontado como administrador do segundo site.
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Nova entidade, de nome Stargate, será criada em parceria com as empresas OpenAI, Oracle e SoftBank visando a construção de projetos para o desenvolvimento da IA. Donald Trump anunciou o plano de infraestrutura para inteligência artificial nos EUA. Ao lado dele estão Masayoshi Son, CEO do SoftBank, Larry Ellison, cofundador da Oracle, e Sam Altman, da OpenAI
AP/Julia Nikhinson
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (21) um investimento de até US$ 500 bilhões em inteligência artificial por meio de uma parceria com as empresas OpenAI, criadora do ChatGPT, Oracle, de gerenciamento de servidores e bancos de dados, e o banco SoftBank.
A nova entidade, que vai se chamar Stargate, iniciará a construção de projetos para o desenvolvimento da tecnologia no Texas, de acordo com a Casa Branca.
Trump destacou que o Stargate estabelecerá a infraestrutura física e virtual necessária para impulsionar a próxima geração de avanços em IA, incluindo a construção de "centros de dados colossais".
Atualmente, grandes empresas do setor enfrentam o desafio de atender às enormes demandas computacionais da IA, além de encontrar a energia elétrica necessária para expandir essas tecnologias.
Ao lado de Trump, no anúncio, estavam Sam Altman, CEO da OpenAI, Masayoshi Son, do SoftBank, e Larry Ellison, da Oracle, que afirmou que data centers já estão sendo construídos para o projeto, no Texas.
"SoftBank e OpenAI são os principais parceiros do Stargate, sendo o SoftBank responsável pela parte financeira e a OpenAI pela operação", explicou a dona do ChatGPT em um comunicado no X.
O comunicado também revelou que a MGX é um quarto investidor de capital inicial, enquanto gigantes do setor tecnológico e de fabricação como Arm, Microsoft, Nvidia, Oracle e OpenAI são os principais parceiros tecnológicos iniciais.
A promessa do Stargate é gerar 100.000 empregos.
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Desafios da IA
Enquanto Trump aproveita os anúncios para mostrar que sua presidência está impulsionando a economia, já havia expectativas de construção massiva de data centers e usinas de eletricidade necessárias para o desenvolvimento da IA.
A inteligência artificial promete aumentar a produtividade com a automatização do trabalho, mas existe o risco de ela substituir empregos se for mal implementada.
Em outubro passado, a empresa financeira Blackstone estimou que US$ 1 trilhão seria investido em data centers ao longo de cinco anos nos EUA, com outro US$ 1 trilhão aplicado em outros países.
As estimativas sugerem que grande parte do novo capital passará pela Stargate, já que a OpenAI se estabeleceu como líder do setor com o lançamento, em 2022, do ChatGPT, que cativou a imaginação do público com sua capacidade de responder a perguntas complexas e executar tarefas empresariais básicas.
A Casa Branca colocou esforços em geração de eletricidade, em antecipação à expansão da IA, considerando que os EUA estão em uma corrida competitiva contra a China para desenvolver a tecnologia cada vez mais adotada pelas empresas.
Ainda assim, a perspectiva de regulamentação da IA permanece incerta, já que Trump revogou um decreto assinado por Joe Biden em 2023 que criava padrões de segurança e uma marca d'água para conteúdo gerado por IA, entre outros pontos. A iniciativa visava colocar barreiras nos possíveis riscos da tecnologia para a segurança nacional e o bem-estar econômico.
A CBS News reportou antes que Trump anunciaria o investimento em IA.
O apoiador de Trump Elon Musk, com patrimônio avaliado em US$ 400 bilhões, foi um dos primeiros investidores na OpenAI, mas depois contestou a mudança de status da empresa, que agora tem fins lucrativos.
Musk fundou sua própria empresa de IA, a xAI, e também é responsável pelo Departamento de Eficiência Governamental, criado por Trump com o objetivo de reduzir os gastos do governo.
Em janeiro, Trump anunciou um investimento de US$ 20 bilhões da DAMAC Properties dos Emirados Árabes Unidos para a construção de data centers vinculados à IA.
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